A METODOLOGIA OBSERVACIONAL DE PACIENTES NA RECEPÇÃO DE UM A UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DE SAÚDE

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O sistema de atendimento obedece do seguinte procedimento: o paciente ao chegar dirige-se ao balcão da recepção, onde é realizado um registro inicial de acordo com a sua queixa, e aguarda na sala de recepção para a chamada de classificação de risco pela equipe médica. O registro prévio é publicado no painel eletrônico da sala de recepção com o nome do paciente e a cor da pré classificação de risco de acordo com o critério do Sistema Único de Saúde SUS:

VERMELHO - emergente - 0 minutos

LARANJA - muito urgente - 10 minutos

AMARELO - urgente - 60 minutos

VERDE - pouco urgente – 120 minutos

AZUL - não urgente – 240 minutos

De acordo com essa pré classificação, o paciente é chamado através do painel eletrônico para a classificação de risco pela equipe médica. Os casos mais graves são atendidos ou aguardam no ambiente interno dos consultórios e ambulatórios, e os casos menos graves retornam a aguardar o atendimento médico na recepção externa.

Com relação aos aspectos éticos envolvidos, a pesquisa foi realizada de acordo com a Resolução CNS 466, de 12 de dezembro de 2012 e a Resolução No. 510, de 07 de abril de 2016. Também em obediência ao Código de Ética do Profissional Psicólogo (Resolução CFP No. 010/05). Foi solicitada formalmente à administração da UPA a autorização para a realização do trabalho, e quanto aos pacientes, considerando que os mesmos não foram identificados e por se tratar de ambiente público os observados não foram comunicados. De toda forma, como requer a ética e a boa conduta, e ainda por se tratar de um ambiente de saúde, a equipe de pesquisadores se conduziu com toda discrição e respeito.

RESULTADOS

O trabalho de observação ocorreu de acordo com o planejado não tendo havido nenhum obstáculo considerável. Pode-se constatar que, a realização da pesquisa logrou êxito pelo prévio planejamento ocorrido, onde foi claramente definido o que pesquisar, onde, como, com que recursos, com quais metodologias e assim por diante (Dias, 2009).

Além do objetivo realizado, pode se perceber a riqueza de informações adicionais que a observação naturalística permite. Apesar algumas limitações de um lado, porém de outro permitem o acesso a caraterísticas do comportamento que de outro modo não há condições de serem obtidas. (Dessem & Murta, 1997 apud Cordazzo, 2008).

Com relação aos resultados, a pesquisa apurou que dos 8 observados, 4 eram do sexo masculino e 4 do sexo feminino. As idades aproximadas variaram entre 20 e 55 anos. A taxa de concordância dos observadores foi apurada em 91,5%. Os pacientes na sua maioria esperavam sentados (C1), sendo que ouve 6 eventos de levantar-se (Cc2). Os comportamentos mais repetidos foram de falar com alguém (C3), olhar a t v (C16) e manusear fone celular (C15), respectivamente 17, 14 e 12 eventos. Passar as mãos na cabeça ou face (C7), reclinar o corpo na cadeira (C9) e balança a cabeça (C10), também foram significativamente praticados com 11 eventos cada, balança as pernas (C11), se apoia em alguém (C6) e chora (C13), fecha os olhos (C12), tiveram 8, 6, 6 e 3 eventos, respectivamente. As categorias C4, C5, C6 e C14 não tiveram nenhum evento.

Esses resultados demonstram que a metodologia observacional é de grande valia para o conhecimento do comportamento dos pacientes desses ambientes, e consequentemente, trazer subsídios para ajudas os gestores dessas unidades a entenderem como está o nível de conforto dessa clientela. O resultado da pesquisa tende a indicar que entre a maioria dos pesquisados havia um relativo conforto, ao contrário do que se vê em muitos desses ambientes similares.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração da pesquisa observacional na Unidade de Pronto Atendimento – UPA do bairro Cordeiros, em Itajai – SC, demonstrou a importância dessa metodologia para a observação de comportamentos nesse tipo de ambiente. Eventuais dificuldades que pudessem ser encontradas na elaboração da pesquisa foram previamente elididas na fase de planejamento, onde todos fatores referentes ao trabalho foram avaliados e supridos. Nesses processos são fundamentais os cuidados prévios com a escolha da metodologia e a clara definição de categorias. Isso feito, o trabalho discorre em plena normalidade e os resultados são atingidos. Quantos aos resultados da pesquisa, a mesmo demonstrou que as pessoas esperam a sua vez de ser atendidas num ambiente relativamente calmo, onde não se vê as pessoas reclamando do ambiente ou do atendimento. Não foi percebido, pela pesquisa, nenhum estres demasiado causado pelo ambiente. Isso parece ser possível pela relativamente boa estrutura da Unidade, indo desde o acolhimento rápido na recepção, é método transparente da fila de espera, o conforto das instalações e o aparelho de televisão que ajuda a distrair enquanto aguardavam a espera.

REFERÊNCIAS

Cordazzo, S.T.D; Westphal, J.P.; Tagliari, F.B.; Vieira, M.L.; Oliveira, A.M.F. (2008). Metodologia observacional para o estudo do brincar na escola. Campinas. Revista Avaliação Psicológica.

Danna, M.F. & Matos, M.A (2006). Aprendendo a observar. São Paulo. Edicon

Dias, C. M. (2009). Olhar com olhos de ver. Coimbra. Revista Portuguesa de Pedagogia.

APÊNDICES

Modelo de Protocolo

Descrição das categorias

Resultado da pesquisa

UNIVALI - UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI

CURSO: PSICOLOGIA - 2°. PERÍODO –NOTURNO

DISCIPLINA: AMBIENTAÇÃO PROFISSIONAL II

PROTOCOLO DE OBSERVAÇÃO

CATEGORIA: OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE PACIENTE EM SALA DE ESPERA DA UPA

OBSERVAÇÃO QUANTITATIVA DE COMPORTAMENTOS VERBAIS E NÃO VERBAIS

LOCAL: UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO - UPA BAIRRO: CORDEIROS - ITAJAI-SC.

NOME DO CASO:

SEXO:

M

F