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Historia da Arte Julio Le Parc

Por:   •  8/3/2018  •  1.239 Palavras (5 Páginas)  •  392 Visualizações

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A Casa Daros é a maior colecionadora de sua obra. Qual a importância de ter trinta de suas obras nessa coleção?

A Daros é muito meticulosa no cuidado com a obra. Fiquei impressionado, por exemplo, com o material levado para a montagem da exposição Le Parc Lumière, no México. Eles têm um trabalho meu dos anos 1960, feito com lampadinhas russas. E eles conseguiram várias peças de reposição do mesmo modelo e procedência russa! Além disso, a coleção Daros não é uma coleção imóvel. Eles colocam a obra em permanente confronto e difusão, em exposições, conversas, seminários, livros... Há um livro meu dos anos 1960, “Historieta” que será editado agora em português. É um livro que especula se a arte é uma mercadoria ou não.

Mas sua relação com instituições nem sempre existiu. Nos anos 1970, você recusou um convite de expor no Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris. A recusa foi decidida na sorte. Como foi essa história?

Havia uma mobilização de artistas contra uma exposição de arte francesa que estavam organizando em segredo no Grand Palais, e que cobriria a arte francesa de 1962 a 1972. Nós pedimos para sermos informados sobre os critérios e o processo de concepção dessa exposição, mas as autoridades nos negaram acesso. Logicamente, os artistas condenaram essa forma de proceder. Dentro desse contexto, me convidaram para fazer uma exposição no Musée d’Arte Moderne de Paris. Então, convoquei uma reunião com os representantes de meu meio: colegas artistas, galerista, família, colecionadores e os funcionários do museu. Foi uma ação. Eu li um texto e depois dei uma moeda para meu filho Yamil jogar. Deu negativa, então não expus.

Como Estrellita B. Brodsky, colecionadora e curadora de sua exposição na galeria Nara Roesler me disse, a animação é a estrutura formal intrínseca de toda a sua obra. Muitos de seus desenhos parecem roteiros visuais, frames de flip books. Como se relaciona com o cinema?

Há um paralelismo. Assim como minha obra, o cinema é feito de imagens em movimento. Mas meu trabalho não pode ser interpretado como uma forma experimental de cinema. Meus desenhos não têm nenhuma pretensão de competir com o cinema, porque se limitam a esquemas. A partir deles, desenvolvo outros temas, como móbiles e instalações que colocam a luz em movimento.

Sua experimentação com luz em movimento se faz sempre a partir dos mesmos elementos: espelhos, transparências... Os elementos são os mesmos. O que muda é a relação entre eles?

O espectador é o outro elemento central de minha obra. Minha atitude de experimentação me levou de uma coisa a outra, e fui incorporando outros materiais. Todas as técnicas surgem dentro de uma problemática. O meio por si mesmo não importa, mas a problemática. Se sua preocupação é pela atualidade de uma tecnologia, pode correr o risco de se esvaziar.

Muito obrigada Mestre Le Parc pela confiança depositada, e até breve.

MEMORIAL DESCRITIVO

Como projeto grafiquei uma espécie de residência para o artista pensando em um projeto inicial em volumes inspirado em empilhamento de cubos onde se tirar uma peça tudo cai.

Esse projeto é um estudo inicial, marcado como estudo preliminar que iria mostrar em uma primeira conversa, já pensando em usar em termos de materiais, vidro, espelho, madeira e concreto bruto.

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BIBLIOGRAFIA

Visto em:

- http://www.cultura.rj.gov.br/blog/img/julio_le_parc_4_doubles_miroirs_1966_colecao_daros_latinamerica_zurique_foto_adrian_fritschi_1381280260.jpg

- http://www.nararoesler.com.br/artists/43-julio-le-parc/

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- http://www.select.art.br/article/reportagens_e_artigos/fala-julio-le-parc?page=unic

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