A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO COMO FATOR DE MUDANÇA DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES
Por: Kleber.Oliveira • 20/2/2018 • 5.667 Palavras (23 Páginas) • 369 Visualizações
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“A palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que significa mover. O seu sentido original fundamenta-se no processo no qual o comportamento é incentivado, estimulado ou energizado por algum motivo ou razão”.
De acordo com Bergamini (1997), “essa origem da palavra encerra a noção de dinâmica ou de ação que é a principal tônica dessa função particularda vida psíquica”. A autora acredita que “O caráter motivacional do psiquismo humano abrange os diferentes aspectos que são inerentes ao processo, por meio do qual o comportamento das pessoas pode ser ativado”.
De acordo com Robbins (2003), o termo motivação organizacional é baseado na disposição do colaborador em se esforçar de forma permanente e elevada em favor das metas da organização, na certeza que tal esforço proporcionará a satisfação de alguma necessidade individual.
O autor citado acima ainda faz correlações acerca dos indivíduos motivados com a persistência, de acordo com ele a motivação os faz persistentes de modo que não desistam facilmente diante das dificuldades.
Segundo Maximiano (1995), motivação é uma palavra de origem latina, que significa mover, e é, portanto o método pelo qual se pode explicar por um conjunto de razões e motivos o que induz, incentiva ou provoca algum tipo de ação ou comportamento no indivíduo.
Cabe ressaltar, observando os autores literários acima, que motivar não é uma tarefa fácil e não pode ser de maneira alguma desprezada dentro de uma organização, pois o capital humano motivado pode ser o grande diferencial da empresa e consequentemente o fator gerador de sucesso.
Fazendo uma analise sobre o tema pode-se concluir que motivação é um impulso psíquico capaz de direcionar o indivíduo ao encontro daquilo que se almeja, ao passo que quando surgem novas necessidades de conquistas devem aparecer também novas forças motivadoras.
Lopes (1980, p. 10) parte do pressuposto que a motivação é uma variável interna do ser humano, que não é possível ser observada, mas que pode ser explicada através do seu comportamento:
"[...] motivação é uma variável interveniente porque não pode ser vista, ouvida ou tocada: somente pode ser inferida por meio do comportamento. Em outras palavras, somente podemos julgar quão motivada está uma pessoa mediante a observação do seu comportamento. Não podemos medir diretamente a motivação, uma vez que ela não é passível de observação."
Segundo Iman (1996), "Motivação" enxerga o compromisso do indivíduo para o trabalho e seu local de trabalho do ponto de vista dos fatores internos a ele, das necessidades individuais, gostos e preferências.
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TEORIAS MOTIVACIONAIS
Herzberg apud Stoner e Freeman (1995, p.326) chegou à premissa de que: “os fatores responsáveis pela satisfação são em geral desligados e distintos dos fatores da satisfação profissional”. Isto é, quando explicamos a teoria da motivação baseada nas necessidades falamos de Maslow e quando se quer explicar a teoria fundamentada em comportamentos e atitudes, Herzberg é o que se ajusta a essa ideia.
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Teoria da Hierarquia das Necessidades
O consagrado autor Abraham Maslow, mentor da teoria da hierarquia necessidades, apud Chiavenato (2003), afirma a hipótese que de que os indivíduos possuem dentro de si cinco necessidades que se classificam em fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de auto realização.
Segundo Chiavenato (2003), baseia-se no comportamento individual das pessoas, tornando-se necessário o estudo da motivação humana, sendo um poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro da organização. O autor cita ainda a hierarquia das necessidades de Maslow, onde as necessidades humanas estão organizadas em níveis de importância e influencia que são:
A imagem 1 apresentada abaixo, expõe as necessidades básicas do ser humano, segundo o tradicional modelo de pirâmide, que posiciona a satisfação do nível menor, para haver a permissão a satisfação do maior.
Imagem 1 : Pirâmide das necessidades.
[pic 1]
Fonte: Maslow, 2000, p.105
Segundo Paiva (2007) estas categorias divididas por Abraham Maslow são normalmente apresentadas na forma de uma pirâmide, abrangendo as necessidades: fisiológicas, de segurança, sociais, status e estima, de auto realização, descrevendo que:
NECESSIDADES FISIOLÓGICAS: são as necessidades inatas, ou biológicas. Sua principal característica é a premência e exige satisfação cíclica e reiterada para garantir a preservação da espécie e sobrevivência do indivíduo. São predominantes sobre todas as demais necessidades. São elas: fome, abrigo, repouso, sexo, etc.
NECESSIDADES DE SEGURANÇA: surgem no comportamento humano quando as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas. A busca de um mundo ordenado e previsível, protegido e seguro são manifestações típicas dessa necessidade e leva o indivíduo a proteger-se de qualquer perigo real ou imaginário, físico ou abstrato. São elas: proteção contra: perigo, doença, desemprego, roubo.
NECESSIDADES SOCIAIS: surgem no comportamento quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) estão relativamente satisfeitas. São as necessidades de associação, participação e aceitação por parte dos colegas; a amizade, o afeto e o amor são seus pontos altos.
NECESSIDADES DE ESTIMA: são as necessidades relacionadas com a auto-avaliação e autoestima. Envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, necessidade de reconhecimento e aprovação social, de status, prestígio, consideração.
NECESSIDADES DE AUTO-REALIZAÇÃO: são as necessidades humanas mais elevadas e que estão no topo da hierarquia. Estão relacionadas com autonomia, independência, autocontrole, competência. São as necessidades de cada pessoa realizar seu próprio potencial e se desenvolver continuamente como criatura humana. Pode ser expressada pelo impulso do indivíduo se tornar mais do que é e vir a ser tudo o que pode ser. Enquanto as quatro necessidades anteriores podem ser satisfeitas com recompensas externas, esta só pode ser satisfeita a nível de interior pessoal, com o sentimento de realização, não sendo observada nem controlada por outras pessoas
Maslow (2000, p.105) ainda complementa dizendo que
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