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A Comunicação Empresarial

Por:   •  11/3/2018  •  1.915 Palavras (8 Páginas)  •  398 Visualizações

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Juntamente com essas mudanças, contingências históricas levaram empresas - principalmente as multinacionais - a adquirirem enorme política. Financiando campanhas ou fazendo lobby começaram a ter, desde a revolução industrial, uma grande ingerência em assuntos trabalhistas e sociais.

2. Definição e papéis

Uma empresa pode ser definida como unidade socioeconômica voltada para a produção de um bem de consumo (editoras, construtoras, confecções etc.) ou serviço (agências de turismo, transportadoras, seguradoras etc.). Entretanto, agregado à função produtiva esta seu papel sócio-cultural, que compreende:

- geração de empregos;

- incentivo ao desenvolvimento de ciência e de tecnologia;

- elaboração e melhoria de processos e de estratégias.

É esse papel que vincula sua existência ao progresso da comunidade onde esta inserida. É possível observar que, indiretamente, as empresas também influem no comportamento das pessoas. Através da atividade que desempenham (produção ou serviço), induzem ao consumo, criando assim novas demandas, padrões estéticos, gostos e até valores.

A empresa pode ser encarada como um organismo vivo, onde o dinamismo é resultado de um processo constante de planejamento, implementação, avaliação e redirecionamento de suas práticas. Sua organicidade e um requisito importante para garantir:

- sobrevivência em um mercado altamente competitivo;

- adequação as inovações tecnológicas e transformações culturais;

- expansão, ampliando vendas e lucros.

A comunicação esta intrinsecamente articulada a esse processo tomando-o viável. Ela interliga os vários elementos (indivíduos, grupos, departamentos) organicamente e projeta a qualidade desse processo para o público externo da empresa.

Nas organizações, é possível analisar a comunicação, como fenômeno com uma abordagem sociológica, considerando como são formadas, as lideranças, os boatos; e também, com uma abordagem antropológica, considerando a etnia e cultura que compõem o clima interno. Essas abordagens são excludentes. Quanto mais amplo for o universo e as variáveis consideradas na análise da comunicação, dentro da empresa, maior a oportunidade de compreendê-la, e assim fazer intervenções positivas.

3. Comunicação: função básica e resultados

A comunicação dentro da empresa contribui para a concretização de metas e objetivos, além de possibilitar o equilíbrio entre seus componentes (departamentos, áreas etc.). A partir do sistema de comunicação criado internamente, a empresa interage com três grandes sistemas:

1. o sócio-político, que envolve valores da sociedade contemporânea e as políticas do MA;

2. o econômico-industrial, que compreende os padrões de competição e as leis de mercado;

3. o microclima interno das organizações, que define normas e políticas das operações empresariais.

Torquato (1996, p. 105) defende que a função básica da comunicação na empresa e promover consentimento e aceitação. Para tanto, é necessária uma estrutura bem definida e coordenação centralizada. Essa coordenação seria responsável pelas pesquisas, táticas, estratégias, normas, canais, fluxos, planos de comunicação e teria como resultados:

- capacidade de responder mais rápida e adequadamente as contingências, as ameaças e aos riscos internos e externos;

- homogeneidade de linguagem;

- harmonia na preservação dos códigos visuais e escritos;

- sinergia;

- racionalização dos processos administrativos e financeiros;

- melhor distribuição de tarefas;

- melhor direcionamento da mensagem e seleção de veículos.

Para entender a organização em sua dinâmica e preciso vê-Ia como um sistema. A importante contribuição para o desenvolvimento do enfoque sistêmico foi feita por Norbert Wiener, citado por Maximiano (2000), criador da ciência de cibernética. Wiener estudava o comportamento de sistemas complexos, entre eles os organismos vivos. A idéia central da cibernética e o autocontrole de desempenho, visando alcançar um objetivo. Para isso, o sistema deve informar-se continuamente sobre a situação do alvo e da sua própria posição.

O conceito de cibernética contribuiu para o desenvolvimento das modernas teorias de controle e de comunicação. A partir desses estudos, disseminou-se a compreensão sobre a necessidade de se tratar vários fenômenos de maneira sistêmica

4. Empresas como sistemas abertos

Um sistema fechado é aquele que não depende de seu ambiente, ele é autônomo e isolado do mundo externo. Na prática, nenhum sistema pode ser totalmente isolado, portanto, sistemas absolutamente fechados não existem. Mesmo assim, os primeiros estudos na área de administração tentaram tratar as organizações a partir do conceito do sistema fechado. Para esse tipo de sistema se realizar, o ambiente deveria ficar estável e previsível. Tendo conseguido o equilíbrio com ambiente estável, o sistema continuaria a manter estabilidade. Assim, na abordagem de sistemas fechados, a maior preocupação dos gerentes nas empresas seria a eficiência interna, a busca e a manutenção de equilíbrio entre as partes do sistema.

Teoricamente essa abordagem seria impossível, o problema é que o mundo real caracteriza-se por mudanças rápidas, aleatoridades e incertezas. Tudo isso tem um impacto sobre o desempenho e a vida (ambiente interno) das organizações que, por excelência, são exemplos de sistemas abertos.

Um sistema aberto interage com o ambiente intensamente, consumindo e exportando recursos para o ambiente. A modificação do sistema é contínua, porque está sujeita às permanentes mudanças ambientais.

Na sua interação com o ambiente externo, os sistemas recebem entradas (inputs) que são energia, recursos e informação. Dentro do sistema, o conjunto das entradas é transformado em um conjunto de saídas (output). Entradas diferentes são processadas por subsistemas (no caso das empresas, departamentos especializados).

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