A Teoria Contingencial
Por: Rodrigo.Claudino • 5/10/2018 • 2.358 Palavras (10 Páginas) • 364 Visualizações
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2.2 – ENFASE
Na teoria da Contingência a ênfase recai no ambiente e na tecnologia, sem desprezar as tarefas, as pessoas e a estrutura, sendo que esta última passa a ser um dos pilares dessa abordagem.
2.3 – PRINCIPIOS DA TEORIA
A teoria da Contingencia apresenta os seguintes aspectos básicos:
- A organização é de natureza sistêmica, isto é, ela é um sistema aberto.
- As características organizacionais apresentam uma interação entre si e com o ambiente.
- As características ambientais funcionam como variais independentes, enquanto as características organizacionais são variáveis dependentes.
2.4 – ORIGEM DA TEORIA CONTINGENCIAL
CHIVEANATO, (2003). Afirma que a teoria da contingência surgiu por meio de várias pesquisas que tinham como objetivo verificar se a estrutura organizacional das empresas seguia o modelo clássico, ou seja, a divisão de tarefas, especialização dos funcionários etc. Os estudos buscaram compreender como as empresas tinham sua organização afetada pelo ambiente externo.
O ambiente é aquilo que está ao redor da organização e por ser muito vasto está dividido em dois seguimentos:
Ambiente geral: é constituido de todos os fatores sociais, econômicos, políticos, legais, culturais, demográficos que ocorem no mundo. Este é o ambiente que influenciam todas as organizações, como suas estratégias e seu modo de agir.
Ambiente de tarefa: é o ambiente próximo a organização, onde há uma relação direta com esta, é onde se encontram os clientes, fornecedores, concorrentes e outras entidades.
Os resultado das pesquisas levaram a conclusão que não há um único modo de organizar: a estrutura organizacional e seu funcionamento são dependentes da interface com o ambiente externo.
2.4.1. PESQUISA DE CHANDLER SOBRE ESTRUTURA E ESTRATÉGIA
Alfred Chandler foi um professor de administração e história econômica que fez pesquisas nas empresas norte-americanas DuPont, General Motors, Standard Oil Co.(New Jersey) e Sears Roebuck & Co. nesse estudo sobre estrutura e estratégia das organizações foi realizado um processo que envolveu quatro fases;
- Acumulação de recursos
- Racionalização do uso de recursos.
- Continuação do crescimento.
- Racionalização do uso de recursos em expansão.
Assim Chandler concluiu que quando há modificações no ambiente as organizações precisam adotar diferentes estratégias, como consequência disso era preciso adotar uma nova estrutura organizacional.
2.4.2. TOM BURNS E G. M. STALKER SOBRE ORGANIZAÇÕES
Burns e Stalker foram dois sociólogos que estudaram industrias inglesas afim de saber a relação entre sua estrutura organizacional e ambiente externo. Após o estudo realizado viram que cada organização tinha o seu método de estrutura, eles então classificaram essas empresas da seguinte maneira:
2.4.2.1 Organizações mecanísticas que apresentavam as características:
- Estrutura baseada na divisão de trabalho;
- Cargos ocupados por especialistas, ou seja, cada um executa sua tarefa sem fazer as demais;
- As decisões eram tomadas pela alta cúpula da organização;
- Hierarquia de autoridade rígida, autoridade baseada na posição;
- Sistema rígido de controle com estreita comunicação entre gestores e operários dando-se através de filtros;
- Ênfase em procedimentos formais;
- Modelo de estrutura baseado na Teoria Clássica.
- Organizações orgânicas que possuíam as seguintes características:
- Pouca divisão de trabalho;
- Cargos que são redefinidos e modificados;
- Decisões descentralizadas, com participação também dos níveis inferiores; Hierarquia na horizontal e totalmente flexível;
- Ênfase na Teoria das Relações Humanas.
Com esse estudo Burns e Stalker concluíram que o ambiente é quem determina a estrutura organizacional e o funcionamento da empresa.
- PESQUISA DE PAUL LAWRENCE E JAY LORSCH SOBRE AMBIENTE
Os professores Paul Lawrence e Jay Lorsch, da Harvard Business School, investigaram a relação entre as características estruturais das organizações complexas e as condições do ambiente que estas organizações enfrentam.
Essa pesquisa sobre o defrontamento organização x ambiente marcou o aparecimento da Teoria da Contingência, e o próprio nome Teoria da Contingência derivou desta pesquisa.
A pesquisa envolveu dez empresas em três diferentes meios industriais. Para coletar as informações do funcionamento interno da organização, Lawrence e Lorsch usaram questionários e entrevistas com 30 e 50 gerentes de nível médio e alto de cada organização; estas informações, entretanto, só foram selecionadas entre os altos executivos de cada organização, os autores concluíram que os problemas organizacionais básicos são a diferenciação e a integração.
2.4.3.1. Diferenciação e Integração, conceitos
As organizações apresentam a característica de diferenciação, que é a divisão da organização em subsistemas ou departamentos, cada qual desempenhando uma tarefa especializada para um contexto ambiental também especializado. Do ambiente geral emergem ambientes específicos, formando os subsistemas ou departamentos da organização.
A integração é o lado oposto, constituindo-se do processo gerado por pressões vindas do ambiente da organização no intuito de obter unidade de esforços e coordenação entre vários departamentos (ou subsistemas) da organização
Conceito de integração requerida de diferenciação requerida:
Neste conceito é sustentado
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