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GESTAO DE NEGÓCIO

Por:   •  12/4/2018  •  3.055 Palavras (13 Páginas)  •  257 Visualizações

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Basicamente, a competitividade está relacionada ao ato de estar à frente de seu concorrente, daí o fato de órgãos públicos não terem dentro de seu sistema a necessidade de inovar devido a falta de competitividade. A necessidade de inovação na grande parte do serviço público não está atrelada à competitividade, mas sim à eficiência e eficácia dos processos e na efetividade dos resultados. Muito da efetividade se perde com modelos excessivamente burocratizados, gerando uma série de problemas ao processo em geral, como perda da eficiência, gastos desnecessários, problemas com recursos humanos, entre outros.

O mercado atual e a competitividade

“Os aspectos referentes à globalização, economia do conhecimento e seus efeitos no processo de gestão das organizações, somados ao surgimento da sociedade baseada no conhecimento e ingresso de novos atores no cenário mundial, levaram as organizações de novos padrões de competitividade.” (FIALHO, 2006, pág 42)

Ainda segundo Fialho, tem sido fundamental para a permanência nesse novo cenário a criação de mecanismos para se diferenciar da concorrência e incrementar os níveis de competitividade.

A dinâmica da competição em um ramo de negócio pode ser observada a partir da analise do ambiente externo pelo modelo das cinco forças, desenvolvido nos anos 1980 por Michael Porter.

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As empresas estão representadas no centro da figura, competindo no mercado.

Influência e poder dos fornecedores: a importância dos fornecedores está relacionada aos custos dos produtos e serviços de uma empresa. A dependência de um fornecedor pode comprometer o acesso a insumos que sejam raros ou de difícil substituição. No caso do setor público, não há fornecedores específicos, exceto pelo cliente-cidadão pagante de tributos, estes são a principal forma de obtenção de receita para o Estado, que será distribuída de acordo com as pretensões do Governo descritas nos orçamentos anuais.

Ameaça de produtos substitutos: tem grande impacto nos negócios, porém são relativamente imprevisíveis. Trata-se de um novo produto ou serviço que não vem do mesmo ramo, mas que gera concorrência. Por exemplo, o canal de distribuição de filmes que foi alterado pelo ramo de eletroeletrônicos, reduzindo as salas e afetando a indústria cinematográfica. Novamente, este tópico é diferente ao se tratar da coisa pública, a ameaça que o Estado pode encontrar é a diminuição de recursos provenientes dos tributos, resultado de crise e desemprego que são fatores imprevisíveis, além de outras situações em que se torna necessário um dispêndio que não estava previsto.

Influência e poder dos compradores: é a relação entre a empresa e os clientes. Em um ramo organizado pelo monopólio, o cliente tem um pequeno poder, recorrendo às agências reguladoras e ao poder regulador do Estado. O Estado detém a exclusividade da maioria dos serviços prestados por ele, mas mesmo diferente da iniciativa privada, a influência do cliente-cidadão é grande, dado ao fato que um dos principais objetivos do Estado é a atenção ao bem-estar social.

Entrantes potenciais: São empresas que podem entrar no ramo e afetar a dinâmica e as relações entre os players. Essa ameaça pode ser irrelevante em um ramo fragmentado, porém é de grande importância quando o ramo se concentra. Assim, a entrada de um player em um oligopólio afeta as relações entre os demais, já a entrada de um player em um monopólio o leva ao fim, provocando a reorganização do ramo. Para o Estado, os serviços típicos de administração pública não possuem este tipo de preocupação, tais como a área do executivo, judiciário e legislativo. Mas outras áreas de serviço público já podem sofrer com novos entrantes, como foi o caso do serviço de telecomunicação, ou como pode ocorrer com a Caixa e o FGTS, caso o banco deixe cair o nível de eficiência com que vem atuando neste segmento, ficando ao Estado tão somente a responsabilidade de regular e fiscalizar os serviços prestados, por meio de agências reguladoras.

“Certamente, todas as empresas – players-, estando envolvidas em competição, buscam sempre obter vantagens competitivas que lhes assegurem uma participação crescente no mercado.”

Risco de novos entrantes

Kim e Mauborgne definem o universo de mercado composto por dois tipos de oceano – oceanos vermelhos e oceanos azuis. Nos oceanos vermelhos estão os setores já conhecidos, com fronteiras delineadas, onde as empresas estão lutando pelas maiores fatias de mercado. Os oceanos azuis são os mercados inexplorados, com possibilidade de crescimento e lucratividade. (2005, pág. 4)

“Várias são as forças indutoras do imperativo crescente de criar oceanos azuis. A aceleração dos avanços tecnológicos gerou aumentos substanciais na produtividade dos setores e criou condições para o fornecimento de um nível sem precedentes de produtos e serviços. O resultado é que em cada vez mais setores a oferta é maior do que a demanda. A tendência no sentido da globalização agrava o quadro. À medida que se quebram as barreiras comerciais entre países e regiões e que se dispõem de informações sobre produtos e preços instantaneamente em âmbito mundial, os mercados de nicho e os resquícios dos monopólios tornam-se cada vez mais raros. Embora a oferta esteja em alta, à medida que se intensifica a competição global, não há provas claras de aumento de demanda mundial, e algumas estatísticas até apontam para reduções demográficas em muitos mercados desenvolvidos.” (Kim, 2005, pág. 8)

Novos entrantes

A telefonia, a internet e demais mídias que começavam a desapontar no começo da década de 90 trazia consigo uma atitude intrínseca e que foi objeto de preocupação dos governos da época, a inovação e a competitividade. Seria difícil para o Estado realizar esse desafio com suas próprias forças e avançar na mesma velocidade que se criava e descobria novas formas de se comunicar. Existia a necessidade de construção de toda uma infraestrutura que atendesse a uma demanda que surgiria e, consequentemente, toda a sua gestão. Popularizar e transformar as comunicações em produtos de massa era algo desejável, mas igualmente complicado.

A situação de competitividade antes do processe de privatização era nulo, um exemplo a se citar era a dificuldade de se possuir um telefone da Telesp Celular, como descrê

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