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Crise de 1929

Por:   •  19/4/2018  •  3.442 Palavras (14 Páginas)  •  349 Visualizações

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Limitações sobre o tema ainda são encontradas hoje em dia, já que existem economistas que apresentam teorias contrarias as escritas por John Maynard Keynes, o fato é que apesar das contradições, muitos problemas enfrentados nos dias atuais por países, tomam ainda como base algumas teorias para solução, por isso este artigo nos levou a relatar sobre a importância dessas teorias, abordando-as em um fato histórico e mostrando como elas funcionam na aplicação, e seus resultados.

Em épocas de crise como a que se desencadeou em 2008, e vem sendo sentida por alguns países até o presente momento, é comum pessoas quererem entender e principalmente buscarem por alternativas do que deve ser feito para recuperação das economias, de forma que o artigo mostra um histórico de como surgiram algumas ideias para saídas de crises passadas, lembrando que o evento destacado é a Grande Depressão de 1929 nos Estados Unidos, com o foco na criação das medidas tomadas de acordo com o New Deal.

2- A INFLUÊNCIA DA TEORIA KEYNESIANA NO ACORDO NEW DEAL, 1929-1934.

- - Como se iniciou a crise de 1929

A crise de 1929, também denominada de Grande Depressão, foi uma das piores crises já sentida praticamente em todo o mundo. Será caracterizada por ser uma crise de superprodução. Onde ocorrerá um desequilíbrio entre a produção e o consumo, consequência esta ligada diretamente com a Primeira Guerra Mundial. É de suma importância lembrar que apesar desta Grande Depressão abranger quase todos os países do mundo nosso enfoque neste artigo é os Estados Unidos.

A principio o artigo mostrará os fatos que levaram os Estados Unidos serem considerado o país que mais sentirá a crise de 1929, de acordo com Costas (2011, p. 22):

Depois da Primeira Guerra Mundial os países europeus estavam devastados e não tinham condição de produzir uma grande parte de produtos, como alimentos, roupas e manufaturados. Os Estados Unidos viram esta chance e montou uma estrutura grande o suficiente para que abarcasse toda a necessidade europeia. (COSTAS, 2011, p.22)

Com isso se da inicio ao famoso American Way of Life, época de prosperidade para a nação estadunidense, ocorrerá um aumento na produção, gerando assim mais empregos, maior consumo, crédito e dividendos por todo o país. Como citou Costas (2011, p. 22) “Os recursos que transitavam no país eram mais do que abundantes e quase todos os economistas e líderes estatais previam somente melhora para o futuro”.

No auge de 1928, os Estados Unidos nem contavam com a possibilidade de uma crise. Apenas com boas esperanças de cada vez mais prosperidade. Oque eles não esperavam é que com a gradual recuperação da Europa, dos tempos pós- guerra haveria uma queda em sua demanda, por consequência da Europa estar importando menos produtos. Porém os Estados Unidos mantiveram o ritmo de produção. Não demora muito e consequências começam a aparecer, situações que levaram ao desequilíbrio da economia e ao inicio da Grande Depressão.

- O ápice da crise

O setor agrícola será o primeiro a quebrar por conta da queda dos preços de seus produtos e à alta dos custos, em seguida produtores diminuem a produção gerando assim desempregos, estes milhões de pessoas que ficaram desempregadas e sem salário, não terão como consumir por falta de dinheiro, e para colapso total terá a quebra da Bolsa. Souza (2009, pág.17), cita em seu livro um trecho que contem de forma resumida a síntese de como se iniciou o colapso:

Desencadeou-se, a partir da quebra da bolsa de valores de Nova Iorque em outubro de 1929, um processo de queda da produção nos EUA e no mundo que duraria, na média mundial, até 1933, sendo que, em alguns países, a crise se arrastaria até a segunda guerra mundial. O ponto mais baixo foi em 1932. (SOUZA, 2009, p. 17).

Os Estados Unidos será o país que mais sentirá tal crise, por ser o país que maior se beneficiou com a Primeira Guerra Mundial, teve o maior crescimento econômico, de acordo com Souza (2009, p.18): “Segundo o economista estadunidense Leo Huberman, “em nenhum outro país o colapso foi tão grande, porque em nenhum outro país havia uma expansão tão rápida e espetacular” (HUBERMAN, 1983: 237)”.

O cenário será assustador, SOUZA (2009, p.19), lista algumas das situações vivenciadas naquele momento:

- A renda nacional produzida diminuiu de US$ 81 Bilhões em 1929 para US$ 40 bilhões em 1932 – isto é, queda de 50%.

- A produção industrial caiu de um índice de 119 para um de 64 no mesmo período – ou seja, queda de 46,2%.

- O valor dos contratos das construções efetuadas diminuiu 84,6%, revelando que a construção civil foi arrasada;

- As exportações caíram de US$ 5,2 Bilhões para US$ 1,6 bilhão (queda de 70%) e as importações reduziram de US$ 4,4 bilhões para US$ 1,3 bilhão (redução também de 70%)

- A ociosidade do aparato produtivo subiu de 20% da capacidade instalada em 1929 para 50% em 1932 (DOB, 1976:398);... A utilização da capacidade instalada caiu de 83% em 1929 para 42% em 1932.” (SOUZA, 2009, p. 19)

Dentre outras situações nada boas para o país, que só vinham agravando a situação cada vez mais.

O Republicano Herbert Hoover, presidente da republica estadunidense na época, será pego desprevenido para tal situação. Por ter seus ideais baseados no liberalismo clássico, acreditava na recuperação da crise através do próprio mercado, oque não funcionará. Tomará medidas com intuito de reverter tal situação como exemplo, Krugmann (2009) observou que a umas das primeiras atitudes do então presidente foi fazer corte aos gastos públicos, e aumentar os impostos, oque fez com que o dinheiro saísse de circulação, e por consequência agravou a crise.

Além disso, deu uma maior facilidade para se obtiver empréstimos, tentando estimular os consumidores, também começará a estocar os excedentes produtivos. Nenhuma atitude que ele tome para melhorar ou se livrar da crise surtira muitas melhorias, pelo contrario, efeitos negativos surgiam.

O dia 24 de outubro de 1929 entrará para história do país, como a famosa quinta- feira Negra, grande dia de desespero, milhões de pessoas que tinham investido seu dinheiro em ações correm para vendê-las, o problema se encontra quando não há quem compra-las, e assim a bolsa da metrópole americana sofre

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