A Escola Marginalista
Por: Jose.Nascimento • 14/1/2018 • 4.488 Palavras (18 Páginas) • 351 Visualizações
...
ele se baseou no princípio do aumento da mão-de-obra levam a aumentos sucessivamente menores no produto agrícola, afirmou que os fazendeiros devem tomar cuidados para não contratar mão-de-obra além desse ponto. O empregador só deve adicionar mão-de-obra no ponto em que a receita marginal seja igual à despesa com salários dos trabalhadores contratados.
Escola marginalista
O marginalismo surgiu depois da publicação dos livros de Jevons e Menger, A Teoria da Economia Política e Princípios da Economia Política, respectivamente, ambos publicados em 1871. Walras também é um dos principais marginalista e escreveu o livro Elementos da Economia Política, publicado em 1874. Afirmavam que o preço final não era apenas determinado pelo custo de produção, como os clássicos diziam, mas também pela relação oferta e demanda.
No século XIX, o foco dos grandes economistas muda para resolver os problemas sociais e econômicos da época. Essa mudança é conhecida como revolução marginalista porque suas ideias central são os princípios marginais. Foram mudanças significativas nas orientações dos estudos econômicos.
A crítica que os marginalistas faziam aos clássicos era de que os preços também dependiam de certo grau da demanda, que por sua vez, dependiam do desejo e apreço dos consumidores em relação às mercadorias. Esse é o princípio da escola marginalista: a utilidade marginal. No ponto de vista econômico, as características dos bens seriam sua utilidade e escassez. Todos os bens econômicos são regidos pela utilidade marginal decrescente, isto é, o aumento sucessivo de um determinado bem adiciona menor satisfação em relação à unidade anterior. Então, a utilidade determina o valor de troca desse determinado bem. Isso quer dizer que produtos escassos no mercado possuem utilidade marginal maior do que aqueles encontrados em abundâncias.
Os marginalistas assumiam o indivíduo como o centro das atenções de seus estudos, porque estudavam as tomadas de decisões, que para eles eram influenciadas por dois sentimentos: o prazer e o sofrimento. As pessoas sempre procuram maximizar o prazer e evitar sofrimento.
Suas visões políticas estavam em harmonia com os pensamentos dos economistas clássicos. Combatiam a intervenção do governo na economia, afirmando que a economia deve funcionar como um sistema de concorrência perfeita. Para eles, não existia luta de classes, como Karl Marx alegava, mas contribuições entre elas, que levavam à harmonia social.
Portanto, os marginalistas surgiram como resposta, assim como os socialistas, para os problemas sociais e econômicos que estavam ocorrendo na Europa durante o século XIX. Politicamente são conservadores e contribuíram para a economia com seus princípios marginais. Seus principais pensadores são: Jevons, Menger e Walras.
Dogmas da escola marginalista
Nem todos os dogmas dos marginalistas se tornaram contribuições duradoras, alguns foram desafiados e os outros foram rejeitados, como por exemplo, a visão de que o melhor governo é aquele que interfere menos se tornou desatualizada com os avanços das novas teorias econômicas. A escola não conseguia explicar o crescimento econômico e suas teorias não poderiam ser aplicadas em países em desenvolvimento.
Mas, apesar disso, muitas de suas teorias são encontradas até hoje nos livros de microeconomia e de introdução à economia, como por exemplo, a teoria da utilidade marginal decrescente, a teoria de produtividade marginal de rendimentos, a teoria das preferências do consumidor, a lei da demanda, etc.
Essas são idéias básicas da escola marginalista:
• Mínimo envolvimento do governo nas leis econômicas.
• A demanda depende da utilidade marginal.
• Juros, lucros e rendimentos são os retornos para recursos de propriedade. • As forças econômicas se movem em direção ao equilíbrio de mercado.
• A utilidade determina o valor de troca.
• As pessoas preferem maximizar o prazer e evitar sofrimento.
• Livre-concorrência de mercado.
• Harmonia entre as classes sociais, isto é, não existência de luta de classes.
Pensamentos de Jevons
A economia como uma ciência social exata
William Stanley Jevons (1835-1882) nasceu na Inglaterra, em Liverpool, e escreveu o livro A Teoria da Economia Politica, publicado em 1871, sobre o marginalismo. Sua teoria é de estilo matemático, a economia deveria ser uma ciência exata, justamente porque lida com quantidades, por exemplo, as leis da oferta e da procura se tratam de quantidades de mercadorias ofertadas e demandadas e “expressam a maneira pela qual as quantidades variam em conexão com preço”. (JEVONS, 1996,
pag. 48).
O pensamento de Jevons, de que a economia é uma ciência matemática, foi uma novidade na época, porque no inicio da descoberta da economia política, não havia medidas matemáticas nessa ciência, semelhante como aconteceu com a eletricidade ele relata, que era um fenômeno indefinido conhecido, que depois de anos que as teorias matemáticas foram estabelecidas. Isso foi considerado um absurdo, porque não havia um meio de definir e medir quantidades de sentimento, da mesma maneira que se calcula um ângulo reto, mas segundo Jevons, “a mente de um indivíduo é a balança que faz suas próprias comparações, e é o juiz final das quantidades de sentimentos” (JEVONS, 1996, pag. 53). Claro que não quis dizer que há possibilidade de lê o pensamento de um indivíduo, mas que é possível calcular as tomadas de decisões de uma maneira agregada, “pois uma mente afeta a outra”. (JEVONS, 1996, pag. 54). Também achavam absurda essa idéia porque consideravam que a natureza das ciências econômicas não oferecia dados precisos que possam dá uma resposta para os cálculos. Em sua defesa, ele escreve as seguintes palavras:
Quando examinamos as ciências físicas menos precisas descobrimos que os físicos são de todos os homens, os mais arrojados em desenvolver suas teorias matemáticas à frente dos seus dados. [...] Nesse e em muitos outros casos temos a teoria matemática sem os dados necessários para um cálculo preciso. (JEVONS, 1996, pag. 50).
Segundo Jevons, existem vários fatos que indicam que a economia é uma ciência matemática, como:
[...] Os livros de contabilidade privada, os grandes livros-razão de comerciantes
...