OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELAS CAPIVARAS NA BACIA HIDROGRÁFICA NA LAGOA DA PAMPULHA
Por: Kleber.Oliveira • 5/5/2018 • 8.209 Palavras (33 Páginas) • 544 Visualizações
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Palavras-chave: Animais Silvestres – Impactos Ambientais – Áreas Urbanas.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 6
2 DESENVOLVIMENTO 9
2.1 Análise do monitoramento para solucionar os impactos causados pelas capivaras na Lagoa da Pampulha e as características apresentadas pelos animais silvestres na área de estudo 9
2.2 Repercussão das descobertas após pesquisas de campo e estudos aprofundados 11
2.3 Consequências e transtornos aos animais 14
2.4 Relação da antropisação às implicações éticas e técnicas do caso em voga 15
2.5 Fatores históricos da ocorrência de capivaras em áreas urbanas e os reais impactos causados pelas capivaras ao bioma da Lagoa da Pampulha 18
2.6 Contextualização e conclusões extraídas sobre a presença das capivaras no bioma da Lagoa da Pampulha e as sugestões de monitoramento e manejo dos animais 22
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 25
4 REFERÊNCIAS 27
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- INTRODUÇÃO
Hydrochoerus hydrochaeris, popularmente conhecida como capivara, cujo nome se origina da língua tupi-guarani, “caapi – guará = que come capim” é um mamífero que habita vários tipos de ambiente, sendo encontrado em todo o território brasileiro e em outros países da América do Sul. Considerado o maior roedor vivente no mundo, as capivaras são animais silvestres, herbívoros, de hábitos semiaquáticos e com nichos diurnos e vespertinos, que apresentam ciclos reprodutivos durante todo o ano (VARGAS, F.C., 2007. MENES, A. & OJASTI, J., 1986. ALHO, C.J.R. & RONDON, N.L.,1987).
Segundo Cavalcante SMC (2009. P. 203-242) a maioria das espécies da fauna silvestre possui valores positivos ou benefícios para a sociedade humana de maneira geral. Porém a associação de alguns animais a prejuízos, predação ou transmissão de doenças aos seres humanos, proporciona uma visão negativa a alguns indivíduos (CARUSO, E. & MARTINELLI, P, 2005).
Não é de hoje que os conflitos entre a população humana e as capivaras subsistem, tanto nas áreas rurais quanto nas urbanas. A presença desses animais em áreas urbanas é um dilema de grande repercussão, pois devido à suas características ecológicas favoráveis como curto período de gestação, fácil adaptação à hábitats ecologicamente alterados, dieta generalista e ausência de predador natural, o crescimento quantitativo do espécime torna estes animais uma espécie-problema sob o ponto de vista da saúde pública.
Em Belo Horizonte, capital mineira, especificamente na região da Lagoa da Pampulha, considerada o cartão-postal da cidade, sendo um atrativo ponto turístico para os moradores e visitantes externos, habita uma população expressiva de capivaras.
Apesar de ser uma espécie comumente observada nos vários remanescentes de vegetação localizados em ambientes urbanos no Brasil, as informações a respeito da estrutura social do mamífero em ambientes modificados pelo homem ainda são escassas e insuficientes para um controle efetivo de seus impactos, resultando em conflitos que ameaçam a conservação desta espécie.
A detecção das capivaras na represa foi verificada de forma desordenada, o que gera estudos que visam prevenir os riscos causados pelo animal aos visitantes, tendo em vista o animal ser transmissor de doença parasitária, como, por exemplo, a febre maculosa, cujo vetor é um carrapato (e.g. ESTRADA, D.A. et al.. 2006; RIBEIRO, K.T. et al.. 2010), relacionando ainda, o manejo da espécie tendo em vista os impactos relacionados ao crescimento de sua população devido ao seu elevado potencial reprodutivo (e.g. PEREIRA, H.F.A & ESTON, M.R.. 2007).
Porém, como a capivara, dentre todos seus impactos ao ambiente, ainda é importante recurso natural renovável, a PBH em conjunto com a Clínica Veterinária da UFMG e outros órgãos responsáveis pelo monitoramento e controle ambiental e ecológico, realizam estudos e avaliam constantemente possibilidades de controle e equilíbrio para que os mamíferos tenham condições de permanecerem estabelecidos nos entornos da Lagoa da Pampulha (Portal PBH. MG BIOTA, 2012. SOUZA, C.E. & SOUZA, S.A.L., 2008. ESALQ, 2005).
Observações subjetivas indicam que o monitoramento desses indivíduos é de extrema importância para a saúde e preservação social e ambiental local, onde a avaliação e a elaboração de estratégias apropriadas de manejo das populações devem ser priorizadas para que haja redução dos impactos e preservação da espécie (IBAMA, 2013. NEO, F.A. & MELO, I.S.C., 2012. ROCHA, D., 2006).
Assim sendo, sugere-se que o processo contínuo de urbanização e a aproximação de animais silvestres relacionada à conservação do ambiente, em específico na Lagoa da Pampulha, enfatiza a necessidade de ações mitigadoras e eficazes para o controle e conservação das populações, bem como a harmonização da relação entre os moradores e visitantes e o animal.
O intuito deste trabalho é de apresentar os possíveis impactos ao sistema ecológico e social das capivaras à Lagoa da Pampulha, contanto com a observação e atenção às corretas formas de manejo e monitoramento destes animais, onde será averiguado também, conforme percepção da população visitante e residente da região, qual a sua percepção sobre a permanência das capivaras em toda extensão de área verde da lagoa, das ilhas e do Parque Ecológico da Pampulha (PEP) (ARAÚJO, R.A. et. al., 2007).
Os dados coletados e informados originam-se de pesquisas relacionadas também a outros Estados brasileiros, bem como ao conhecimento dos órgãos responsáveis pela manutenção da fauna e da flora que, através de parceria de cooperação ao trabalho ofereceram resultados que inferiram como objetivo principal dos estudos a realização de avaliações das condições que permitiram o estabelecimento das capivaras na área urbana da orla da lagoa, a identificação e levantamento dos impactos causados pelos animais ao bioma e à população local, assim como observar e estudar as proposições de ações corretas de manejo para a conservação da espécie
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