A ESTRATÉGIA: INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO NA AMAZÔNIA

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“A estrada só não sumiu de vez do mapa porque a Embratel faz reparos constantes para poder realizar a manutenção dos cabos que levam os serviços de telefonia e internet a Manaus.” (JESUS, 2011, p. 38)

Ainda ligado à construção das estradas na área amazônica, que deveriam trazer benefícios para a população local, as mesmas acabam por aumentar as dificuldades encontradas por esse povo, com situações precárias tanto na área da saúde, com doenças como a AIDS, malária, hanseníase e a leishmaniose, quanto na área econômica, mostrando um nível muito alto de pobreza. já que para a construção dessas rodovias é necessário o desmatamento de áreas habitadas, que muitas vezes prejudicam a sobrevivência das famílias que moram ao redor, além de ameaçar a biodiversidade da região. Jesus cita a realidade desse povo na seguinte frase:

“A urbanização acelerada das grandes cidades trouxe a malária e a leishmaniose para as cidades. Faltam luz, água potável, serviços de saúde e escolas. Em algumas cidades, o comércio é feito por escambo, pois o dinheiro não existe.” (JESUS, 2011, p. 43).

Com a pobreza existente e a falta de vigilância nessas áreas, posseiros e grileiros se aproveitam, invadem e tomam esses territórios para si mesmos até porque existe a falta de fiscalização do governo e, infelizmente, a população que vive por essas áreas não tem chances de impedi-los, pois não possuem formas de fazer com que isso seja corrompido. “O banditismo e a impunidade germinam sobre um caos fundiário sem paralelo no país.”[1]

Frisando que esse banditismo afeta também a porção peruana da Amazônia, onde a maioria da população é constituída por “imigrantes, agricultores andinos pobres e populações tradicionais (ribeirinhos) e por indígenas amazônicos” (JESUS, 2011, p. 45), ou seja, pessoas de baixa renda: os grandes prejudicados com toda essa tentativa de integração.

Por fim, é discutido sobre a questão dos Projetos de Desenvolvimento econômico e social dando destaque para o SIVAM, que se mostrou bastante ineficaz quanto ao seu objetivo que era “a implantação de aparelhos telefônicos para populações isoladas, o apoio à pesquisas científicas e mapeamento dos recursos naturais.” (JESUS, 2011, p. 40), o SIVAM também deveria servir como uma ponte entre a porção amazônica brasileira e a peruana. Entretanto, os aparelhos não funcionavam, as populações continuavam isoladas e as pesquisas científicas e o mapeamento não foram realizados, pois os radares eram de material simples e não funcionaram conforme o esperado.

Com isso, o grupo pode concluir que o processo de integração e desenvolvimento teve diversas falhas, como o fato deles terem integrado a Amazônia apenas de forma física, sem se preocupar em inserir a população que habitava na área com as mudanças e com os imigrantes que chegaram em decorrência desse processo, causando também diversos problemas ambientais, prejudicando a biodiversidade amazônica. Ressaltamos também que os projetos criados foram de grande prejuízo econômico para os cofres públicos, visto que seus objetivos não foram alcançados.

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