RELAÇÃO ENTRE INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE NA NATURA COSMÉTICOS S.A.

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Se bem executada, a inovação se tornar grande fonte de receita para empresas, resulta em diferencial competitivo, fornece vantagem para obter mais mercado, aumenta número de vendas ou reduz custos de produção e estocagem.

Investigando as características e consequências de inovação e sustentabilidade, este trabalho visa demonstrar como ocorre a inovação com foco em sustentabilidade em uma das empresas com maior destaque nesse quesito: a indústria cosmética Natura.

A Natura disponibiliza no mercado brasileiro produtos elaborados com redução de utilização de matérias primas não biodegradáveis, além de incentivar a reciclagem e promover otimização dos processos produtivos e desenvolvimento de produtos por meio de investimentos em inovação.

O mercado cosmético no Brasil é bastante consolidado, o país é o terceiro maior consumidor de produtos ligados à beleza, sendo que no ano de 2014 o faturamento propiciado por este setor rendeu cerca de R$ 101 bilhões segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC, 2015).

O trabalho contempla uma revisão bibliográfica acerca do tema inovação e sustentabilidade, seguindo com posicionamento do cenário da indústria de cosméticos. Serão expostos estudos de instituições realizadoras de analises e pesquisas com consumidores para que seja possível detectar dificuldades e oportunidades relacionadas ao tema.

- Problema de Pesquisa

Investigando as características e consequências de inovação e sustentabilidade, este trabalho visa responder a seguinte questão: como ocorre a inovação com foco em sustentabilidade na Indústria de cosméticos Natura S.A.?

- Objetivo Geral

Analisar como ocorre a inovação com foco em sustentabilidade na indústria cosmética Natura.

Com base no objetivo geral, podem-se abrir os seguintes objetivos específicos nas etapas qualitativas do trabalho.

- Objetivos Específicos

- Conferir como os tipos de inovação estão presentes na rotina da organização;

- Examinar como ocorrem as pesquisas de inovação para que os danos ambientais e sociais sejam minimizados;

- Investigar qual o peso do quesito econômico sobre as inovações da Odontoprev;

- Investigar qual o peso dos quesitos Social e Ambiental sobre as inovações da Odontoprev;

- Estabelecer uma relação sobre os três pontos (triple bottom-line) da Sustentabilidade nas inovações da Odontoprev;

- Descrever os resultados obtidos com as pesquisas.

- Justificativa

Explica-se a condução deste trabalho devido cobranças impostas às organizações pela sociedade no consumo de produtos ecologicamente corretos. Os problemas desencadeados devido impactos ambientais, fez surgir segundo Bedante (2004, p.7), “um tipo de consumidor que passou a ponderar os impactos de seu padrão de consumo na natureza. Este novo consumidor foi denominado consumidor ecologicamente correto”. Devido exigências por produtos com menor impacto ambiental, as organizações passam por necessidade de adequar novos processos e produtos as reivindicações dos consumidores.

Não é apenas pela importância ecológica e vontade de consumidores que a elaboração de produtos e processos ecologicamente corretos devem ser efetuados. Até mesmo no nível operacional é possível obter benefícios estratégicos devido à diminuição de desperdícios, aumento de rendimento e possível amparo legal (MOTTA; ROSSI, 2003).

- REFERENCIAL TEÓRICO

- Aspectos Teóricos de Sustentabilidade

O termo sustentabilidade remete ao vocábulo sustentar. Manter algo ao longo do tempo com o objetivo de manter aquilo que se tenta amparar com condições de permanecer abundante, reconhecível e exercendo as mesmas funções indefinidamente, sem que produza qualquer efeito desconhecido, mantendo-se firme ao longo do tempo (FERREIRA, 2006).

Outras definições como a de Ayres (2008), relatam sustentabilidade como um julgamento normativo sobre o modo como os seres humanos precisam atuar em relação à natureza e como eles são responsáveis para com o outro e as próximas gerações. O termo pode ter conexão com responsabilidade social, onde compreendemos atos da empresa, que tem em vista elevar sua produtividade, melhorar suas mercadorias, métodos de gestão e colaborar para preservação do meio ambiente (TUPY, 2008). O tema pode ainda como para Ruscheinsky (2004), referir-se à competência de um modelo ou sistema garantir-se na ativa evolutiva sem deixar que algum setor afunde-se em crises de feito que alcance o todo.

Brito (2013), demonstra que sustentabilidade é um termo que compreende diversas definições e vêm sendo discutido por atores sociais diversos, entre eles academia, governo, sociedade civil e empresas. A noção de sustentabilidade no universo organizacional pressupõe atos em procura de um maior balanceamento de suas atitudes com os impactos sociais e o meio ambiente, onde muito dessa agitação vem da preocupação dos consumidores que aumentam a cobrança por produtos ambientalmente responsáveis. Esse panorama estimula os setores empresariais a associar essa ideia às suas estratégias de trabalho, mirando à interação de equidade social, responsabilidade ambiental e desenvolvimento econômico.

A alta demanda de industrialização ocorrido nos três últimos séculos fez com que o mundo desenvolvesse para um rumo no qual a estabilidade futura proporcionasse grandes dúvidas. A polêmica do desenvolvimento sustentável provocou excelentes estudiosos da segunda metade do século passado, provocações como a competência de atender as obrigações do presente, sem danificar a poder das gerações futuras de atender suas próprias necessidades (CMMAD,1988). Acordando com as discussões de Leff (2009), sobre o tema sustentabilidade, o assunto teve destaque devido ao colapso ambiental que cresceu drasticamente no cenário mundial, atraindo a preocupação para o desenvolvimento dos países e das empresas para que insumos não fossem alocados apenas visando crescimento econômico e aumento do Produto Interno Bruto (PIB).

Em 1987 Brundtland lançou o relatório Nosso Futuro Comum, onde surge o conceito vastamente