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Síria - Os conflitos que assolam um país.

Por:   •  16/1/2018  •  4.717 Palavras (19 Páginas)  •  296 Visualizações

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A imprensa internacional divulgou por semanas a fio a situação que se encontrava a Síria no início do conflito. Mas, não teve muita atenção dos países dominantes, e uma intervenção é esperada até hoje. Motivo da não intervenção da ONU: Interesses Americanos, Já que os EUA era, outrora, o principal aliado da maioria dos governos ditadores que caíram durante a Primavera Árabe. Nada pessoal tal apoio, tudo pela “petro-economia” americana. Lembrando que a Rússia é o principal aliado do Regime do ditador Bashar Al-Assad.

Fome, cidades inteiras reduzidas à pó, famílias destruídas, doentes aos milhares, condições sub humanas de saneamento e saúde, entre muitas outras mazelas, fazem da Síria atual um cenário apocalíptico e totalmente desprovido de esperança.

A situação da Síria desde o início do conflito (2011), já estava miseravelmente difícil. Com o surgimento do Estado Islâmico e a sua “guerra santa”, a problemática tornou-se ainda pior. Já que na fase inicial do conflito era somente governo e rebeldes.

A Origem do Islã

No dia 6 de abril de 570, nasce Maomé. De família nômade que pertencia ao Clã dos Hachemitas, teve contato com muitas culturas e povos desde a infância. No ano de 595, jovem e pobre, conheceu uma viúva muito rica e influente na cidade de Meca, com a qual se casou; o seu nome era Kadhija, ela tinha 40 anos de idade. Percebeu em Maomé uma grande aptidão para o comércio, Maomé se tornou um grande comerciante, e as suas caravanas percorriam grandes extensões territoriais em toda a Ásia.

Maomé havia conhecido, além das culturas dos diversos povos, muitas religiões, mas foi inicialmente no judaísmo e no cristianismo que teve os seus contatos mais profundos como religião.

Maomé vivia desiludido com as sociedades que teve contato durante a sua vida. O materialismo das pessoas o incomodava, era insatisfeito com a forma como órfãos, pobres e viúvas eram tratados de forma excludente e preconceituosa, pelas pessoas.

Segundo alguns historiadores, Maomé passou por um período conturbado, agravado por perturbações psicológicas após revelações que teve no ano de 610 e que se seguiram até 615, nas quais o profeta alegava que havia recebido uma visão do anjo Gabriel, que segundo ele, havia lhe transmitido a missão de ensinar a verdadeira religião; o Islã, e a crença num único e verdadeiro Deus; Alah. Desde então, Maomé abandonou, parcialmente, os ensinamentos judaicos e cristãos e adotou a nova religião, transmitindo-a a tantos quanto encontra-se, no entanto não foi aceito em Meca, que devido à crise ocasionada pelo seu neo-monoteísmo que ia de encontro a maioria que era de religião politeísta, até mesmo o seu próprio Clã, retirou-lhe a proteção. Maomé, então foi-se para a cidade de Yathrib (atual Medina), e ali estabeleceu seu domínio inicial (período conhecido pelos muçulmanos como, Hégira. Fato que marca o início do calendário islâmico), pregando o Islã e unindo os clãs locais sob seu domínio religioso e político. Em pouco tempo o Islã se tornara a religião mais importante daquela região. A partir dali, expandiu-se para outras tribos e clãs de toda a Ásia, inclusive na Cidade Estado, Meca.

O Islã, a partir de então era imposto pela força para aqueles que não o recebia de bom grado, ou seja, quem não era muçulmano era considerado “infiel”. No início só havia tolerância para os judeus e cristão, e isto não durou por muito tempo, e algum tempo depois também foram considerados inimigos do Islã, e no ano de 623, Maomé massacrou todos os judeus existentes em Meca e posteriormente em todo o território sob o seu domínio. Ficava muito claro que Maomé não queria religiões concorrentes durante a fase de expansão do islamismo, exterminando qualquer ameaça que viesse a atrapalhar a sua “missão”.

A política e religião estavam em seu poder, unidos por um ideal novo até então, numa crença insana e intolerante em que a cegueira religiosa, imposta por sangue, finalmente dominara. Até a sua morte, Maomé era considerado o homem mais poderoso de toda a Ásia, tendo sob seu domínio um verdadeiro império. Após a sua morte o Islã ganhou ainda mais força, sob o comando de outros líderes que elevaram a sua figura a quase uma divindade, um profeta que para o Islã, está a cima de todos os outros profetas.

Estado Islâmico

Origem

Em 2003, após a ofensiva americana ao Iraque e a derrubada do Ditador Saddam Hussein, Vários grupos insurgentes emergiram logo após a ocupação do território iraquiano pelas tropas americanas, um destes grupos de extremistas islâmicos era liderado por Abu Bakr al-Baghdadi, grupo este que mais tarde tornara um dos principais braços direitos da organização terrorista Al-Qaeda.

Em 2013, a então chamada ISIS (Islamic State of Iraq and Syria), ou Estado Islâmico do Iraque e Síria, braço mais importante da Al-Qaeda e que pela qual desempenhara várias ações com muita eficiência e estratégia e no momento, muito poderosa e influente. No entanto no início de 2015, os dois grupos romperam os laços e no final de Junho os Extremistas da ISIS declararam um califado, e mudaram o nome da organização para Estado Islâmico (EI).

Atuação

A estratégia atual do Estado Islâmico é a conquista territorial e implantação do terror nas terras inimigas. As ações do grupo terrorista concentram-se no Iraque e na Síria. No Iraque a organização já tem conquistado cidades importantes e grande parte do território. Já na Síria, a estratégia é a mesma, porém o conflito com o governo local está longe do fim. A guerra civil já havia sido instaurada na Síria quando o EI entrou no conflito, gerando grandes perdas humanas e causando grande destruição em todo o território, mais do que houvera anteriormente quando o conflito só envolvia rebeldes e pro governo. A instauração do califado é o marco principal na concepção política e religiosa destes radicais. O Califa é a figura militar, política e religiosa que representa a luta contra os “infiéis” e a vitória total sobre os inimigos. Para eles, o Califa é o guia de todas as suas aspirações; O braço forte de Alá e de seu profeta Maomé.

As atrocidades e a violação aos Direitos Humanos

As atrocidades que envolvem um conflito armado é sempre muito traumático, tanto para os que estão diretamente envolvidos quanto aos que estão indiretamente ou observando o desenrolar dos acontecimentos. A Síria, como muitos outros

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