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GESTÃO ESCOLAR DENTRO DO PROCESSO DEMOCRÁTICO: CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA DA QUALIDADE EDUCACIONAL

Por:   •  7/5/2018  •  5.450 Palavras (22 Páginas)  •  501 Visualizações

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O presente artigo apresenta como objetivos: Analisar se a equipe gestora atua de forma que todos os membros da escola e da comunidade participem das tomadas de decisões relevantes a escola, tendo como específicos os objetivos: Compreender os papéis exercidos pelos membros da gestão; Investigar a forma de gestão dos membros gestores e Analisar de que forma as decisões são apresentadas na escola e na comunidade.

O supracitado trabalho aqui apresentado parte do princípio de que existem grandes desafios em busca de uma gestão democrática e esses desafios são propostos para profissionais da educação com o objetivo de renovarem sua prática educativa. Este trabalho busca compreender o papel do gestor, suas decisões dentro da escola, se propõe analisar a gestão como processo de democratização e busca pela qualidade educacional.

Atualmente para que a escola possa ter uma atuação eficaz é necessário o apoio da comunidade e há uma preocupação da escola em conquistar esse apoio. Para que esse apoio ocorra é necessário que seja feito um trabalho de qualidade técnica administrativa que vise um bom relacionamento comercial, financeiro e segurança com as partes internas e externas.

Diante destas indagações foi criada a seguinte problemática: Existe uma construção participativa da qualidade educacional dentro do processo de Gestão Escolar Democrático? Levantando ainda a seguinte hipótese a verificação da realidade escolar e as inúmeras indagações sobre a gestão escolar, onde verifica-se a ineficácia da comunidade escolar nas tomadas de decisões do cotidiano escolar, como tornar essa ação participativa mais atuante e soberana no ambiente escolar? Pois uma escola onde todos participam e opinam tornam o ambiente mais participativo, indagador, compreensivo e questionador.

Nesse sentido, tal estudo é fundamentado com as teorias de alguns autores que tratam da referida temática, como Ferreira (2000), Libâneo (2008), Lück (2009) entre outros autores que abordam a respeito do tema em destaque.

O referido artigo pretende ainda ressaltar a respeito das concepções teóricas que guiam as práticas em gestão participativa de ambientes escolares, repercutindo, dessa forma, as experiências necessárias à atuação educacional intencionada. Sendo assim, tem-se por finalidade a abordagem sobre os possíveis caminhos para uma gestão educacional com a participação de todos os membros escolares, a fim de reforçar o conceito de educação que envolva fundamentações éticas, políticas e educacionais.

Partindo desta perspectiva anteriormente citada, tal estudo visa analise de se existe uma construção participativa de qualidade educacional na gestão da escola. Se há autonomia e liberdade de ação podendo a mesma ser considerada uma escola democrática, pois segundo os princípios humanistas a escola democrática foi instituída como ícone do processo educacional, transformadora da sociedade, promovedora da cidadania, aptidões e competências, garantidora da qualidade do ensino que provesse ao indivíduo plena capacitação para a vida pessoal, social e profissional.

Com os resultados da pesquisa pode-se incentivar a continuidade do processo democrático na escola ou propor ações que possam beneficiar e ampliar esse processo.

- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo a Constituição brasileira de 1988, torna-se lei a aplicação de uma educação democrática para o ensino público. Com isso, lançamos um olhar sobre a educação e a conscientização de que a gestão democrática é de suma importância para a escola e a comunidade na qual está inserida. Efetivar uma gestão democrática implica na participação de todos os seguimentos da comunidade escolar, levando a construção de espaços dinâmicos, marcados pela diversidade e pelos diferentes modos de compreender a escola.

Dentro do princípio democrático, segundo Maia e Bogoni (2008, p.02), a Gestão Escolar compreende o processo político por meio do qual as pessoas integrantes da escola, tendo como princípio básico, o diálogo e a autoridade discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola, mediante a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito a normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.

A Gestão Democrática tem o intuito de criar estruturas descentralizadas, em que relacionamento cooperativo passa a ser uma ferramenta essencial dentro da escola, onde se deve considerar todas as propostas e ideias apresentadas, não as descartando.

Para Saviani (2008, p. 35), define-se como papel das instituições educacionais:

[...] ordenar e sistematizar as relações homem-meio para criar as condições ótimas de desenvolvimentos das novas gerações cuja ação e participação permita a continuidade e a sobrevivência da cultura e, em última instância, do próprio homem. Portanto, o sentido da educação, a sua finalidade, é o próprio homem, quer dizer, a sua promoção.

Considerando a importância e a autoridade que o diretor da escola possui nesse processo de condução das ações educativas e de disciplina dos alunos, não deve ser entendido como adestramento, mas no sentido de sistematizar as relações homem-meio e de construir, assim, a autonomia dos mesmos. Com a autoridade que possui cabe a ele estabelecer e construir limites.

Numa democracia, ninguém deve ser educado para obedecer, mas sim para colaborar e respeitar os direitos alheios. (...) Na vontade de evitar o autoritarismo, [...] corremos o risco de [...] cair no [...] excesso de liberdade, que pode levar ao desrespeito e à confusão entre os conceitos de autoridade autoritarismo. (D’ANTOLA, 1989, p. 49).

2.1 A escola necessária para os tempos atuais

O mundo passa por mudanças em seus mais diversos setores, e na educação não poderia deixar de ser, pois é na escola que buscamos aprender diversos conhecimentos, a escola tem obrigação de ensinar, educar e uma gestão democrática devem primar pela participação de todos os agentes envolvidos no processo de educação: professores, pais, alunos, comunidade, porque esses mesmos agentes vão contribuir também para um conhecimento especifico da sociedade que se quer. Com isso, “a gestão realizada pelas escolas pode e deve produzir maior qualidade e eficiência na educação, mas para que funcione eficientemente, precisa ser concebida,

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