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Desenvolvimento Politico,Social e Economico no Periodo Intertestamentário

Por:   •  14/3/2018  •  15.598 Palavras (63 Páginas)  •  336 Visualizações

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Para entendermos alguns aspectos da Revelação de Deus em Cristo Jesus na História da Humanidade precisamos também observar o agir de Deus em um período anterior a Plenitude dos Tempos, o chamado período intertestamentário ou período interbíblico.

DESENVOLVIMENTO POLÍTICO, SOCIAL E ECONÔMICO

NO PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO

Quatro séculos entre o final da história do Antigo Testamento e os primórdios da história do Novo Testamento compreendem o período intertestamentário.

As condições gerais da região da Palestina desse período podem ser relembradas, sabendo-se que houve períodos distintos em que esses quatrocentos anos podem ser divididos:

- O Período Persa: 430-331 A.C.

- O Período Grego: 331-165 A.C.

- Período Egípcio: 323 - 198 a.C.

- Período Sírio: 198 - 165 a.C.

- O Período da Independência ou dos Macabeus: 163-63 A.C.

- O Período Romano: 63 A.C. até Novo Testamento.

Até chegarmos em 430 A.C. vale relembrar os relatos bíblicos sobre os acontecimentos da história dos judeus.

Em 597 A.C. foi deportado o primeiro grande grupo de judeus juntamente com o seu rei Jeoaquim para a Babilônia por determinação de Nabucodonosor (2Cr.36:5,6).Em 587 a.C. durante a revolta do rei Zedequias Nabucodonosor veio a Jerusalém a sitiou e a destruiu (Jr.39:1-8). E em 536 A.C. Ciro baixou um decreto permitindo o retorno dos judeus a sua terra (2Cr.36:22,23; Ag.1:1-4). Em 520 a.C. Ageu trabalha na reconstrução do Templo. Durante o retorno foi grande o número de judeus permaneceram na Babilônia. Em 457 A. C. Esdras regressa liderando uma caravana de judeus (Ed.7:1-8). Os que voltaram estavam vivendo em grande aflição e opróbrio. Em 445 A.C.Neemias vai a Jerusalém (Ne.1:2-4,2:2-8). Encontramos o profeta Malaquias, como contemporâneo de Neemias encerrando assim, por volta do ano 397 A.C., a palavra profética em Israel.

Principais acontecimentos sob os Persas

- Dedicação do Templo em Jerusalém.

Anos se passaram desde que Zorobabel reconduziu os cativos a Sião e que os alicerces do Templo foram lançados. As dificuldades eram quase insuperáveis: lutas, inimigos e outras coisas mais embargavam os passos dos judeus na reconstrução de Jerusalém e o Templo do Senhor. Conta-nos Esdras que, certo Tatenai, governador além do rio Shetar, Bazenai e seis companheiros foram a Zorobabel e insolentemente perguntaram-lhe: “Quem vos deu ordem para reedificar esta casa e contemplardes este muro?” Tatenai escreveu carta a Dario Histaspis acusando os judeus. Dario ordenou que consultassem os arquivos, o que foi feito dando ganho de causa aos judeus. Dario deu aos judeus animais para sacrifícios, azeite, trigo, etc. Retornaram os judeus aos trabalhos de reconstrução do Templo. Em 516 a.C., com alegria geral do povo, a casa de Jeová foi edificada.

- Judeus da Dispersão

Uma das finalidades do cativeiro babilônico foi dispersar os judeus. Isto por sua vez, nos propósitos de Deus, visava preparar o mundo para o advento do evangelho. Quando Ciro e mais tarde seus sucessores proclamaram liberdade aos judeus, muitos voltaram para Jerusalém, mas outros preferiram ficar na sua pátria adotiva. Encontramos desse modo, judeus em muitos pontos do mundo, mas os núcleos principais estavam na Babilônia e Egito.

Sucessos espirituais sob o regime Persa:

a) Idolatria destituída - O cativeiro acabou com a idolatria das dez tribos do Norte e curou para sempre os judeus do pecado da idolatria.

b) Lei observada - Esdras foi o grande legalista que pôs em seu coração buscar a Lei do Senhor para cumpri-la e ensinar ao povo de Israel estatutos e juízos. Desde Esdras a Lei passou a ser padrão de bom viver, de amor e piedade.

C) Inauguração do culto público - Nem todos os judeus voltaram para sua pátria com o Edito de Ciro. Muitos continuaram na Babilônia, outros se valeram da oportunidade de se transferir dali para outros pontos do mundo. Temos aí a dispersão. Impelidos por seus corações a prestarem cultos ao Senhor, começaram, os judeus, em cada cidade a se reunirem em casa de uma família e liam o Velho Testamento, oravam, adoravam o Senhor e no fim vinha o comentário da Lei.

d) Esperança do Messias - Nos períodos de crise espiritual, reverdecia a esperança Messiânica.

A última parte do período Persa

Parece ter sido mais ou menos calma. Existe pouca informação a respeito. A forma sacerdotal do governo judeu foi respeitada e o Sumo Sacerdote recebeu ainda maior poder civil além de seus ofícios religiosos, embora tivesse que prestar contas ao governador Persa. Uma única perturbação notável durante esse tempo foi a disputa pelo cargo de sumo Sacerdote que levou um homem (Jônatas) a assassinar seu próprio irmão (Josué) no recinto do Templo. Para castigar os judeus, os persas impuseram uma severa multa, devastaram parcialmente a cidade e perseguiram os judeus por algum tempo depois disse.

Durante todo o período Persa, os judeus foram excepcionais em sua lealdade ao rei persa. Isso pode ter ocorrido porque havia mais judeus na Babilônia do que na Palestina.

O Período Grego

Também chamado Período Grego – Macedônio. Sua duração 331 – 167. Enquanto a dominação Medo – Persa se esfacelava por tantas revoltas e anarquias em seus domínios, Felipe, o primeiro rei que deu brilho a Macedônia – a Macedônia era um pequeno Estado independente ao lado da Grécia – no ano de 338 a.C. vence uma guerra contra os gregos – a batalha de Queronéia – e ganha a dominação do território Grego-Macedônio.

Macedônia era um pequeno Estado independente da Grécia. Seu povo vivia separado dos gregos, e alguns historiadores afirmam que eram de raça diferente. Quando Atenas, Esparta e Tebas sucessivamente, estavam no apogeu, no esplendor, Macedônia não assava de uma simples colônia de escravos. Ali reinava a confusão, a anarquia, a indolência, por conseguinte a fraqueza e a miséria. Nunca chegou a ser alguma coisa.

Felipe, o 1º rei Macedônico - Felipe é o nome do primeiro rei que deu brilho à Macedônia.

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