Disseminação da Educação Ambiental através do Ensino da Oceanografia

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No campo, os alunos viram na prática o que tinha sido explicado em sala. Na primeira praia visitada, Ilha do Boi (Praia da Direita), foi observado um costão rochoso, mostrando a zonação e os animais e vegetais que vivem neste. O segundo local, Praia de Carapebus, as falésias, a restinga e animais encontrados no local tiveram uma atenção maior. Houve também uma visitação da Escola da Ciência, Biologia, História e Geografia da Prefeitura de Vitória, onde tinha uma maior infra-estrutura com monitores, material educativo, maquetes de ecossistemas marinhos e aquários. Em todas estas saídas procurou-se agregar os conhecimentos em oceanografia com educação ambiental, disseminando e agregando conhecimentos das duas áreas.

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Figura 1. Graduanda de Oceanografia e crianças do projeto em uma aula de campo na Praia de Carapebus.

Por fim, aconteceu uma apresentação aos pais e outros professores, em forma de telejornal, mostrando o que cada um tinha aprendido e tentando conscientizar as pessoas da importância do ambiente marinho. Este telejornal foi gravado com um mês de antecedência, em que cada um falava sobre um tipo de animal marinho e mostrava porque ele deve ser preservado e o que deve ser feito para isto.

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Figura 2. Alunas produzindo o telejornal apresentado no final do projeto.

Quando perguntado no final do semestre aos alunos sobre o projeto de oceanografia eles o acharam muito bacana e interessante, “eu já tinha ouvido falar sobre a oceanografia e logo que fiquei sabendo do projeto fiquei muito interessada em aprender sobre os mares”, outro aluno já mostrando o aprendizado disse “não existe vida só na terra, temos que lembrar também dos nossos oceanos e mares que as pessoas tanto estão destruindo”.

DISCUSSÃO

Apesar das aulas serem apenas uma vez na semana (quinta-feira/ 13:30 às 15:30) as aulas de oceanografia foram bem interessantes para as crianças pois foi possível aprender sobre um assunto, a Oceanografia, que geralmente não é passado para os alunos no currículo normal. Estas serviram para instruírem os alunos, de uma forma mais didática, com saídas de campo e discussões, favorecendo e estimulando a pesquisa nos alunos e promovendo a educação ambiental. As aulas de campo por sua vez, foram bastante importantes para os alunos, pois facilitaram a compreensão e aprendizagem daquilo já exposto e discutido em sala.

Esse projeto mostra que a escola desempenha um grande papel no aprendizado do aluno não só ensinando matérias curriculares, mas também incentivando-os a pesquisarem e aumentarem o conhecimento naquilo que se tem mais facilidade. No caso da oceanografia, as crianças conseguiram se conscientizar da degradação que acontece cada vez mais no ambiente marinho, através das aulas e principalmente vendo estes problemas em campo, e através disto disseminar conhecimento sobre esses assuntos, promovendo, no caso, a outros alunos do projeto do CEDET, pais e professores, a educação ambiental.

Em um contexto geral, a oceanografia, assim como outras ciências busca mostrar às pessoas o quão é importante o ambiente marinho em suas vidas, por isso deve ser sempre protegido da degradação (Muggler, et al., 2006).

CONCLUSÃO

Com isso pode-se concluir que a Oceanografia, por ser muitas vezes um tema de interesse das crianças, é um bom instrumento de Educação Ambiental, podendo promover assim uma conscientização das pessoas. Outro aspecto importante é que a criança é disseminador de conhecimento, principalmente no âmbito familiar, ajudando assim nesta promoção.

Por fim pode-se dizer também que o projeto de oceanografia possibilitou uma aprendizagem mútua, dos alunos do projeto, que estavam aprendendo sobre um assunto que os interessavam, do aluno do curso de Oceanografia, oferecendo uma formação cidadã, e das pessoas que assistiram apresentação final dos alunos participantes, aumentando seus conhecimentos, e isso só foi possível devido à boa aceitação e interesse por parte dos alunos.

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Associação Brasileira para Altas Habilidades/Superdotados (ABAHSD) e ao Centro para o Desenvolvimento do Potencial e Talento de Vitória (CEDET-Vitória). À Teresa Varejão e aos amigos que sempre estão presentes quando eu preciso.

REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS

Dias, G.F., 1992. Educação ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 551p.

Muggler, C.C.; Pinto Sobrinho, F.A. e Machado, V.A., 2006. Educação em solos: Princípios, Teorias e Métodos. Revista Brasileira de Ciências do Solo, 30(7), 733-740.

Pelicioni, M.C.F., 1998. Educação ambiental, qualidade de vida e sustentabilidade. Saúde e Sociedade, 7(2), 19-31.

Sato, M., 2003. Educação ambiental. São Carlos: RiMa,. 66p.

SCHMIEGELOW,