Criatividade e Desenvolvimento de Novos Conceitos
Por: Sara • 7/6/2018 • 11.302 Palavras (46 Páginas) • 476 Visualizações
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Insight – significa uma percepção profunda, clara, nítida de uma dada situação; refere-se a sentimento de entendimento; percepção; intuição; inspiração.
Serendipity: [Johnson (2011)], palavra para explicar a capacidade de encontrar resultados importantes e adequados sem estar necessariamente procurando por eles – achar algo inesperado – ou de simples causalidade, porém natural.
Há diferença entre a invenção e a inovação. Embora ambos sejam frequentemente usados como sinônimos, há diferenças sutis, começaremos pelo conceito de invenção, pois nos parece que esse é um pouco mais simples, vejamos o porquê.
Invenção: é o ato de criar ou de desenvolver um novo produto ou processo. Uma invenção por natureza cria algo novo. Schumpeter (1934) e mais tarde Drucker(1998), no entanto, costumavam distinguir invenção de inovação por sua capacidade de gerar valor comercial. Para ambos, toda inovação parte de uma invenção, mas digamos que esse seria um estágio anterior. Porém, nem toda invenção tem fôlego e se torna algo útil para a sociedade ou gera valor econômico para a organização ou para seu idealizador. Às vezes, uma invenção é muito boa, mas ela pode não estar pronta para o seu tempo.
Dar exemplos para invenções não é fácil, pois quando a invenção toma forma e se torna conhecida pela sociedade, ela conceitualmente deixa de ser invenção e passa a ser inovação.
Mas a mídia, em geral, parece não se importar com esses conceitos, e, em 2009, o Museu de Ciências de Londres promoveu uma votação para a eleição da melhor invenção de todos os tempos. Depois de quase 50 mil votos, o equipamento de Raios-X, criado em 1895, com dez mil votos, foi eleito o vencedor.
Inovação
A palavra “inovar” tem origem no Latim in+novare, que significa fazer novo, renovar ou alterar. Significa ter uma ideia nova ou aplicar ideias de outras pessoas com eficácia e de forma original tal que encontrem aceitação no mercado, incorporando essas novas ideias em novas tecnologias, processos, designs, produtos, mercados e serviços, enfim em melhores práticas.
Schumpeter (1934), classifica a inovação em 5 tipos:
- lançamento de um novo produto (ou melhoria de qualidade de um produto já existente);
- implementação de um novo método de produção (inovação no processo);
- abertura de um novo mercado (um novo mercado para exportação);
- aquisição de uma nova fonte de oferta de materiais (fornecimento); e
- criação de uma nova empresa (nova forma de organização industrial).
Tidd, Bessant e Pavitt (1997), por sua vez, classificam as inovações pela extensão de seu impacto, podendo ser:
- Inovação incremental é aquela em que ocorrem pequenas melhorias dos processos, produtos ou serviços da empresa, por exemplo: a troca de uma máquina empacotadeira que tem capacidade de 20 pacotes por lote e abastecimento manual por uma com capacidade de 100 peças e com abastecimento automático, fazendo com que o processo seja melhorado e otimizado.
- Inovação radical ou distintiva acontece a partir de melhorias significativas, por exemplo: a introdução de procedimentos inexistentes (processos de higienização e esterilização de vegetais antes do empacotamento, introdução de hormônios na alimentação de aves para acelerar o período de abate).
- Inovação de transformação ou revolucionária implica, sobretudo, no desenvolvimento de novos processos, produtos e serviços pelo emprego de novas tecnologias, por exemplo: uso do equipamento de Raios-X e desenvolvimento dos aparelhos de tomografias, internet e tornos de fabricação CNC – comando numérico.
A inovação, conforme os exemplos apresentados, pode trazer grandes mudanças para as organizações, conferindo-lhes alguma vantagem competitiva. Porém, as vantagens ou as melhorias resultantes têm curta duração, pois as demandas evoluem muito rapidamente.
Imitação
A imitação está relacionada à cópia, à reprodução e à repetição para produção do mesmo efeito, ou seja, fazer mais do mesmo. No caso das organizações, significa buscar a sobrevivência fazendo exatamente aquilo que o concorrente está fazendo. Mas, se pensarmos bem, a própria organização ao padronizar seus processos não visa repetir suas ações de modo a produzir os mesmos resultados? A padronização não é ruim, pelo contrário, ela é essencial para que haja qualidade em nossos processos tal que possamos certificar nossas instituições segundo critérios de excelência, isso, no entanto, não pode ser impeditivo para que a organização pense em novas e em melhores formas de realizar suas atividades!
A inovação tem sua base na criatividade!
Criatividade
A palavra criatividade deriva do grego krainein: realizar; e da expressão latina creare, que significa: criar, fazer brotar, fazer crescer, e tirar do nada. Para compreender o verdadeiro significado de criatividade, é preciso ir além de sua origem.
No passado a criatividade era ligada às artes, mas no presente, ela pode realizar algo “novo”, em qualquer área em que a mente humana encontre significado. Não devemos confundir a criatividade com sensibilidade artística, nem com brilhantismo intelectual e, tampouco, com talento individual genético, pois a criatividade transcende tanto as artes como o intelecto e, sobretudo, a genética. A criatividade considera a produção de algo que seja original e de valor.
Vernon (1989): a criatividade é a capacidade de produzir ideias, descobertas, reestruturações, invenções, objetos artísticos novos e originais que sejam aceitos por especialistas como projetos valiosos no domínio da Ciência, da Tecnologia e/ou da Arte, etc. Tanto a originalidade como a utilidade e o valor são propriedades do resultado do processo criativo.
V A padronização nas organizações começou a ser muito valorizada a partir da Década de 1980 com o crescimento da preocupação com a qualidade.
Assim, como em relação às mudanças, ao analisar o termo criatividade, ele parece ganhar um significado ainda maior no contexto das organizações. Você consegue perceber isso em sua organização? Reflita sobre o assunto!
Bendassolli
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