As Lesões no Jiu Jitsu

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Tais lesões são mais comuns de acontecer em ambiente de treinamento, onde o atleta busca aperfeiçoar suas técnicas repetindo inúmeras vezes os mesmos movimentos e golpes, e variam de moderadas a severas.

No jiu-jítsu há seis técnicas permitidas em competição, são elas a projeção, imobilização, pinçamento, chave, torção e estrangulamento, todas com alto índice de lesões, seja ela leve ou grave.

Geralmente as lesões ocorrem em atletas de nível avançado, que praticam há três anos ou mais, e com mais freqüência no joelho. Entretanto, a chamada popularmente de “orelha de couve flor”, que se trata de um hematoma auricular atinge cerca de 40% dos atletas praticantes desta arte marcial.

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SUMMARY

Many people practice Jiu-Jitsu today, whether professionally or simply for leisure, regardless of age or sex, the sport has been gaining more and more space, especially with the growth of martial arts exposure. However, the injuries caused by such a sport is a matter of concern.

Injuries are very common and can happen all the time, whether in a morning race or climbing a ladder at home. However, an injury sustained when practicing jiu-jitsu can remove the athlete indefinitely according to its gravity. Fighting techniques such as falling risks, bottlenecks and defenses, and violence of movements, such as stretching of a body joint, holding of muscle to its fatigue, and the desire not to lose the athlete's struggle , Contribute so much that these injuries happen, taking it to high risks of serious fractures.

Such injuries are more common to occur in a training environment, where the athlete seeks to perfect his techniques by repeatedly repeating the same movements and strokes, and varying from moderate to severe.

In jiu-jitsu there are six techniques allowed in competition, they are the projection, immobilization, pinching, wrenching, twisting and strangulation, all with high index of injuries, be it light or serious.

Injuries generally occur in advanced level athletes, who have been practicing for three years or more, and more frequently in the knee. However, the so-called "cauliflower ear", which is an atrial hematoma, affects about 40% of athletes practicing this martial art.

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INTRODUÇÃO:

O jiu-jítsu é uma arte marcial (O termo arte marcial foi definido por Birrer como qualquer estilo de luta derivado total ou parcialmente da região do Oriente, que use uma ou mais partes do corpo, BIRRER 1996) japonesa que utiliza alavancas e pressões para derrubar, dominar e submeter o oponente, tradicionalmente sem usar golpes traumáticos. Segundo alguns historiadores, o jiu-jítsu nasceu na Índia e era praticado por monges budistas, que desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando uso de armas para sua auto defesa.

Com a expansão do budismo o jiu-jítsu finalmente chega ao Japão, onde se desenvolveu e popularizou-se.

Em 1880, Jigaro Kano fez uma separação das técnicas usadas no jiu-jítsu criando duas categorias de lutas. Uma focada em técnicas de queda e imobilização, que deu origem ao judô; outra baseada em golpes usando mãos e pés, combinações de agarramentos e chaves de imobilização, dando inicio ao jiu-jítsu praticado hoje.

Maeda Koma foi quem introduziu esta arte marcial no Brasil, chegando a Belém do Pará e depois indo para o Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo através de Carlos Gracie, filho de Gastão, que o acolheu e aprendeu com ele as técnicas do jiu-jítsu, que passou a ensinar e a aperfeiçoar o que havia aprendido.

Apesar de existir no Brasil por mais de 80 anos, não são comuns estudos sobre as lesões que seus praticantes sofrem durante treinos ou competições publicados na literatura médica, a respeito do jiu-jítsu como esporte, mesmo sendo um esporte praticado por cerca de 350.000 atletas no país atualmente e com uma grande visualização atual através das competições profissionais de MMA que trazem grandes nomes de atletas influentes praticantes de jiu-jítsu.

No entanto, as lesões ocasionadas pela prática do jiu-jítsu são muito semelhantes com as lesões causadas pelo judô olímpico.

Birrer identifica como fatores determinantes de risco significativo de lesões: falha no uso de equipamento protetor, falta de experiência do atleta, participação em competições. Ainda apontou que treinadores e árbitros deveriam ter qualificação diferenciada, serem supervisionados e que suas atitudes devem favorecer o controle do alto índice de lesões nas artes marciais, assim como um ambiente de treinamento ou competição seguro e regulamentos rígidos em competições.

De acordo com as características das ações motoras no jiu-jítsu, pelo fato de constituir um esporte de contato, os praticantes podem estar constantemente sujeitos as lesões decorrentes dos golpes, como também dos deslocamentos corporais dos atletas.

O risco na prática dessa modalidade pode ser muito maior quando comparado a outras, pois o objetivo principal de suas técnicas é fundamentalmente vencer o oponente colocando-o em risco de lesões, obrigando o mesmo a desistir do combate, ou então colocá-lo fora de ação levando-o à inconsciência (nocaute).

Um estudo sobre prevenção de lesões de ombro e cintura escapular em atletas amadores de judô mostrou que atletas que se submeteram a um programa de preparação física com foco em prevenção de lesão obtiveram resultados positivos em seus treinamentos. Entretanto, pouca importância é dada a trabalhos de prevenção, tanto pelos atletas, quanto pelos seus treinadores. Se a prevenção fizesse parte da rotina de treinamentos dos lutadores, o número de lesões diminuiria significativamente.

Platonov (2004) afirma que muitos lutadores são obrigados a depender mais atenção e tempo na cura de enfermidades e dos traumatismos do que próprias atividades e treinamentos, a maioria deles que sofrem intervenções cirúrgicas tem gasto tempo e forças na posterior reabilitação e recuperação no nível de treinamento.

Sabendo do risco e da elevada frequência de lesões no jiu-jítsu, e o incentivo a novos estudos na área com finalidade de criar programas de prevenção específicos