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RIQUEZA E DIVERSIDADE DAS SAMAMBAIAS E LICÓFITAS DA MATA DO ESTADO (SÃO VICENTE FÉRRER, PE, BRASIL)

Por:   •  1/10/2017  •  1.456 Palavras (6 Páginas)  •  623 Visualizações

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CONITI

VII JOIC CTG - UFPE - 2011

umidade e níveis de luz, essas mudanças eliminarão muitas espécies dos fragmentos de

floresta (Primack & Rodrigues, 2001). Os efeitos de borda são divididos em dois tipos:

abióticos ou físicos e os biológicos diretos e indiretos (Murcia, 1995). Os efeitos abióticos

envolvem mudanças nos fatores climáticos ambientais, onde a zona de influência das

bordas apresenta maior exposição aos ventos, altas temperaturas, baixa umidade e alta

radiação solar (Redding et al., 2003). O ecossistema de Floresta Atlântica propicia

condições favoráveis ao desenvolvimento de espécies de samambaias e licófitas, pois tratase

de uma floresta caracteristicamente densa e úmida, resultando em diversos micro

habitats, com isso propiciando riqueza de espécies de samambaias e licófitas. O presente

trabalho teve como objetivo analisar a influência dos efeitos de borda na composição,

riqueza, diversidade e abundância das samambaias e licófitas na Mata do Estado, São

Vicente Férrer, Pernambuco.

MATERIAIS E MÉTODOS

Estudo da área e composição florestal

A Mata do Estado faz parte do Complexo da Serra do Mascarenhas e Jundiá, sendo

incluída entre os Brejos de Altitude de Pernambuco (Rodal et al. 1998) e abrange

aproximadamente 600 ha. Está situada no município de São Vicente Férrer, Zona da Mata

Norte do estado de Pernambuco, à cerca de 110 km da cidade do Recife.

Trabalho de campo

Foram realizadas dez excursões ao local de estudo no período de 2010 a 2011 destinadas a

reconhecimento da área e definição de ambientes de borda e interior. Foram marcadas de

16 parcelas de 200m² (10 x 20m) cada. Distribuídas no fragmento de maneira que oito

estavam em localização de área de borda e oito em regiões de interior da floresta, para

efeito comparativo na análise de influência da borda sobre os parâmetros biológicos

investigados. Dentro das parcelas todas as espécies de samambaias e licófitas foram

registradas e contados seus respectivos indivíduos para o estudo da composição, riqueza,

diversidade e abundância do grupo, inclusive as espécies epífitas que possam ser coletadas

e contatas sem exigência de técnicas de escalada.

Análise dos dados

A diversidade das espécies de samambaias foi calculada para cada ambiente através do

Índice de Shannon H’(base 2). A análise da diferença entre a diversidade, riqueza e

abundância nos diferentes ambientes foi verificada com a aplicação do Teste T através do

uso do programa Statistica 6.0. Na análise de similaridade foi calculado o coeficiente

binário de similaridade de Sorensen com o programa Ecological Methodology e

posteriormente foi realizado a análise de cluster com a matriz de similaridade calculada

pelo índice de dissimilaridade Bray-Curtis com o uso do programa Primer 5 (Plymouth

Routines In Multivariate Ecological Research). Foram considerados como significativos os

valores de p ≤ 0,05.

Aspectos ecológicos e espécies raras

Durante o trabalho de campo foram analisados os aspectos ecológicos de cada espécie. Os

aspectos ecológicos abordados foram: hábitos, habitats e formas de vida. As espécies

consideradas raras seguiram o critério estabelecido por Santiago (2006), que consideram as

samambaias e licófitas pouco encontradas no estado de Pernambuco como sendo aquelas

com registro em menos de três municípios ou, dependendo da extensão das localidades de

coleta.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Florística

O levantamento florístico das parcelas registrou a ocorrência de 28 espécies de

samambaias. Sendo 24 espécies de interior e 13 de borda. A família mais representativa foi

a Dryopteridaceae com sete Gêneros e sete espécies. Porem a espécie mais representativa

foi Blechnum occidentale com 187 indivíduos, pertencente à família Blechnaceae.

Similaridade Floristica

Nos testes de similaridade não houve separação de composição entre ambiente de interior e

borda. Sendo assim contrario aos resultados encontrados por Silva (2008), que obteve

distintos grupos florísticos entre as parcelas de interior e de borda. Provavelmente, o fato

das bordas do fragmento analisado serem secas, contribuiu para essa distinção na

composição. No atual estudo, tanto a borda quanto o interior estudados apresentaram água

em alguns casos; o que pode ter propiciado uma semelhança na composição entre os dois

ambientes.

Riqueza, Diversidade e Abundância

Com relação à riqueza na área estudada foi verificada maior riqueza

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