A DANÇA EXPRESSÃO DA ARTE TRADUZIDA EM MOVIMENTO

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as capacidades humanas. De acordo com Laban (1990), assim como as palavras são formadas por letras, os movimentos são formados por elementos e sua expressão estimula e desenvolve as atividades psíquicas de acordo com os seus conteúdos e forma de ser vivida, tanto quanto a palavra. Ainda Laban coreógrafo e pesquisador da linguagem, caracterizou os movimentos em dois tipos: os funcionais como o ato de subir escadas, pentear os cabelos, escovar os dentes; e o expressivo que tem como objetivo transmitir a ideia ou sensação, estranhamento, curiosidade, beleza e o humor por apresentar os movimentos de expressão na coreografia da dança.

Opinião semelhante é compartilhada por Duarte Jr (1995), para o qual a prática da dança apresenta uma riqueza em expressões não verbais e esta linguagem não deve ser desconsiderada.

A dança foi a primeira manifestação de comunicação do homem, através de gestos e expressões fisionômicas. Esse processo de civilização acompanha a sociedade e serve como meio de expressão artística, histórico e cultural (RIBAS, 1959)

De uma maneira geral, a dança tem origem nos movimentos naturais e sua sequência de criação colabora com a variedade de estilos que nos leva a um mesmo objetivo: descobrir o corpo no espaço, levando-nos a experiências de caráter emocional que expressam o nosso íntimo (RIED, 2003).

Independente do ritmo, seja a dança contemporânea, o sapateado, as danças de salão, as danças folclóricas, etc., todos os estilos possuem as suas especificidades que os tornam únicos (ALMEIDA, 2005). Todavia, saber expressar os vários ritmos e estilos é uma arte que requer muita prática.

A dança a dois, por exemplo, é uma atividade saudável que traz benefícios para o corpo, como a melhoria da capacidade física e redução dos estados depressivos. Provavelmente, o que todos querem diante da pista de dança, é simplesmente a busca do prazer (BREGOLATO, 2000).

Os estudos sobre a qualidade de vida dos praticantes de dança de salão, realizados por Rocha e Almeida (2007), Bento et al. (2011) e Machado et al. (2012), relacionam a dança de salão à qualidade de vida de seus praticantes.

Ferreira, Alves e Tostes (2009), por sua vez, citam que a prática da dança de salão foi constatada como uma atividade disponibilizada em programas de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) no serviço público federal.

Portanto, a prática da dança pode ser vista sob a ótica do desenvolvimento da comunicação entre os participantes destes grupos, com propriedades para desenvolver as relações interpessoais, as aptidões e os novos interesses, relacionados ou não as tarefas diárias, proporcionadas pelas atividades culturais, físicas e do lazer que se fundamentam no interesse dos indivíduos, e, aumentam o nível geral de compreensão da realidade física e social.

A dança não é apenas expressão e celebração da continuidade orgânica entre homem e natureza. É também realização da comunidade viva dos homens (GARAUDY, 1980)

1.6.3 Objetivos

OBJETIVO GERAL

Oferecer atividades gratuitas e de qualidade à comunidade acadêmica e de Uberaba, visando possibilitar diferentes formas de expressão e percepção do seu próprio corpo no tempo/espaço, através da iniciação dos indivíduos à prática da dança.

OBJETIVO ESPECIFICOS

- Estimular a criatividade e o prazer;

- Estimular a comunicação;

- Reduzir o estresse e a ansiedade;

- Contribuir com o desenvolvimento físico, psíquico e social dos participantes

1.6.4 Metodologia e Avaliação

O projeto tem duração de nove meses, no período de março a dezembro de 2017; incluindo o período de planejamento e execução. A atividade de extensão consiste na realização de oficinas de dança, 3 vezes na semana, com uma hora e quinze de duração.

O SESC-MG irá disponibilizar gratuitamente um professor, para realização das aulas de dança, limitando o número de participantes em 20 alunos por turma. Inicialmente, será aberta apenas uma turma de dança de salão, com aulas segundas/quartas e sextas-feiras, das 17 às 18.15min, em local a ser definido.

Durante as aulas, serão trabalhados dois ritmos por aula, dentre as modalidades de dança a dois selecionadas, tais como: forró, bolero, soltinho e samba.

No período de realização das oficinas, serão trabalhadas as noções de musicalidade, espaço, direções, lateralidade, visando o aprimoramento das habilidades e da coordenação motora, equilíbrio, postura e flexibilidade.

As oficinas sempre iniciarão com a realização de aquecimento, com a utilização de músicas nos dois ritmos a serem trabalhados na aula, no qual os alunos deverão seguir os movimentos do professor, trabalhando cada segmento corporal.

Em seguida, será apresentada uma sequência coreográfica, pelo professor, com posterior treinamento individual e em dupla, visando à memorização dos passos da dança, até que os movimentos tornem-se automatizados e naturais.

Durante a atividade o professor proporcionará momentos de práticas, incentivando a revisão dos passos previamente trabalhados. Haverá o estímulo a troca de pares, visando à socialização e a adaptação aos diferentes estilos de condução da dança.

Os recursos necessários para realização das oficinas de dança são: equipamento de som, mídias digitais com música e espaço físico adequado.

A avaliação da aprendizagem ocorrerá durante a aula através da observação do desenvolvimento das habilidades de cada aluno, buscando contribuir para o aperfeiçoamento e evolução pessoal. Ainda, será criado canal de comunicação, via e-mail, para que os participantes possam relatar suas experiências, sugestões e criticas.

Ao longo da realização da oficina será avaliado o índice de evasão, com realização de reunião bimestral, com a participação dos coordenadores, alunos de extensão e do professor de dança, com identificação dos motivos e possíveis