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Os impactos ambientais das lâmpadas fluorescentes

Por:   •  6/2/2018  •  2.088 Palavras (9 Páginas)  •  489 Visualizações

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A contaminação gerada pela má administração desses resíduos, principalmente o mercúrio oferece altos riscos ao meio físico, biológico e antrópico pela liberação do vapor de mercúrio e contaminação de solos e aquíferos pelo metal pesado. Por isso é de suma importância que sua logística reversa seja aplicada.

No Brasil, uma tradicional empresa do ramo cobra pelos serviços de descontaminação em torno de R$ 0,60 a R$ 0,70 por lâmpada (Webresol, 2005). A esse preço, devem-se acrescentar os custos de frete (transporte), que podem variar de acordo com a distância e o volume. Dependendo da localização em que as lâmpadas estejam, o transporte pode elevar significativamente o preço da reciclagem, desmotivando, e muito, tanto a indústria recicladora quanto a geradora do resíduo. (Walter, 2008)

A Logística Reversa segundo a PNRS é o principal meio de alcançar seus objetivos, como estabelecido artigo 3° do inciso XII “Logística Reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou na destinação final ambientalmente adequada”.

Segundo Lacerda (2002 apud GARCIA, 2006, p.4) define que:

Logística reversa pode ser entendida como um processo complementar à logística tradicional, pois enquanto a última tem o papel de levar produtos de sua origem dos fornecedores até os clientes intermediários ou finais, a logística reversa deve completar o ciclo, trazendo de volta os produtos já utilizados dos diferentes pontos de consumo a sua origem. No processo da logística reversa, os produtos passam por uma etapa de reciclagem e voltam novamente à cadeia até ser finalmente descartado, percorrendo o “ciclo de vida do produto”.

Segundo César e Neto (2007, p. 5 apud RENATA; EMILIA),

Atualmente a logística está saindo da condição de centro de custo para uma área de agregação de valor, pois com os conceitos modernos de manufatura e distribuição, a logística está modificando a área do conhecimento a qual irá trazer grande competitividade às empresas.

[pic 1]

Figura 1: Esquema Simplificado da Logística Reversa Fonte: Interface hs Revista de Saúde Meio Ambiente e Sustentabilidade vol: 7 nº 3, ano 2012, pág 97.

2. Metodologia

No desenvolvimento deste trabalho foi efetuada a coleta de informações referentes a técnicas de logística reversa de lâmpadas fluorescentes e seus procedimentos. Por meio de consulta em livros, boletins técnicos, trabalhos acadêmicos e sites confiáveis da internet.

Na figura 2 podemos observar alguns modelos de lâmpadas.

[pic 2]

Figura 2: Alguns tipos de lâmpadas: (A) lâmpada incandescente; (B) lâmpadas fluorescentes tubulares; (C) lâmpada fluorescente compacta (Apliquim, 2007)

Componentes que constituem as lâmpadas fluorescentes:

[pic 3]

Figura 3: Principais constituintes de uma lâmpada fluorescente (André, 2004).

Em relação às lâmpadas incandescentes, as lâmpadas fluorescentes possuem eficiência luminosa de 3 a 6 vezes superior, têm vida útil de 4 a 15 vezes mais longa e 80% de redução de consumo de energia. Dessa forma, elas geram menos resíduos e reduzem o consumo de recursos naturais para a iluminação, diminuindo dependência da termeletricidade (ABILUX, 2005). Há de se destacar, também, que as lâmpadas de mercúrio, em especial as lâmpadas fluorescentes e de vapor, são utilizadas para criar melhores e efetivas fontes de luz artificial e vêm substituindo amplamente as lâmpadas incandescentes. O uso de lâmpadas fluorescentes, então, pode representar uma significativa economia doméstica, comercial e industrial. Se por um lado a natureza agradece a economia no uso dos recursos naturais pelo uso de lâmpadas fluorescentes na iluminação, a proliferação do seu uso está gerando uma nova demanda ambiental, com isso começam a surgir perguntas pertinentes como: O que fazer com estas após o seu consumo? Aonde descartar? Ao quebrar o que devemos fazer? Posso jogar em lixo comum?

Se as lâmpadas tiverem bem cuidadas, podemos reaproveitar o vidro, o mercúrio e o alumínio na fabricação de outro produto, como por exemplo, termômetro, se esta estiver quebrada a atenção deve ser redobrada, haja visto, que a evaporação acontece rapidamente ficando assim, impossível de se reaproveitar o material. O descarte deve ser feito de maneira consciente e sustentável, nunca, jamais, jogar as lâmpadas quebradas em locais onde outras pessoas possam se machucar ou até mesmo se elas ainda estiverem intactas, pois pessoas podem passar e quebrar, crianças brincando se machucar. Existe no Estado do Rio de Janeiro um ponto de coleta de lâmpadas fluorescentes (Leroy Merlin, esta aceitam um limite máximo de 10 lâmpadas por família). Segundo Mario Sebben, diretor presidente da Apliquim Brasil Recicle, uma companhia de reciclagem dos materiais de modelos fluorescentes. "Quebrar duas ou três lâmpadas não vai prejudicar. A situação começa a ficar grave quando há mais de cem lâmpadas sendo quebradas de uma só vez. Segundo Eduardo Sebben diretor superintendente da Apliquim Brasil Recicle. “O país descarta corretamente 15 milhões de lâmpadas por ano em um cenário de 250 milhões comercializadas no país”. Desse total, 94% são descartadas em aterros sanitários, sem nenhum tipo de tratamento, contaminando o solo e a água com metais pesados.

A figura a seguir mostra como deve funcionar a logística reversa, podemos observar também que todos os steakholders envolvidos possuem papel fundamental e importante, o que falta é o comprometimento e informação. Se todos fizerem seu papel corretamente podemos crescer e nos transformar em um país de primeiro mundo, tratando do meio ambiente de maneira sustentável, com mais respeito a fauna e flora.

[pic 4]

Figura 4: Descarte correto.

Fonte: http://www.autossustentavel.com/2015/04/descarte-lampadas-sao-paulo.html

Segundo Sierra e Mar (1997, A vida útil das lâmpadas página 5)

Apesar da obrigatoriedade do poder público em divulgar

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