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IMPACTOS AMBIENTAIS NA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JACUÍPE, PONTE DO MASSAMBÃO ENTRE OS MUNICÍPIOS DE MIGUEL CALMON E PIRITIBA, BAHIA.

Por:   •  24/1/2018  •  3.739 Palavras (15 Páginas)  •  561 Visualizações

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A grande maioria de atividades econômicas implica um impacto ambiental de indústrias energéticas e mineradoras. Podemos conceituar também como uma poderosa influência exercida sobre o meio ambiente, provocando o desequilíbrio do ecossistema natural. O que distingue o impacto ambiental, não é qualquer alteração nas propriedades do ambiente, mas as alterações que provoquem o desequilíbrio das relações constitutivas do ambiente, tais como as alterações que excedam a capacidade de conquista do ambiente considerado. (GUERRA E CUNHA, 2003).

Portanto, entendem-se o ambiente urbano como afinidades dos homens com o espaço edificado com a natureza, em afluências de população e atividades humanas, constituídas por fluxos de energia e de informação para nutrição e biodiversidade. O impacto ambiental é uma consequência das nossas atitudes, e por esse motivo é crucial educar a sociedade para que possam ter iniciativas responsáveis que causem menos impactos negativos no meio ambiente.

Destacamos assim, na tabela seguinte alguns dos considerados impactos ambientais naturais e antrópicos:

Tabela 1 – Impactos ambientais naturais e antrópicos

Impactos Naturais

Impactos Antrópicos

Erupções vulcânicas

Diminuição da matéria orgânica

Terremotos

Compactação

Inundações

Impermeabilização

Tornados

Salinização

Furacões

Desabamento de terras

Maremotos

Contaminação

Desmatamento das matas ciliares

Crescimento demográfico

Queimadas

Irrigação

Mineração

Erosão

Desertificação

Fonte: Comissão das Comunidades Européias, Bruxelas, 2006.

Podemos então destacar que de acordo com a tabela apenas alguns impactos antrópicos podem ser associados ao que aconteceu na microbacia hidrográfica de Ponte do Massambão, sendo eles: desmatamento das matas ciliares, crescimento demográfico, queimadas, irrigação e erosão.

Uma bacia hidrográfica pode ser considerada como uma área limitada por um divisor de águas, que a separa das bacias adjacentes e serve também para a captação natural da água de precipitação através de superfícies vertentes. Por meio de uma rede de drenagem, formada por cursos d’água ela faz convergir os escoamentos para a seção de exultório considerado o seu único ponto de saída. A bacia é resultado da interação da água e dos outros recursos naturais como vegetação e clima. Assim, um curso d’água, independente do seu tamanho, é sempre o resultado da contribuição de determinada área topográfica, que é sua bacia hidrográfica. (BRINGANTE E ESPINDOLA, 2003).

Compreender como os ecossistemas funcionam e os fatores que agem sobre eles, permite avaliar a intensidade dos impactos ambientais proveniente da atuação humana, é de extrema importância para a conservação dos recursos naturais e do meio ambiente.

As microbacias hidrográficas possuem unidades de ótima qualidade para regular os fenômenos naturais e sociais por possuírem características integradoras, onde é possível acompanhar as transformações antrópicas e também as respostas vindas da natureza.

Também são unidades essenciais para o estudo de questões ambientais, como é o caso do projeto de pesquisa em questão, sendo considerada a principal e a única fonte de captação de água para algumas localidades e conseqüentemente para o consumo humano e animal.

Segundo (OLIVEIRA, 2008), a ação do homem numa microbacia gera conseqüências irreversíveis, como por exemplo: alterações no processo de vazão e tempo de duração da água em seus diferentes compartimentos. Uma vez que a água que poderia ser usada de forma igualitária entre os moradores é desviada para a irrigação de plantações de capim às margens do rio, causando assim, transtornos para os moradores da comunidade e uma seca por longo período, visto que a água não é distribuída de maneira igualitária e correta.

A situação de escassez de água, geralmente está vinculada à poluição de mananciais e a ocupação irregular e desordenada do solo, onde as áreas de preservação são invadidas pela ocupação humana e por propriedades agrícolas e pequenas indústrias. (VILARONGA & CARVALHO 2006).

O uso de um estudo baseado na realidade da pesquisa contribuiu para estimar os recursos e os efeitos causados á microbacia. Permitindo assim apontar as alternativas que alcancem os produtores rurais e fazendeiros, para minimizar tais efeitos em suas propriedades e sugerir alternativas mais adequadas aos seus interesses e aos propósitos de conservação dos recursos naturais, com a diminuição da degradação ambiental e dos prejuízos sociais e econômicos que atingem a comunidade de Ponte do Massambão.

- Povoado Ponte do Massambão e suas características

Desde o início dos tempos, sabe-se que o homem se fixou junto às margens dos cursos d’água devido às riquezas que ali eram encontradas, proporcionando sobrevivência, além de alimentos, água, caça, pesca e matéria prima como, por exemplo, madeira, suprindo assim todas as suas principais necessidades. Para o cultivo de alimentos essas áreas se apresentavam mais produtivas em função de uma maior fertilidade natural quando comparado as áreas do campo e cerrado. Desse modo teve um início das ações antrópicas nesses ecossistemas, perdurando até os dias atuais.

No Povoado de Ponte do Massambão não foi diferente. Segundo relato dos moradores mais idosos do povoado, começaram a se fazer residências naquelas mediações por volta de 1940. Os primeiros moradores foram: Agenor Roque, João Roque, Antônio Vermelho e João Tatu.

Nos dias atuais, contamos com um número de 307 moradores, tal pesquisa foi

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