APRENDIZAGEM MOTORA UM CAMPO DE INVESTIGAÇÃO

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é devido ao grau de precisão, interpolação de atividades, faixa de amplitude ou tolerância de erro. Resultados como esses têm sido explicado o aprendiz utiliza o “feedback” intrínseco que o possibilita a desenvolver capacidade de detectar e corrigir erros.

No sexto tópico, “Estrutura e organização da prática”, GO TANI observa que a organização da prática quanto a sua variabilidade faz com que as pesquisas sejam conduzidas com base na teoria de esquema e no princípio de interferência contextual, em ambas a prática é eficaz no campo de Aprendizagem Motora. As pesquisas com fundamento na teoria de esquema têm se preocupado em verificar os efeitos das práticas variada-aleatória e constante e as pesquisas fundamentadas no princípio da interferência contextual têm foco nos efeitos das práticas variada-aleatória, por suas combinações, mas estes resultados não foram concluídos. A organização da prática relacionada com a natureza da tarefa manipula especialmente as práticas das partes e suas combinações. Embora essas pesquisas tenham o mérito de utilizarem tarefas motoras do mundo real, possuem uma limitação quanto à utilização predominante de tarefas classificadas como fechadas e discretas.

No sétimo tópico, “Estabelecimento de metas”, o autor destaca que as investigações a esse respeito têm origem na Psicologia Organizacional e Industrial. As hipóteses: metas específicas podem regular a ação mais do que metas gerais; utilização de metas de curto prazo associadas às de longo prazo tem melhor performance do que somente as de longo prazo; para ser eficientes devem-se estabelecer metas realísticas e desafiadoras; o estabelecimento de metas de performance pode ser melhor que metas de resultados; a efetividade das metas individuais podem ser melhor que as metas de grupo. Essas hipóteses dão efeito as pesquisas mostrando que as metas se referem a generalidade/especificidade, nível de dificuldade, temporalidade e designação.

No oitavo tópico, “Programa de ação hierarquicamente organizado”, o autor ressalta duas características marcantes: a consistência e variabilidade. A primeira é necessária para alcançar resultados com a confiabilidade e a segunda para responder adequadamente às condições ambientais em constante mudança. A estrutura responsável por ações habilidosas deve contemplar essas duas características, que aparentemente são contraditórias. Uma tentativa para solucionar esse problema é a idéia de programa motor generalizado proposto pela teoria de esquema. É uma representação abstrata de uma classe de movimentos que requer um padrão comum

de movimentos. A característica geral é entendida como uma solução aos problemas de armazenamento e novidade no controle motor, mas indicam problemas e limitações.

No nono tópico, “Processo adaptativo”, o autor argumenta que a aquisição de habilidades motoras é por natureza um processo dinâmico e complexo. Processos baseados em “feedback” negativo, mecanismo de redução do erro, capazes de manter a estrutura, mas incapazes de conduzir a uma nova estrutura, considerada necessária para desestabilização. Nesse processo existem perturbações que por mais que haja disponibilidade na estrutura, não há condições para adaptar-se. No nível de pré-estabilização do desempenho não é possível haver adaptação a uma perturbação, já a estabilização do desempenho permite que haja essa adaptação à perturbação perceptiva e motora.

No décimo tópico, “Fatores que afetam a aquisição de habilidades motoras”, o autor trata como modelo teórico de equilíbrio de aprendizagem motora o “background”. Quando a aprendizagem motora é vista como um processo além da estabilização, os fatores relacionados com a entropia positiva necessitam ser reconsiderados. Uma questão que tem sido investigada é se a adaptação ocorre em razão da flexibilidade das estruturas.

No décimo primeiro tópico, ”Implicações para a intervenção profissional”, o autor relata que profissionais de diferentes áreas planejaram, implementaram e avaliaram o ensino de uma variedade de habilidades motoras. Os processos de ensino e aprendizagem complementam-se, como as faces de uma mesma moeda. É importante compreender que o objetivo não é produzir conhecimentos sobre o ensino de habilidades motoras. A prática profissional chegou a conclusão de que os resultados das pesquisas pouco contribuíram para a identificação e solução de problemas no planejamento e implementação de programas que envolviam o ensino de habilidades motoras.

No décimo segundo tópico, “Considerações finais”, o autor constata que a Aprendizagem Motora iniciou suas pesquisas no Brasil na década de 80, de forma efetiva. Hoje é um campo de investigação e ocupa lugar de destaque na área de Educação Física e Esporte, é também um campo de investigações que auxiliam na decisão dos profissionais envolvidos com o ensino de habilidades motoras.

Os autores empenham-se em apresentar clara e detalhadamente as idéias e característica do tema, levando nos a compreender as idéias básicas que exige. GO TANI e outros pesquisadores da USP, utilizam de uma linguagem acessível possibilitando a compreensão do texto não apenas por profissionais do ramo e estudantes de educação física, mas também para leigos.

O autor enfatiza a contribuição que o LACOM tem dado para a Aprendizagem Motora, enfatizando que é preciso