Lesões Esportivas
Por: Hugo.bassi • 10/10/2018 • 1.272 Palavras (6 Páginas) • 293 Visualizações
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Envolver uma extremidade lesionada com bandagem elástica para compressão reduz edema e dor. A bandagem, porém, não deve ser usada muito firmemente, pois pode causar edema na extremidade distal.
A área lesionada deve ser elevada acima do nível do coração para que a gravidade facilite a drenagem do líquido, reduzindo edema e dor. Idealmente, o líquido deve drenar por uma via descendente a partir da área lesionada para o coração (p. ex., em uma lesão na mão, o cotovelo e a mão devem ficar elevados). Gelo e elevação devem ser usados periodicamente nas primeiras 24h após lesão aguda.
Controle da dor
O controle da dor envolve o uso de analgésicos, tipicamente acetaminofeno ou anti-inflamatórios não esteroidais (AINE). No entanto, se a dor persistir por > 72h após uma lesão aparentemente simples, o encaminhamento ao especialista é recomendado. Para dor persistente, a avaliação de lesões adicionais ou mais graves é indicada. Essas lesões são tratadas apropriadamente (p. ex., com imobilização, às vezes com corticoides orais ou injetáveis). Os corticoides devem ser aplicados apenas pelo especialista e somente quando necessário, pois podem retardar a cicatrização dos tecidos moles e, algumas vezes, enfraquecer tendões e músculos lesados. A frequência das injeções deve ser monitorada por um especialista, pois injeções muito frequentes podem aumentar o risco de degeneração tecidual e ruptura do tendão ou ligamento.
Atividade
Em geral, atletas lesados devem evitar a atividade específica que causou a lesão mesmo após ocorrer cicatrização. No entanto, para minimizar o descondicionamento, eles podem fazer treinamento cruzado (p. ex., desempenhar exercícios diferentes ou relacionados que não causem reincidência da lesão ou dor). A lesão também pode requerer a redução da amplitude do movimento no exercício se houver dor intolerável em certos pontos do movimento. Inicialmente, o movimento de locais previamente lesionados deve ser de baixa intensidade para fortalecer gradualmente os músculos fracos, tendões e ligamentos sem risco de nova lesão. É mais importante manter uma boa amplitude de movimento, o que ajuda a direcionar o sangue para a área lesionada e acelerar a cicatrização, do que retomar rapidamente a intensidade total do treinamento por medo de perder o condicionamento. A retomada da atividade total deve ser gradual, uma vez que a dor melhore. Os atletas competitivos devem considerar consulta com profissional (p. ex., fisioterapeuta).
Os atletas devem ser colocados em programa graduado de exercícios e fisioterapia para restaurar flexibilidade, força e resistência. Eles também precisam se sentir psicologicamente prontos antes de voltar a uma atividade de capacidade total e, para isso, podem se beneficiar da terapia motivacional.
Prevenção
O exercício por si só ajuda a prevenir lesões, pois os tecidos se tornam mais resistentes e tolerantes durante atividades vigorosas.
O aquecimento geral aumenta a temperatura muscular e deixa os músculos mais flexíveis, fortes e resistentes à lesão; também melhora o desempenho na ginástica pelo aumento da preparação mental e física. O desaquecimento pode prevenir tonturas e síncope após exercício aeróbico e ajudar a remover produtos metabólicos provenientes dos exercícios, como ácido lático, dos músculos e da corrente sanguínea. A remoção do ácido lático pode ajudar a diminuir a dor muscular. O desaquecimento também ajuda a diminuir a frequência cardíaca lenta e gradualmente a níveis próximos aos de repouso – um importante efeito para pacientes com distúrbios cardíacos.
A lesão pela pronação excessiva (entorse para dentro ou inversão do pé durante carga de peso) pode ser prevenida com uso de sapatos adequados ou órteses (palmilhas flexíveis ou semirrígidas).
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