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AS TEORIAS DE LE CORBUSIER, PARTICULARMENTE O CINCO PONTOS DA ARQUITETURA NOVA

Por:   •  15/11/2017  •  1.588 Palavras (7 Páginas)  •  602 Visualizações

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“A evolução d equipe M.M.M. Roberto para uma arquitetura tecnicamente moderna, mas plasticamente clássica já esboçada no aeroporto Santo Drumont, acentuou-se mais claramente e expressou-se melhor com o prédio do Instituto de Resseguros do Brasil, projetado em 1941 e construído em 1944. Toda a composição deste projeto foi rigorosamente determinada pelo emprego das regras clássicas e baseou-se numa serie de sistemas de proporções tiradas quer da geometria (triângulo perfeito 3,4 e 5, e secção áurea), quer da aritmética (progressão 2,4,6, utilização da razão 2 como módulo). [...]” (p.99)

“O projeto elaborado com a colaboração de quatro outros arquitetos (Jorge Ferreira, Thomaz Estrella, Renato Mesquita dos Santos e Renato Soeiro), havia vencido o concurso, apesar da insuficiência dos desenhos, assinalada pelo o júri, compensando dessa maneira o relativo fracasso da equipe formado por Paulo Camargo, Renato Mesquita e Attílio Correa Lima no concurso do aeroporto terrestre, classificada em segundo lugar. O aeroporto marítimo não teria a mesma área construída que o aeroporto terrestre e tratava-se, sob esse ponto de vista, de uma construção modesta, que pôde, aliás, facilmente ser transformada mais tarde em um clube para aviadores militares. Contudo, sua importância psicológica era enorme, pois atendia ao tráfego aéreo internacional que, na época, pensava-se que viria a se desenvolver na base de hidraviões. A obra obteve por isso prioridade absoluta, tendo sido terminada em 1938, enquanto que parte terrestre só seria concluída em 1944.” (p.103)

“A rápida ascensão de Niemeyer deveu-se a grande parte, ao apoio que recebeu de Lucio Costa; este, desde que percebeu a força criativa de seu jovem auxiliar, não vacilou em apagar-se perante ele, sempre que houvesse oportunidade. Esta forma tão extraordinária de abnegação explica-se pelo caráter particular de Lúcio Costa, que associa modéstia a um sentido muito acurado de justiça. Foi quando da elaboração do projeto do Ministério da Educação e Saúde, onde teve um papel preponderante, que Niemeyer revelou pela primeira vez a seu associado mais velho seus dotes naturais, liberados pelo contato com Le Corbusier de todo empecilho estritamente funcionalista. Essa orientação agradou a Lúcio Costa, sempre sensível à legitimidade da intenção plástica por ele considerado o elemento fundamental que distinguia a verdadeira arquitetura da simples construção. [...]” (p.105)

“O sucesso alcançado pelo Pavilhão do Brasil na Exposição Internacional de New York fez com que fosse confiada a Niemeyer um novo e importante projeto de caráter inteiramente excepcional no conjunto de sua obra: o Grande Hotel de Ouro Preto (1940). Tratava-se de construir, no centro da capital na antiga capitania de Minas Gerais, Um edifício moderno, que correspondesse às necessidades do turismo, mas que não alterasse a fisionomia especialíssima da cidade, onde todas as construções, que datam do século XVIII, são monumentos históricos. [...]” (p.107)

“A construção do Grande Hotel de Ouro Preto colocou Niemeyer em contato com as autoridades do governo de Minas Gerais. O prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, cujo dinamismo e ação empreendedora promoveram sua carreira política, decidiu, desde seu primeiro contato com ele, valer-se do talento do arquiteto. Confiou-lhe a tarefa de projetar um conjunto de edifícios, dispersos em torno do lago artificial da Pampulha, destinados a configurarem o centro de uma futura área de lazer a alguns quilômetros da capital mineira. [...]” (p.109)

“Toda a composição está baseada num jogo de contrates entre superfícies e, principalmente, volumes planos e curvos. O virtuosismo que o arquiteto demonstrou na distribuição das massas revela-se igualmente nas plantas, mas a complexidade destas reflete-se externamente de forma relativamente simples: assim, a forma de perâ do setor que abriga a pista de dança, o teatro e o restaurante, é atenuada pela escadaria envidraçada que liga o restaurante ao terraço, perdendo, dessa maneira, sua fisionomia estranha; quem se deslocar, portanto, em torno do edifício percebe principalmente o contraste entre o semicírculo do bloco posterior e a ortogonalidade absoluta do salão de jogos, admirando, por instante, a habilidade com que foi realizada a transição, quando esses volumes puros se fundem interpretando-se um ao outro e, ao mesmo tempo, integrando-se perfeitamente. [...]” (p.111)

“Existe, portanto, uma unidade nessa arquitetura brasileira que se desenvolveu de uma só vez, pouco antes e durante a Segunda Guerra Mundial, chegando à maturidade no final desta. A situação modificou-se parcialmente a partir de 1944-1945, quando as primeiras tentativas foram coroadas de sucesso. Até então existiam apenas obras isoladas, muito importantes por sua repercussão e pelo caminho que abriram. Daí por diante, a partir do momento em que praticamente da noite para o dia surge uma clientela privada, convertida à nova arquitetura, uma produção em massa apoderou-se do mercado. É verdade que tudo o que foi construído na época está longe de ter um valor uniforme e os fracassos são pelo menos tão numerosos quanto os sucessos. Talvez, despois de 1944, não tenham surgido obras de primeiríssimo plano como as anteriores, mas a qualidade media aumentou e ocorreu uma diversificação nítida. Por essa razão e porque a atmosfera

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