OS PAIS DA ADMINISTRAÇÃO
Por: Kleber.Oliveira • 5/11/2018 • 2.496 Palavras (10 Páginas) • 266 Visualizações
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Todavia, apesar das críticas, o movimento prevaleceu, ganhando força no mundo todo. Vale destacar as palavras de Lênin sobre o taylorismo: “maiores realizações científicas no campo da análise dos movimentos mecânicos durante o trabalho, da eliminação dos movimentos supérfluos e desajeitados e do planejamento dos métodos corretos de trabalho”. De acordo com Lênin, o sistema de Taylor deveria ser adotado a qualquer custo como forma de aumentar a produtividade do trabalhador. Convém dizer que a idéia do “operário-padrão” é outro desdobramento que surgiu desse entusiasmo pela procura da melhor maneira de realizar tarefas. Vale lembrar que a expansão industrial e a linha de montagem de Henry Ford caminharam juntas com o taylorismo.
O enfoque da escola clássica é, portanto, predominantemente técnico, enfatizando os métodos de trabalho, a organização da empresa, as atribuições do administrador, a eficiência dos recursos materiais. É o enfoque da administração científica, do processo administrativo e de grande parte da teoria das organizações. Em suma, os trabalhadores da escola clássica são vistos como peças de máquinas ou seres estritamente profissionais; seus sentimentos e comportamentos não são levados em conta.
Taylorismo
Taylorismo é o nome dado para designar um tipo de administração industrial, que busca dinamizar o trabalho nas fábricas com a finalidade de aumentar a produtividade. Coube a Frederick Winslow Taylor, um engenheiro americano, a elaboração dessa teoria, que recebeu o seu nome. A teoria foi concebida a partir da observação que Frederick realizou no decorrer do desenvolvimento do trabalho de funcionários de uma indústria, verificando atentamente a agilidade e rapidez que os trabalhadores realizavam suas respectivas tarefas.
Com base nas minuciosas observações do processo produtivo industrial, Taylor propôs diversas medidas que deveriam ser implantadas com o intuito de elevar o nível de eficácia. Dentre as principais medidas, podemos apontar: agregar valores ao salário em decorrência de elevação da produtividade, ou seja, gratificação; incluindo ainda a cada trabalhador a incumbência de realizar uma atividade específica; um funcionário com função de apertar um parafuso não fazia mais nada a não ser isso, a repetição da tarefa eleva a agilidade aumentando a rapidez dos movimentos e, consequentemente, diminuição no tempo.
Após sua criação, o método foi bastante difundido entre a classe empresarial, especialmente na produção têxtil. Se por um lado sua implantação representava um grande sucesso para os donos dos meios de produção, por outro, não agradou os representantes dos trabalhadores (sindicatos), considerando que a racionalização gera a exploração do proletário.
As ideias tayloristas propunham ainda alterações na organização estrutural dentro das indústrias têxteis, para dinamizar ao máximo o processo capitalista de produção, que visa diminuir custos, aumentar lucros e acumular capital.
A Administração Científica tinha em sua essência o intuito de aplicar a ciência à administração. Possuía ênfase nas tarefas, buscando a eliminação do desperdício, da ociosidade operária e a redução dos custos de produção. Com o objetivo de garantir uma melhor relação custo/benefício aos sistemas produtivos das empresas da época.
Taylor buscava, com isso, uma forma de gestão que fizesse com que o trabalhador produzisse mais em menos tempo, sem elevar os custos de produção da empresa. Ele observou que o sistema de gestão da época continha muitas falhas, entre elas: a falta de padronização dos métodos de trabalho, o desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos operários e a forma de remuneração utilizada nas empresas.
Seu trabalho foi dividido em dois períodos:
1º período de Taylor: racionalização do trabalho dos operários das fábricas da época.
2º período de Taylor: definição de princípios de administração aplicáveis em todas as situações do cotidiano da empresa.
Taylor propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos. Tal estudo visava definir uma metodologia que deveria ser seguida por todos os trabalhadores, pregando a padronização do método de trabalho e das ferramentas utilizadas. Instrumento criado para promover a racionalização do trabalho do operário. Era a divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação em uma tarefa. Entre as vantagens dos estudos dos tempos e movimentos estão: Eliminação do desperdício de esforço e movimentos inúteis, racionalização da seleção dos operários e sua adaptação ao trabalho, facilita o treinamento e melhora a eficiência e rendimento.
Fayol
Jules Henri Fayol foi um engenheiro de minas francês, formado pela Escola Nacional de Minas de Saint-Étienne e um dos teóricos clássicos da ciência da administração, sendo o fundador da teoria clássica da administração.
Fayol nasceu em 1841 em um subúrbio de Istambul, Império Otomano. Seu pai era engenheiro e trabalhava como superintendente das obras da ponte de Gálata. A família voltou para a França em 1847, onde Fayol se formou em mineração na Escola Nacional Superior de Minas de Saint-Étienne, em 1860. Juntamente com Taylor e Ford são considerados os pioneiros da administração. Sua visão, diferentemente de Taylor (trabalhador) e Ford (dono), foi a de um Gerente ou Diretor.
Em 1888, aos 47 anos, assumiu a direção geral da mineradora de carvão francesa Commentry-Fourchambault-Decazeville, em falência. Restabeleceu a saúde econômico-financeira da companhia.
Após 58 anos de estudos, pesquisa e observação, reuniu suas teorias na obra Administração Industriais Geral, em 1916. Fayol sempre afirmava que seu êxito se devia não só às suas qualidades pessoais, mas aos métodos que empregava.
Fayol caracteriza-se na estrutura organizacional, da visão do homem econômico e pela busca da máxima eficiência organizacional. Também é caracterizada pelo olhar sobre todas as esferas, bem como na direção de aplicação do topo para baixo. O modo como Fayol encarava a organização da empresa à Teoria Clássica a impostação de abordagem anatômica e estrutural.
Segundo Idalberto Chiavenato, Fayol procurou dividir qualquer empresa em seis funções básicas:
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