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DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES: DIVERSIDADE CULTURAL E IDENTIDADES

Por:   •  25/9/2017  •  1.311 Palavras (6 Páginas)  •  658 Visualizações

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Essas relações sociais vão implicar na produção da sociedade em processos de reprodução, pela qual encontramos a totalidade, abarcando todas as relações sociais, seja na esfera política ou privada, com a influência de mecanismos reguladores que querem manter essa totalidade a partir de formas repressivas e de legitimação simbólica no campo das ideias. Desse modo, o campo da Sociologia, das Ciências Sociais, nas suas diferentes vertentes, desde uma mais funcionalista-positivista, como numa vertente ligada a perspectiva histórico-crítica, necessitam compreender como é que acontecem os processos de produção e reprodução da sociedade.

Para o texto, existe um elemento que refere-se aos processos de reprodução que estará presente em todas as teorias, porém, se diferenciando em relação aos seus entendimentos, no modo de como acontecem os processos de reprodução na sociedade, tentando compreender, também, de que forma a escola aborda as questões ligas a reprodução, de como os atores sociais entendem o papel da educação na reprodução social, sendo assim, como uma sociedade consegue se manter? Se reproduzir?

Segundo os processos de reprodução, nós vamos ter necessidades de reproduzir a capacidade de tocar a produção, ou seja, não se pode pensar reprodução sem pensar os processos de produção, eles não estão dissociados. Tais processos de produção mudaram muito drasticamente em um determinado período, chamado de período medieval e feudal, na Europa, de modo que tem delineado características em que a formação das pessoas para o exercício daquela atividade é determinado, porém, nos processos de produção no surgimento das primeiras fábricas e indústrias, acontece um processo de transformação muito significativo de modificações em todos os níveis da sociedade.

A escola nesse ínterim, segundo autores como Althusser, assume uma centralidade enquanto instituição, cumprindo um papel fundamental dentro das sociedades, de formar para o trabalho, para esse novo modo de produção, criando mecanismos para a formação de um sujeito capaz de atuar na atividade produtiva e nas relações sociais, de modo a compreender a própria cidadania e os valores existentes na nossa sociedade. A escola assume então, um lugar mais ampliado e complexo, de transmitir um conjunto de conhecimentos para a atividade produtiva no seu sentido global. Sendo apontada por alguns autores, como mecanismo de reprodução ideológica do Estado.

A transformação mediante esse quadro, segundo a teoria marxista, só se dará a partir do coletivo, a partir de uma consciência do lugar que ocupamos no sistema produtivo, e que essa consciência tem relação com a base material e com as formas de pensamento, que resultarão nas lutas de classe. Assim, tendo em vista essa assertiva, cabe a nós indagarmos como a escola pode ser objeto de mudança se ela acaba sendo objeto de reprodução?

Althusser faz uma crítica a Marx, ao reducionismo da sua teoria, tentando abarcar outros conceitos para poder explicar a reprodução. Para aprofundar uma ideia que segundo ele, não foi bem discutida em Marx, Althusser cria a Teoria dos Aparelhos Ideológicos do Estado. Para o autor, entender o Estado é imprescindível para compreender os processos de reprodução na sociedade, estando muito preocupado na superstrutura, nos aparelhos ideológicos que o compõe. Althusser é tão estruturalista que não vê a possibilidade de transformação, mas, apenas de reprodução.

Fazendo um apanhado geral sobre as teorias sociais que perpassam a educação, os autores do texto trazem a constatação de que em toda a América Latina, trabalhos como o de Bourdieu, Althusser e Passeron foram determinantes para os estudos sociais da época, de modo que tornaram-se trabalhos de referências no assunto.

Por fim, o texto trás uma gama de discussões que possibilitam ao leitor uma visão panorâmica das teorias sociais, com enfoque nas teorias estruturalistas nas suas diferentes vertentes, e nos vários autores que as discutem em determinados tempos e espaços, o que leva o leitor a buscar novas leituras para compreender o lido, de modo que estas discussões não se apresentam de forma clara e de fácil entendimento.

Referência Bibliográfica:

MORROW, Raymond Allen; TORRES, Carlos Alberto. Teoria Social e Educação. Porto, Portugal: afrontamento, 1997. Terceira parte, p. 119-200.

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