A ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO AOS PACIENTES PORTADORES DE TRANSTORNOS MENTAIS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
Por: Jose.Nascimento • 24/12/2018 • 3.243 Palavras (13 Páginas) • 566 Visualizações
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A enfermagem esta inserida em um contexto que o aproxima do paciente com transtornos mentais, possibilitando o cuidado direto e íntimo ao mesmo, essa realidade ao profissional muitas vezes é sentida pelos profissionais como algo assustador, em razão que a enfermagem não se senti habilitada para realizações dos atendimentos solicitados, porém a equipe de enfermagem acaba sempre na linha de frente do primeiro acolhimento e ausculta das queixas (CARRARA et al, 2015).
As atividades da enfermagem não estão voltadas para resolução do problema, mas sim na adequação do indivíduo na sociedade, buscando junto a eles soluções mais adequadas para sua condição. Promoção de bem estar, prevenção de surtos e ajuda no enfrentamento das questões peculiares da doença são algumas das diversas atuações da enfermagem no campo da saúde mental. Para desempenho de tais funções os profissionais devem buscar o aprimoramento a fim de ganhar habilidades especificas para percepção, observação, formulação de interpretações válidas, delimitação do campo de ação com tomada de decisões, planejamento da assistência, avaliação das condutas e o desenvolvimento do processo (VILLELA; SCATENA, 2004).
Em virtude das dificuldades relacionadas a atuação dos profissionais de enfermagem no atendimento aos pacientes com transtornos mentais, observou-se a necessidade da realização de um estudo que repercutisse a assistência dada a esse público, para tanto, este trabalho tem como objetivo analisar a atuação dos profissionais de enfermagem no atendimento aos pacientes portadores de transtornos mentais nas unidades de saúde publica de Satubinha-MA.
2 PROBLEMA
Quais as principais dificuldades encontradas pelo profissional de enfermagem no atendimento aos clientes portador de transtornos mental?
Como ocorre a capacitação dos profissionais de enfermagem para prestar o atendimento?
Quais as ações realizadas pelos profissionais de enfermagem no cuidado dos clientes portadores de transtornos mentais?
3 JUSTIFICATIVA
Esta pesquisa justifica-se por conta da importância do atendimento dos profissionais de enfermagem com pacientes com transtornos mentais, no sentido que a adequação dos atendimentos com esses clientes especiais muitas vezes é cercada de dúvidas. Considerando os desafios e as dificuldades que envolvem o acompanhamento de pacientes com problemas relacionados à saúde mental nas UBS´s especificamente pelos enfermeiros, elegemos esse tema com foco no atendimento.
Pretendemos explorar o cenário de atendimentos com profissionais de enfermagem que passam pela dificuldade da assistência com esses pacientes sem qualificação adequada, em relação aos procedimentos aplicados.
4 HIPÓTESES
O atendimento ao paciente com transtorno metal por muitas vezes quando prestado pelo enfermeiro é cercado de dificuldades no que diz respeito a resolutividade e ainda no próprio acolhimento do mesmo.
A demanda da assistência em saúde mental é inclusa na rotina do enfermeiro dentro das unidades básicas, assim como o atendimento a gestante, ao paciente com hanseníase é competência e responsabilidade do mesmo e necessita de conhecimento adequado para realização do atendimento, o enfermeiro também deve possui habilidades especificas no campo da saúde mental. Ainda em relação ao atendimento, os enfermeiros também são responsáveis por desempenhar na atenção diversas ações no sentido de prestar o cuidado, como exemplo o acolhimento e ausculta até os encaminhamentos.
5 OBJETIVOS
5.1 Objetivo Geral
Analisar a atuação dos profissionais de enfermagem no atendimento aos pacientes portadores de transtornos mentais nas Unidades Básicas de Saúde Satubinha-MA.
5.2Objetivos Específicos
- Caracterizar o perfil dos profissionais da Atenção Básica da cidade.
- Averiguar o conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre o atendimento em relação aos clientes portadores de transtornos mentais;
- Identificar as dificuldades do profissional no atendimento aos pacientes com transtornos mentais.
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Historicamente a enfermagem foi estruturada mediante momentos históricos, cada fragmento da sua história está pautado nas relações sociais dos indivíduos em conjunto com o que se vivia em cada época. O trabalho da enfermagem atualmente está intimamente ligado ao bem estar coletivo da população, não apenas em grupos de indivíduos doentes, mas em todos os indivíduos que fazem parte da população, ou seja, todos são considerados instrumento de trabalho para a enfermagem no que diz respeito à assistência em saúde executada pelos enfermeiros (OLIVEIRA; ALESSI, 2003).
Em 2001, o Ministério da Saúde por meio da criação da Política Nacional de Saúde Mental (PNSM) destacou a mudança do modelo de assistência ao paciente com transtorno psiquiátrico, que antes era configurado no modelo asilar representado pelos hospitais psiquiátrico. No momento e até hoje essa transformação ficou conhecida como Reforma Psiquiátrica Brasileira, que tem por objetivo principal reduzir o número de leitos em hospitais psiquiátricos, o enfoque da política é expandir a assistência aos portadores com transtornos mentais na rede extra hospitalar, qualificando as unidades substitutivas que os recebem como exemplo: Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que inclui as ações de saúde mental na atenção básica (BRASIL, 2005).
Em face aos problemas de direcionamento de cuidados as pessoas com a saúde mental afetada, foi sancionada a lei nº 10.216 de 06 de abril de 2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. O texto visa extingui o máximo a internação hospitalar, por meio da reinserção social do paciente em seu meio, oferecendo suporte estrutural para as mudanças da prestação da assistência. Além da inserção social a lei se baseia nos gastos públicos, levando em conta que as internações psiquiátricas integrais representam um dos maiores gastos do Sistema Único de Saúde (SUS), pois os dias de internações quase sempre ultrapassam o limite desejado (LEI 10.216, 2001).
O enfermeiro
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