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Relatório apresentado à disciplina de Aprendizagem Motora como requisito avaliativo da terceira unidade

Por:   •  5/5/2018  •  1.492 Palavras (6 Páginas)  •  409 Visualizações

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Segundo Bunker e Thorpe (1982 apud Teoldo, I et al. 2010), aprender a jogar qualquer jogo envolve: aspectos constituintes do jogo; tomada de consciência tática; tomada de decisão do que fazer e como fazer; exercitação das habilidades necessárias à realização motora, e, finalmente, o desempenho tático e técnico no jogo.

O TGFU propõe um ensino de descoberta guiada, em que o aluno é colocado em situações de jogo com problemas táticos, para que o mesmo busque verbalizar, discutir, explicar e procurar soluções, orientado pelas questões estratégicas do professor, com a finalidade de trazer a solução do problema e respectivas soluções para um nível de compreensão consciente e de ação intencional sobre a tática do jogo (Teoldo, I et al. 2010).

REFLEXÃO

Uma grande dúvida é saber qual método é mais adequado ou eficiente para que os alunos possam estar aprendendo a prática de um jogo especifico, visto que os dois métodos mostram diferentes características em sua aplicação, já que cada abordagem prioriza o aluno ou a técnica. O método analítico percebe o aluno como um indivíduo com capacidades a serem desenvolvidas pela prática da técnica. Já o método global vê o aluno como um indivíduo com habilidades que podem ser desenvolvidas e aplicadas na prática do jogo. Nos dois métodos é possível perceber vantagens e desvantagens, desta forma, cabe ao professor fazer uma analise de qual método deverá ser utilizado no contexto do jogo aplicado.

CONCLUSÕES

A prática do ensino do esporte esteve tradicionalmente ligada a reprodução da técnica e a perfeição da performance, levando o aluno aos níveis de desempenho desejáveis. Os resultados justificariam, desta forma, a aplicação de métodos que tivessem por prioridade a prática do esporte pelo esporte sem buscar o desenvolvimento do indivíduo no contexto das particularidades de suas capacidades e sem levar em conta as descobertas que esse indivíduo poderia realizar na prática esportiva. Em vista disso, o esporte tornou-se uma prática que visava a fabricação de atletas altamente competentes e com desempenhos impecáveis, os quais seguiriam um padrão orientado pela técnica, que não poderia ser alterada, mas reproduzida indiscutivelmente.

Por ter-se percebido que cada indivíduo pode contribuir de maneira ativa no seu próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento na prática do esporte, surgiram novos modelos de abordagem que valorizavam as individualidades, pois a corporeidade apesar de compartilhada no coletivo é vivida no âmbito do individual. Portanto, é salutar compreender o próprio corpo e as dimensões sociais, culturais, emocionais e cognitivas no qual esse corpo está imerso. Por esse motivo, os métodos devem levar em consideração todo um conjunto de aspectos que englobam o aluno no contexto de aprendizagem. Os métodos utilizados na realização da aula relatada nesse trabalho trazem um pouco de dois extremos da aprendizagem esportiva. As duas abordagens possuem sua importância e cada uma possibilita a aprendizagem no esporte. No entanto, é importante refletir sobre qual o sentido da aprendizagem do esporte na escola, quais as implicações disso na vida dos alunos e se é realmente necessário o ensino do esporte com vistas ao rendimento demandado a um atleta.

O esporte não pode existir sem que o indivíduo coloque sua marca em cada movimento que é utilizado ao executar a técnica. A técnica não é estática, ela mesmo sendo reproduzida leva consigo a individualidade e a personalidade de quem a reproduz. Essa mesma técnica pode ser aplicada de outras formas, pois o movimento leva o corpo a uma constante transição e por esse motivo, o corpo nunca se move da mesma forma, mesmo quando executa um movimento que já realizou centenas de vezes.

A prática realizada na aula possibilitou compreender melhor a importância de perceber que o ensino do esporte demanda uma percepção do indivíduo que está envolvido no processo de aprendizagem. Ele também será agente do seu aprendizado viabilizando novas formas de desenvolver habilidades que ele irá descobrir por tentativas e na busca de descobrir suas capacidades.

REFERÊNCIAS

DAVIS, W. E.; BROADHEAD, G. D. Ecolgical Task Analysis and Movement.2007.

HAYWOOD, K.; GETCHELL, N. Conceitos fundamentais. Desenvolvimento motor ao longo da vida. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. cap. 1. p. 21-33.

Metzler, 2000, Metzler M. Instruction Models for Physical Education. Massachusetts, 2000

SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. Suplementando a experiência da aprendizagem. In: Aprendizagem e Performance Motora. 4. ed. Porto Alegre: 2010a. cap. 8. p. 242-275.

Shavelson, R., Webb, N., & Burstein, L. (1986).Measurement of teaching. In: M. Wittrock (Ed.), Handbook of Research on Teaching (3a ed., pp. 50-91). New York: MacMillan.

Teoldo, I. ; Greco, P.J. ; Mesquita, I. ; Graça, A. ; Garganta, J. . O Teaching Games for Understanding (TGfU) como modelo de ensinodos jogos desportivos coletivos. Revista Palestra, v. 10, p. 69-77, 2010. Disponível em: http://www.nucleofutebol.ufv.br/artigos/29-Oteaching-games-for.pdf>.

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