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Gerencia: Émile Durkheim

Por:   •  14/3/2018  •  1.893 Palavras (8 Páginas)  •  365 Visualizações

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Solidariedade Orgânica são ditas como “complexas” ou “modernas” do ponto de vista da maior diferenciação individual e social. (Se refere as sociedades capitalistas). Não compartilham das mesmas crenças, valores e interesses individuais são bastantes distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada. Isso se deve pela divisão do trabalho. A consciência coletiva se resolve na percepção de que todos são indivíduos. Se cada um se reconhece como indivíduo, pode, se reconhecer a individualidade um do outro. Para viver em comunidade e respeito uns aos outros o que vai garantir isso é a nossa percepção como indivíduo, perceber a individualidade do outro.

Somente através da moral e da consciência coletiva é que a sociedade pode-se desenvolver com harmonia e equilíbrio, dando prioridade à prática da solidariedade. Há também uma relação, segundo ele, entre moral e religião e estes dois aspectos ocupam um espaço de grande relevância, uma vez que na religião as regras morais podem-se confundir com os pensamentos de amor e doação ao próximo.

Objetividade do campo metodológico tinha crença na objetividade absoluto do cientista social que deveria encarar a sociedade de forma absolutamente distanciada, objetiva e neutro. O cientista social (cujo o objetivo são os fatos sociais, deve ser como cientista da natureza) deve estudar os fatos sociais como um cientista da natureza estuda suas questões. Sem etnocêntria, sem valores pessoais, tem que ser neutro.

Instituição social e Anômia (ausência de normas) é um mecanismo de organização da sociedade, é o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos e aceitos na sociedade, cuja a importância estratégica é manter a organização do grupo e satisfazer as necessidades dos indivíduos que participam. A anômia era a grande inimiga da sociedade, a sociologia era o meio para vencer isso. Os fatos sociais atingem todas as sociedades, sendo só possível admitirmos se a sociedade é um todo integrado. Tudo na sociedade está interligado, qualquer alteração afeta toda a sociedade, se algo não vai bem em algum setor na sociedade, toda ela irá sentir o efeito.

Durkheim destaca tres formas de divisão de trabalho anômica. Segundo ele, isso ocorre porque a divisão do trabalho produz a solidariedade social, porem em alguns momentos pode-se obter resultados totalmente diferentes ou até mesmo o oposto.

Uma primeira forma patológica é a divisão do trabalho anômica. Num contexto de fortes mudanças sociais, novos contextos vão surgindo e que não são regrados.

A segunda forma é a coação. Para Durkheim, a vida social se organiza com certa espontaneidade quando os indivíduos interiorizam a sociedade e aceitam os contratos. Quando essa espontaneidade é rompida, ocorre a coação, que necessita de um assentimento expresso por parte dos indivíduos.

A terceira forma anormal se dá quando não há uma regularidade do trabalho. A solidariedade depende estreitamente da atividade funcional das partes especializadas. As funções tornam-se mais ativas quanto mais contínuas forem, dessa forma acarretando no aumento da solidariedade.

Durkheim valoriza muito o trabalho em corporações (renovadas) [mediação entre Estado e sociedade]. Para ele as associações de profissionais de trabalho foram capazes de fornecer um código de ética e uma identidade corporativa aos artesãos e profissionais, desde a era romana até a Revolução.

Considera que o trabalho é significante e satisfatório unicamente quando é feito em um meio regulamentado e normativo, marcado pela solidariedade entre os trabalhadores (associações de profissionais do trabalho). Não se trata de estabelecer uma estrutura idêntica à das corporações e das guildas do Ancien Régime. As novas corporações deveriam aumentar seu porte e estender a estrutura de sua organização para se tornarem corporações nacionais.

O grupo social, ancorado na situação profissional, serve de autoridade moral que é igualmente fonte de calor e de simpatia que refreia todo egoísmo. Sugere ainda que as corporações poderiam servir de nova base à vida política, visto que, no passado, elas eram a pedra angular das comunidades urbanas.

Ele nega que a divisão do trabalho acarrete, necessariamente, no aumento da felicidade individual, pelo contrário, diz que com o surgimento de novas necessidades e de novos motivos de tristeza pelo insucesso em conseguir satisfazê-las é se deu o aumento do número de suicídios na sociedade moderna.

Em Le Suicide, Emile tentou mostrar que as causas do autoextermínio têm fundamento social e não individual. Durkheim desenvolveu o conceito de anomia, explorando as diferentes taxas de suicídio entre protestantes e católicos, entre solteiros e casados, pessoas que tem ou não filhos. Explica também que a integração social do indivíduo não pode ser baixa demais porque pode ter por conseqüência uma sociedade extremamente desorganizada, levando o indivíduo a achar no suicídio a única alternativa e, nem tampouco, alta demais, uma vez que as pessoas preferem destruir a si próprias a vive sob grande controle da sociedade. Descreveu três tipos de suicídio:

Suicídio Egoísta: é aquele em que o ego individual se afirma, ou seja, há uma individualização. As relações entre os indivíduos e a sociedade se afastam fazendo com que o indivíduo não veja mais sentido na vida, não tenha mais razão para viver.

Suicídio Altruísta: é aquele no qual o indivíduo sente-se no dever de fazê-lo para se livrar de uma vida insuportável. É aquele em que o ego não o pertence, confunde-se com outra coisa que se situa fora de si mesmo. Temos como exemplo os kamikazes japoneses, os muçulmanos que colidiram com o World Trade Center em Nova Iorque, em 2001, etc.

Suicídio Anômico: é aquele que ocorre em uma situação de anomia social, ou seja, quando há ausência de regras na sociedade, gerando o caos, fazendo com que a normalidade social não seja mantida. Em uma situação de crise econômica, por exemplo, na qual há uma completa desregulação das regras normais da sociedade,

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