Dízimos Bençãos ou Maldiçoes
Por: Sara • 16/10/2018 • 6.812 Palavras (28 Páginas) • 350 Visualizações
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A Igreja do século XXl e o Dízimo
A igreja do século XXl, tem como fundamentação uma doutrina que vai muito além da doutrina pregada e vivida pela igreja primitiva, principalmente no que se refere ao dízimo. A base da doutrina da igreja primitiva era (Atos 4.32-34). Pois a mesma não tratou da questão do dizimo, segundo a lei de Moises. (Dt.27.19), maldito aquele que perverter o direito do estrangeiro, do órfão e da viúva... desse assunto trataremos no próximo capitulo Benção ou maldição.
Dizimo, Benção ou Maldição
Profeta Malaquias
Ao falarmos sobre benção ou maldição não poderíamos deixar de mencionar o profeta Malaquias, 3.10 no tocante aos dízimos, benção ou maldição? Com base nesta passagem bíblica o profeta nos mostra o que ele queria dizer sobre maldição no tocante aos dízimos, roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais e dizeis: em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda, que nação o profeta se refere? Que maldição ele está falando (V.9)? O profeta se refere à nação de Israel que havia retornado para Judá depois de viver no exilio na Babilônia por um período de 70 anos.
A maldição que o profeta está falando está relatado no livro de Deuteronômio 27. 11-26, onde Moisés recorda ao povo sobre a obrigação para com o órfão, a viúva e o estrangeiro.
Segundo o profeta Malaquias, toda a nação estava amaldiçoada Dt27;19 não cumprido a aliança que foi feita no monte Ebal sobre o dízimo. A nação de Israel sabia que quando não obedecia as leis de Deus, o povo pagaria muito caro sobre as consequências que a lei (aliança) exigia para a nação, para o profeta toda a nação estava amaldiçoada não cumprindo suas obrigações que foram proclamadas no monte Ebal, onde foram ditas as maldições e nele estariam seis tribos, Rúben, Gade, Aser, Zebulom, Dã e Naftali e no Gerizim outras seis tribos, Simeão, Levi, Judá, Issacar, José e Benjamim pronunciando as bênçãos. Tanto as bênçãos como as maldições deveriam ser ouvidas por todas as tribos; para Tiago na sua epístola, diz que todo aquele que guarda a lei e tropeça em só ponto se tornou culpado de todos, então toda a nação era culpada não sendo dizimista segundo a lei.
Na lei quando uma pessoa era amaldiçoada se cumpria algumas penalidades gravíssimas como morte... O dízimo vai além de nossa compreensão, por que requer um conhecimento do que se entende, o valor a ser pago na lei de Moisés era 10% do que possuía, a nação de Israel era uma nação poderosa quando obedecia às lei e estatutos e mandamento, mas quando não dava ouvidos, era uma nação amaldiçoada pelos critérios da lei. No antigo testamento tanto a maldição como as bênçãos, o homem (Judeu) era abençoado ou amaldiçoado segundo a lei de Moisés, para o profeta Malaquias, a nação verdadeiramente está em falta com suas obrigações como uma nação que fizera um pacto, uma aliança com Deus. Hoje se fala muito de quebra de maldições sem um conhecimento especifico sobre esse assunto tão importante.
O Dízimo e a Maldição
O que vemos nos dias atuais são líderes religiosos promovendo um grande enredo em torno do assunto, não sabendo os mesmos que se trata de uma nação especifica (Israel). Quebrando a aliança, Israel estava sobe o domínio da Lei que outrora havia sido estabelecida no monte Ebal, que por sua vez especificava as maldiçoes decorrentes da falta de obediência. Sendo assim não há a menor possibilidade de trazermos para os dias atuais tais maldiçoes, como meio de cobrarmos da igreja do senhor, uma aliança tal qual nós não fazemos parte.
Tratando-se de maldição podemos afirmar o que seria essa para o povo de Israel. Ml. 3.11, e, por causa de vós, repreenderei o devorador para que não vos consuma o fruto da terra. No livro do profeta Joel 1.1-6, que nos fala de várias espécies de gafanhotos que comiam as lavouras, mostrando com isso que não se tratava de demônios como muitos tem dito. Também podemos encontrar no livro do profeta Amós, o próprio Deus nos dando a entender o que de fato são esses devoradores. Am. 4.9, feri-vos com queimadura e com ferrugem; a multidão das vossas hortas, e das vossas oliveiras foi comida pela locusta (devorador) contudo, não vos convertestes a mim, diz o Senhor. Ml.2.8, mas vós vos desviastes do caminho, a muitos fizestes tropeçar na Lei: corrompestes o concerto de Levi diz o Senhor dos exércitos.
A finalidade dos Dízimos no A.T
O dízimo era para mantimento dos Levitas, Sacerdotes, Órfãos, Viúvas e estrangeiros. (Dt.26.12-19). Tendo por base essa afirmação, entendemos que havia uma finalidade predeterminada para o uso dos dízimos. Ao contrário do que se faz nos dias atuais, onde muitos líderes têm se apossado dos dízimos para os seus próprios interesses, enriquecendo-se e, deixando de lado as verdadeiras necessidades da igreja. Muitos estão milionários as custas dos dízimos e não tem dado o real destino para o qual ele foi instituído por Moises. Nm. 18.24-32, nos fala da oferta alçada que era separada para o senhor como oferta santa. Essa oferta alçada era o dizimo dos dízimos que eram separados para o sustento dos Sacerdotes.
O Dízimo para os órfãos, as viúvas e os estrangeiros
Além disso a cada três anos os Levitas deveriam separar os dízimos para sustentarem os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. (Dt.14.28-29). O que vemos nos dias em que vivemos, não encontramos tais realidades, o que na verdade vemos são membros e obreiros passando necessidades por falta de mantimento. Neste caso só comtemplamos os sacerdotes (pastores,etc) sendo abençoados, com a lã e a gordura das ovelhas. Usando de suas pseudas autoridades para definirem o que se deve fazer com os dízimos. ( Gl.6.7) . Usando desses argumentos para arrecadarem grandes somas em dinheiro, para manterem seus interesses financeiros. Ao contrário do que diz o apóstolo Paulo, acerca da contribuição para a Igreja do Senhor nos dias atuais. (2Co.9.7), podemos lembrar da comunidade da Igreja primitiva como era feita a arrecadação para o sustento dos mesmos que, não tinham como se manterem. (At.2.42-47). Observamos que no início da Igreja primitiva não se falava em dízimos, pois os apóstolos entenderam que as alianças feitas com Israel em nada tinham a ver com a igreja que se iniciava. Considerando que os necessitados deveriam ser amparados pela igreja nascente. Considerando tamanha importância
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