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Impactos Ambientais PCH Toca do Tigre Rio Truvo Bacia do Rio Uruguai

Por:   •  13/11/2018  •  1.589 Palavras (7 Páginas)  •  564 Visualizações

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Em vista disso, no ano de 2002, a FEPAM e o Departamento de Recursos Hídricos do Estado (DRH/SEMA) deram início ao Projeto Monitoramento da Qualidade das Águas na Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo, Santa Rosa e Santo Cristo, Região Hidrográfica do Rio Uruguai como uma forma de subsidiar a gestão dos recursos hídricos e o controle ambiental. Através desse projeto, a articulação entre iniciativas de gestão ambiental integradas foi possibilitada. Dentre estas iniciativas destacam-se especialmente duas, a primeira, com foco no gerenciamento ambiental da atividade suinícola e na melhoria da qualidade da água nas bacias de intervenção do referido projeto. A segunda dessas iniciativas, relaciona-se ao processo de desenvolvimento do plano de bacia.

De acordo com analises de dados fornecidos pela FEPAM, o mal uso dos solos à montante da PCH Toca do Tigre caracterizados pela pecuária, majoritariamente de suínos e aves, além do desmatamento das matas ciliares corroboraram com a adição de sedimentos no Rio, sendo esses sedimentos acumulados na barragem da PCH. Esse acúmulo de nutrientes, principalmente de fósforo dos dejetos suínos podem ser indicadores de possibilidade de eutrofização no lago da barragem da PCH.

O uso do solo na subacia é destinado principalmente a cultura de soja, em rotação com milho e outras culturas relacionadas a esta: feijão, trigo, aveia etc. Com o barramento, o nitrogênio e o fosfato abudantes em função do alto uso de fertilizantes e agrotóxicos utilizados na produção dessas culturas podem ficar acumulados à montante, contaminando peixes e iniciando uma cadeia de contaminação dos solos nas margens, do lençol freático e de animais que consomem os peixes contaminados.

A construção da barragem gerou aumento do nível do lençol freático, pode ter significativa influência na tendência de recalque das construções vizinhas. Com a saturação do solo, podem vir a ocorrer recalques por colapso.

A região, pela sua proximidade com importantes áreas de conservação ambiental como o Parque Estadual do Turvo possui importância de ser habitat de diversas espécies endêmicas, muitas delas ameaçadas de extinção, dentre elas a Onça-pintada. Além disso, a região também é caracterizada pela presença de espécies vegetais protegidas, dentre elas a Araucária. O desmatamento necessário para construção da PCH tem o impacto de reduzir a área onde crescem essas espécies de vegetais raras e reduz a área de habitação das espécies animais endêmicas.

Outros efeitos causados pela construção da PCH são os efeitos de borda, que são reações indiretas nas regiões ao redor da obra. Dentre esses efeitos, destacam-se os possíveis espantamentos de espécies de animais como abelhas e aves que são importantes agentes polinizadores da região, acarretando assim na dificuldade de reprodução de espécies vegetais nativas.

A construção de estradas, da PCH e do reservatório causaram fragmentações das matas locais, o que podem ter causado a diminuição da variabilidade genética das espécies da região e a biodiversidade. Essas alterações também mudaram as condições paisagísticas de todo o local.

A alteração do curso da água pela instalação da barragem pode ter alterado toda as relações ecológicas. Quando parte do rio foi represada, a água apresentou redução na velocidade e isso muda tudo para os peixes e outros seres que vivem nela. Outrossim, a fragmentação do rio divide um rio em dois, dificultando a vida de alguns peixes que necessitam de rio livre para sua reprodução. Outros animais que se alimentam dos peixes da região, como aves e mamíferos também podem estar sendo prejudicados pela redução de quantidade e qualidade de seu alimento.

Outro impacto referente à construção da PCH é a dispersão de animais para locais próximos, podendo causar perturbação das que habitam esses locais pelas espécies que foram dispersas. Ainda há a ocorrência de atropelamentos de animais dispersos nas vias próximas ao local da construção.

Mesmo possuindo diversos efeitos negativos, a PCH Toca do Tigre também possui impactos positivos, sobretudo no conhecimento da região pelos projetistas, operários e outros funcionários encarregados do projeto, da construção e do funcionamento da mesma. Além disso, os estudos realizados e ainda a serem realizados devido a construção do empreendimento podem ajudar a conhecer melhor os animais e vegetais da região o que pode vir a ser útil na hora de criar novas áreas de conservação.

A construção da PCH poderá gerar empregos, tanto na construção quanto nas indústrias de produção dos materiais de construção. Além disso, os transportes dos operários e materiais ao local geram emprego de motoristas e geram lucro a empresas de transporte e postos de gasolina.

Uma consequência direta da circulação da economia causada pela criação de empregos e necessidade de materiais e meio de transporte, os impostos arrecadados pela prefeitura da cidade de Braga aumentaram, tendo assim, mais dinheiro para investir em educação, saúde e infraestrutura, aumentando assim a qualidade de vida da população.

O impacto positivo mais óbvio da PCH é a disponibilidade de energia para abastecer as regiões próximas. A maior vantagem

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