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A COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA NO PAPEL DO LÍDER

Por:   •  5/11/2018  •  4.900 Palavras (20 Páginas)  •  307 Visualizações

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Para Robbins (2005), a liderança está relacionada ao enfrentamento. O líder estabelece uma direção para sua “visão” de futuro, em seguida, comunica seu grupo sobre suas decisões e assim, tem como papel principal, engajar e estimulá-las na superação dos obstáculos.

Já Moscovici (1996), se refere ao líder como uma pessoa a qual lhe foi conferida, formal ou informalmente, uma atribuição de responsabilidade para dirigir e coordenar determinadas atividades.

Hunter (2004, p.25) define a liderança como: “Habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”.

O sucesso depende mais do desempenho e da forma como interage com as pessoas e situações do que seus traços de personalidade, ou seja, depende daquilo que ele consegue fazer e não do que ele é. Chiavenato (2004), afirma que ser um administrador bem sucedido em uma organização, não necessariamente o faz em outra, porque isso depende das particularidades de cada trabalho, de cada empresa. Toda vez que uma organização planeja uma alteração em seu quadro de pessoal, o funcionário avaliado para tal promoção, mesmo que apresente um currículo apreciável, não será valorizado apenas pelo que sabe a respeito de suas especialidades, mas principalmente, pela maneira como realiza e pelos resultados que consegue alcançar através dos recursos oferecidos.

Sumarizando a idéia proposta por Katz, citado por Chiavenato (2004), existe três tipos de habilidades que serão parafraseadas abaixo:

Habilidades técnicas: são as funções relacionadas com execução: engenheiros, faxineiros, marceneiros, etc. Estas habilidades requerem apenas o conhecimento e execução a partir de técnicas. As pessoas hábeis tecnicamente preferem trabalhar com números e objetos, porque a inércia dos itens favorece o desempenho, já que não haverá contestação ou reação;

Habilidades humanas: são aquelas que dizem respeito aos relacionamentos, tanto interpessoais, quanto grupais. Aludem àqueles que sabem trabalhar com e para as pessoas. São dotados de habilidades de comunicação e senso colaborativo.

Habilidades conceituais: concerne à propensão às estratégias, aos planos, às interpretações. São pessoas que conseguem atrelar funções, pensar, antecipar, engajar-se em raciocínio e oportunidades.

Distinguir as habilidades, como parafraseado acima, nos permite começar a compreender melhor as formas de intervenção dos líderes e suas propensões.

Seguindo os conceitos, o que torna a liderança eficaz, afirma Covey (2002) é a habilidade do líder em valorizar-se e subordinar-se, a questões mais elevadas, aquelas que favorecem a organização de forma generalizada. Onde consiga tratar seu grupo da forma em que gostaria de ser tratado. Que não veja no outro, ou em qualquer condição externa, uma ameaça a sua posição, mas sim, como uma fonte de ensinamentos, um aliado para lapidar suas fraquezas. Há também a importância da confiança, dentro do papel de um líder. A confiança, ou a ausência desta, está diretamente ligada ao sucesso ou fracasso das relações. A forma de se comunicar, também fará toda a diferença nos resultados que o líder será capaz de alcançar. Quando o nível de confiança é elevado, a comunicação se torna espontânea, fácil. Somos seres passíveis de erros, mas quando o erro acontece, ainda assim, as pessoas compreenderão o que se quer dizer. Porém, se o grau de confiança é baixo, a comunicação torna-se um processo prolongado, cansativo e, em algumas vezes, ineficaz.

Não são apenas os conhecimentos técnicos que serão analisados, mas também, e principalmente, sua maneira de trabalhar, suas atitudes, aptidões, capacidades, personalidade e filosofia de trabalho, assim Chiavenato (2004) se refere.

Aidar (2000) faz uma colocação importante em relação à liderança. Ele nota que um bom líder não necessariamente é um líder voltado para o bem, e se a conduta não estiver pautada na integridade, muito provavelmente, o papel que ele desempenha, irá sucumbir.

“O líder indica a conduta e o comportamento que a equipe tem de assumir, sem esquecer o que cada um tem de especial e o que é especial no trabalho que realizam”. (Hunter, 2006, p.117)

Liderança baseada em traços da personalidade

Um bom líder não deve atender especificamente a um conjunto ideal de características, pois cada ser é único, dotados de suas particularidades e suas habilidades, podem variar de acordo com cada situação. Estas características podem ser apresentadas de duas formas distintas, conforme Montana e Charnov (2006) consideram, e serão explanadas abaixo, de forma sumarizada:

Inatas: fazem parte dos traços da personalidade. A pessoa traz consigo, de nascença.

Aprendidas: oposto ao acima citado, estas estão relacionadas ao aprendizado, aos fatos, às vivências, com as experiências pessoais. Não são características que façam parte desde o nascimento.

Em resumo, segundo as afirmações dos autores acima referidos, o fato de uma pessoa não nascer com determinada característica, não decreta que ela não possa vir a aprender, pois quando há determinação e empenho, as mesmas características podem vir a fazer parte de sua conduta, basta que o indivíduo queira.

Em outras palavras, Robbins (2005) se refere às características acima citadas, como a teoria dos traços de liderança, ou seja, aquela que pressupõe que as pessoas nasçam com determinadas características de liderança e não, se “educam” líderes. Bem como há a teoria comportamental de liderança, onde os indivíduos aprenderiam a serem líderes, a partir de programas que inserissem amostras comportamentais àqueles que desejassem tornarem-se líderes dinâmicos, eficientes.

No século 18, autores como Carlyle, Nietzchie e Galton, sugeriram a teoria do grande homem, onde a liderança era vista como uma característica pessoal, independente de contextos. Chegaram a essa definição crendo que os maiores eventos históricos mundiais foram resultados de grandes homens, com traços de personalidade extremamente específicos e vincados, que conseguiram mudar a visão do mundo na época em que viviam, assim afirmam Vroom e Jago (2007). A ideia de um grande homem sugere a imagem de um líder capaz de desempenhar suas funções de forma eficiente em qualquer situação, de forma especial, nas mais difíceis, já que suas características marcantes lhe permitia influenciar o comportamento de outros membros

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