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TRANSPORTE DE CARGAS: MODAL AQUAVIÁRIO COMO DIFERENCAL LOGÍTICO NO BRASIL

Por:   •  7/5/2018  •  2.705 Palavras (11 Páginas)  •  455 Visualizações

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A depender do meio utilizado, os veículos e formas de tráfego podem estar caracterizadas por um dos cinco modais descritos a seguir.

- Modal rodoviário

O mais popular meio de transporte da atualidade se utiliza de vias terrestres para transportar pessoas e mercadoris a curtas, médias e longas distâncias, a depender basicamente se sua capacidade de preservação e perecibilidade.

O rodoviário é o modal, com menos limitação de vias na maior parte do território nacional, podendo trafegar por autoestradas pavimentadas, bem como por estradas vicinais, alcançando as mais diversas localidades em todas as regiões do Brasil e até em países vizinhos que fazem fronteira terrestre.

Este, no entanto não é o modal mais indicado para o transporte de carregamentos de grande porte, baixo custo e nem mesmo a longas distâncias. O transporte rodovário de mercadorias é indicado apenas para distâncias de até 400 quilômetros, devido ao seu alto custo de frete, baseado no consumo de combustível, manutenção e sua capacidade de carga relativamente baixa. “As vantagens deste modal estão na possibilidade de transporte integrado porta a porta e de adequação aos tempos pedidos, assim como frequência e disponibilidade dos serviços. Apresenta como desvantagem a possibilidade de transportar somente pequenas cargas” (FERREIRA & RIBEIRO, 2002).

Além do preço, a grande dificuldade encontrada hoje para este tipo de transporte se refere às péssimas condições de boa parte da malha rodoviária brasileira, sendo a maior queixa de motoristas autônomos ou de empresas transportadoras que sofrem o descaso governamental na manutenção das vias de tráfego, prolongando as viagens e aumentando o custo total do transporte, refletindo no valor final do produto transportado. Os muitos dias que os carregamentos passam nas estradas brasileiras sem as condições necessárias de trafegabilidade faz com que se tenha grande perda de produtos perecíveis e alto prejuízo para as transportadoras por reduzir a capacidade de desenvolvimento de diversos trabalhos num curto período de tempo.

- Modal aerovário

O sistema aerovário brasleiro é composto por aeronaves, aeroportos, pátios e pistas de pouso e terminais de passageiros, cargas e descargas de mercadorias, com voos domésticos (dentro do país) e internacionais.

O modal aeroviário é o mais utilizado quando se trata do transporte de mercadorias de alta perecibilidade que necessitem chegar ao seu destino em curto espaço de tempo. Sendo o principal meio para percorrer longas distâncias, as aeronaves são amplamente utilizadas no tráfego internacional de mercadorias, promovendo a comercialização entre países de diversos continentes.

De acordo com Laurindo (2011), a exploração comercial no Brasil se concentra em 34 terminais de logística de carga espalhados por todo território nacional e, devido à Infraero, passou a ser um serviço periférico para um ponto essencial no desenvolvimento da economia, promovendo agilidade e praticidade logística, sendo hoje uma grande estratégia de concorrência mercadológica.

Inicialmente utilizado para o transporte de pessoas e posteriormente para correios, o meio aerovária passou a ser utilizado como transporte de mercadorias apenas em meados dos anos 1970, ainda conforme Laurindo (2011).

No Brasil, por se tratar de um país de dimensões continentais, o uso de aeronaves é indispensável no transporte de perecíveis e carga viva. Único meio de transporte capaz de cruzar o país em um mesmo dia.

- Modal dutovário

O modal dutoviário é o menos popular entre os cinco modais de transporte logístico. Servindo exclusivamente ao transporte de produtos, as dutovias servem especialmente à indústria promovendo o tráfego de materiais a granel, ou seja, sem que sejam embaladas ou agrupadas em lotes.

No transporte dutoviário

(...) a carga é transportada através de dutos, na forma de granéis líquidos, sólidos ou gasosos. Granéis são cargas transportadas sem embalagem ou acondicionamento ou, ainda, mercadorias comercializadas fora da embalagem, em frações. Como exemplo de granéis líquidos, temos petróleo e seus derivados, produtos químicos, GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha), óleos vegetais e até sucos concentrados de frutas cítricas. Os sólidos são cargas do tipo minérios e carvão, grãos, fertilizantes, cimento, coque de carvão, etc. (SILVA, 2013, p.9).

O modal dutoviário pode ser subdividido em gasodutos, canais através dos quais são transportados produtos em estado gasoso (gás, petróleo, etc) e oleodutos, que transporta líquidos diversos. Ambos os tipos são muito utilizados por indústrias petrolíferas, por exemplo, que possuem dutos instalados tanto em meios terrestres (expostas ou subterrâneas), como no fundo de mares e lagos, a exemplo dos dutos utilizados nos estaleiros da Petrobras.

Conforme Ferreira & Ribeiro (2002), a movimentação via dutos é a forma de transporte de menos custo logístico, pois, apesar de ser muito lenta, ela é compensada pelo fato de que o transporte ocorre continuamente, sem interrupções.

Nesta modalidade, por se tratar de um sistema de tubulações vedadas, o tempo, o clima, a mão de obra, as condições de tráfego não afetam a qualidade do produto e o tempo de transporte e não os causam danos. Assim, este se torna o meio mais seguro de transporte dos devidos produtos. Não há neste tipo de transporte, por exemplo, o risco de acidentes de trânsito, causando perdas no carregamento, desde que sua inspeção seja mantida em dias.

- Modal Ferroviário

Uma das mais antigas formas de carregamento de cargas, o modal ferroviário é responsável ainda hoje pela maior parte de carregamentos de grande peso e quantidades, a exemplo de minerais, peças industriais, grãos e derivados do petróleo.

É a segunda forma mais econômica de transporte de mercadorias, pois, apesar de apresentar altos custos fixos em equipamentos, terminais e vias férreas, possue em contrapartida um custo variável baixo, podendo transportar toneladas de mercadorias em seus diversos vagões.

O transporte ferroviário não é tão ágil e não possui tantas vias de acesso (trilhos e estações) quanto o rodoviário, porém é mais barato, propiciando menor frete, transporta quantidades maiores e não está sujeito a riscos de congestionamentos. Além disso, sua baixa flexibilidade pode ser compensada

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