Trabalho cientifico de algo
Por: Salezio.Francisco • 25/4/2018 • 2.165 Palavras (9 Páginas) • 276 Visualizações
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A reprimenda da sociedade era algo fora dos padrões, pois quando ia no mercado e via alguma mãe de um adolescente que foi vítima, ela era agredida fisicamente e verbalmente. Situação que deixava constrangida, e por muitas vezes fugia, para não encarar isso. A muito custo conseguiu emprego para se manter. * Porém até no emprego sofria olhares preconceituosos e na festa, após bebidas, o seu colega de trabalho a ofendeu pois ela se negou a dançar. Chamou ela de mundana, que nunca ninguém iria quere-la.
Por fim ela nunca se mudou, carregou esse fardo, de visitar seu filho na prisão, pois apesar de tudo era mãe. No filme dizia que estava prestes a sair da cadeia. Entretanto não deixou especificado.
1.2 DO COMENTÁRIO CRÍTICO
O filme se sucede nos Estados Unidos, observando que lá é um sistema jurídico consuetudinário, com aplicações de sanções diversificada como a prisão perpetua, além de que, em determinados estados, é permitida a pena de morte.
No caso de Keven, uma criança/adolescente (pois era menor de 16 anos), antissocial, um menino com uma certa abundância de conhecimentos, que não era típica para sua idade, fazendo com que ele possa ser considerado um psicopata, conforme autor cita:
“Em geral, quando se fala em psicopatia, as pessoas tendem a relacioná-la a loucura ou doença mental, porém em termos médico- psiquiátricos, a psicopatia não se encaixa num quadro de doenças mentais, pois os psicopatas não apresentam qualquer tipo de desorientação, não sofrem delírios ou alucinações e tão pouco apresentam sinais de loucura ou intenso sofrimento mental. Os psicopatas em geral são indivíduos frios, calculistas, inescrupulosos, dissimulados, mentirosos, sedutores e que visam apenas o próprio benefício. Eles são incapazes de estabelecer vínculos afetivos ou de se colocar no lugar do outro. São desprovidos de culpa ou remorso e, muitas vezes, revelam-se agressivos e violentos [...] os psicopatas são verdadeiros “predadores sociais”, em cujas veias e artérias corre um sangue gélido. (SILVA, 2008, p.37).
Portanto no filme relatado descrito acima, teríamos em Kevin uma postura fria, no que se diz respeito a matar com flechas seus colegas de classe, resquícios de crueldade um tanto quanto obvio. Se não o matou, deixou um de seus colegas paraplégico.
Quanto à postura de ser calculado, o fato dele escolher a data anterior ao seu aniversário de dezesseis anos de idade, já diz que o crime foi premeditado. Escolheu bem, pois sendo “ menor de idade”, as implicações jurídicas mesmo neste sistema seriam tratadas de uma outra maneira.
Um psicopata nato, realmente desprovido de culpa ou remorso. Em nenhum momento que sua mãe foi lá o visitar, mostrou-se arrependido, ou que sentiu algum remorso. Ao contrário, foi indiferente quanto a situação.
Sobre ter correlação ao crime passional com a mera questão de ter personalidade sedutora, é um tanto quanto precitada esta análise. Pois o fato dele estar se descobrindo sexualmente, não quer dizer que tinha um desejo pela mãe, e que se utilizou de sedução para atrair a atenção da mãe; em nenhuma das cenas do filme.
Entendemos por homicídio passional uma expressão usada para designar o homicídio que se comete por paixão. Paixão esta, entendida como uma forte emoção, que pode comportar às vezes um sentimento platônico e outro ser agressivo, possessivo, dominador. Podendo ainda, ser enquadrado nesse contexto o homicídio entre pais e filhos. Entretanto, existem algumas características fundamentais para identificar um homicídio passional dos demais, que são: a relação afetiva entre as partes, que pode ser sexual ou não, seria então a forte emoção (entendida como paixão) que vincula os indivíduos envolvidos neste relacionamento.
Para Nucci, "originária da emoção, a paixão é uma excitação sentimental levada ao extremo, de maior duração, causando maiores alterações nervosas ou psíquicas. Como dizia Kant, lembrado por Hungria, é o "charco que cava o próprio leito, infiltrando-se, paulatinamente, no solo".
Em relação ao suposto sentimento paixão que Keven teria pela mãe, poderia até ser uma paixão não com contexto de sedução com conotação sexual. E sim, uma provável paixão através de ciúmes. Entretanto consigo apenas analisar devida situação como sendo psicológica.
O nascimento da irmã somente agravou o ciúme, mas não pelo sentimento de amor (afeto) pela mãe e sim de querer ser o único. Poderíamos dizer que: queria apenas o seu reinado. Com esse contexto entramos em uma questão histórica do Édipo. O filho que mata o pai, para casar-se com a mãe. Existem vários estudos relevantes sobre isso, entretanto apenas podemos dizer que isso se tem como uma representação de lenda. Para o fato em concreto, isso se torna irrelevante. Pois nada provaria para caracterização do crime passional.
Pois cabe ressaltar a valoração do fato jurídico que tem relevância a sociedade então para que ocorra o fato jurídico em questão, este fato precisa incidir na lei, para se tornar um fato jurídico, tendo assim o complexo de édipo (como lenda), não seria propriamente um fato jurídico. Como o autor explica:
“A vida é uma sucessão permanente de fatos. Desde o nascimento até a morte, com todos os atos que integram a vida, desde a estrela cadente que risca o céu ao vai e vem da onda do mar, tudo que nos cerca, física ou psiquicamente, são fatos. (...) É evidente, porém que nem todos os fatos – mesma conduta- tem para a vida humana o mesmo valor, a mesma importância. Há fatos – inclusive puros eventos da natureza- que possuem para os homens, em suas relações intersubjetivas, significado fundamental, enquanto outros, por lhes fugirem ao controle, ou por não lhes acarretarem vantagens, ou, ainda, por não lhe provocarem interesse são tidos como irrelevantes. (MELLO, 2002, p.8).
Portanto cabe dizer que a Teoria do complexo de Édipo, se dá através de estudos em determinado período histórico. Onde foi um fato para sociedade. Digo então que este fato, não poderia ser, um fato relevante, pois partiu do pressuposto de ser uma lenda. Pode ser que isso de fato nem tenha ocorrido. Se não ocorre não há o fato, nem tão pouco jurídico. Impossibilitando assim um crime passional correlacionado em estudos embasados no complexo de Édipo.
- - DO EMBASAMENTO EM ARTIGOS CIENTÍFICOS
Cabe dizer que as referências usadas, para fundamentação do trabalho encontram-se com citações dentro do respectivo texto. Entretanto deixo aqui apenas
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