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O Homem Econômico, Social e Político

Por:   •  22/12/2018  •  7.188 Palavras (29 Páginas)  •  340 Visualizações

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Vislumbramos a evolução de uma simples partida dobrada até sofisticados registros e relatórios, que servem para tomada de importantes decisões, houve uma grande e considerável evolução, não só dos registros, mas também da profissão contábil.

Posteriormente observa-se o surgimento das escolas doutrinárias e seus precursores, que muito contribuiu para a evolução contábil no Brasil e no mundo, buscando oferecer uma fundamentação da ciência estudada hoje.

Ainda falando de história e evolução da Contabilidade, nos próximos capítulos, nota-se que o Brasil recebeu uma grande influência dessas escolas, e a fim de se encaixar aos padrões contábeis usados pelo mundo, estabeleceu leis e normas que possam ser realizadas.

Subsequentemente nos últimos capítulos analisa-se que profissional de contabilidade possui amplo mercado de atuação, podendo atuar em diversos segmentos, como: em empresas privadas, órgãos públicos, na área acadêmica, autônomo, entre outras áreas. Além de possuir diversas áreas de atuação, o profissional contábil em sua profissão pode vislumbrar diversos fatores que o motivam a prosseguir com a profissão, seja por remuneração, conhecimento, ascensão na carreira, dentre outros.

Contudo, nos últimos capítulos nota-se o porquê cada um dos autores deste projeto escolheu a área contábil como profissão e, como conseguiram ingressar na área, quais as expectativas e o porquê da escolha da Universidade Senac.

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2. HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

Vasconcelos destaca que desde os primórdios da humanidade, o homem buscava condições necessárias para suprir suas necessidades, e evidências são encontradas desde o período Paleolítico Superior, quando o homem, por meio das inscrições em grutas e ossos de animais, espelhava sua produção, fosse ela oriunda da caça ou do cultivo da terra, aplicando intuitivamente noções de controle de patrimônio. (VASCONCELOS, 2000.)

Iudícibus em sua obra relata que, na antiguidade, o homem não possuía conhecimento de números e controle, e tampouco sobre os meses do ano, este só sabia sobre a aproximação da neve, pois as folhas das árvores ficavam amarelas. A partir de então o homem começou a questionar-se do quanto o seu rebanho havia oscilado desde o último inverno, visto que o objetivo era ver sua riqueza aumentar. Nascia então a função da contabilidade: avaliar a riqueza do homem; avaliar os acréscimos ou decréscimos dessa riqueza. (IUDÍCIBUS, 2009).

Com o passar do tempo, o homem começa a fazer marcas em árvores e pedras, podendo, assim, conferir seu rebanho em termos de crescimento, de extravio (pedras) de ovelhas, mortes etc. (IUDÍCIBUS, 2009, p. 7).

Nota-se que a Contabilidade já existia em função de controlar, medir e preservar o patrimônio e até mesmo em função de trocar bens. Considerando a expansão do comércio, a Contabilidade apareceu com o intuito de fornecer informações que controlassem os negócios.

Obviamente a contabilidade teve uma evolução relativamente lenta até o aparecimento da moeda, Iudícibus relata:

Praticamente no século XIII é que os números hindu-arábicos (0, 1, 2, 3, ...) vieram substituir o sistema greco-romano (I, II, III, IV, ...) e hebraico, que usavam letras para contar e calcular (desconheciam o zero). (IUDÍCIBUS, 2009, p. 8).

Com o passar dos anos a Contabilidade teve seu florescer nas cidades italianas de Veneza, Gênova, Florença, Pisa e outras, tais cidades estavam em alta demanda em termos mercantis mormente a partir do século XIII até o início do século XVII. É, neste período que Pacioli escreveu seu famoso Tractatus de Computis et Scripturis, o primeiro a dar uma exposição completa do que seria a Contabilidade. (IUDÍCIBUS, 1981).

O primeiro codificador da contabilidade foi um frei franciscano chamado Irmão Luca Pacioli, que passou a maior parte de sua vida como professor e estudante [...].

[...] O livro escrito por Pacioli era intitulado Summa de Arithmetica, geometrica, proportini et proportionalitá. Apareceu em Veneza em 1494 [...] A Summa era principalmente um tratado de matemática, mas incluía uma seção sobre o sistema de escrituração por partidas dobradas, denominada Particularis de Computis et Scripturis [...]. (HENDRIKSEN; BREDA, 2016, p. 39).

Muitas obras mencionam que a Contabilidade teve grande marco a partir da obra de Pacioli, outros mencionam que foi o produto de muitas mãos. Diante desses fatos Iudícibus afirma sobre a obra de Pacioli:

Qualquer que seja sua origem, essa inovação revolucionária nos métodos contábeis teve importantes consequências econômicas, comparáveis à descoberta da máquina a vapor trezentos anos depois. (IUDÍCIBUS, 2009, p. 19).

2.1. PRINCIPAIS PENSADORES

Antes de Pacioli, entretanto, é preciso ressaltar que alguns autores tiveram grande importância como percursores de seu trabalho, sendo eles:

1202 – Leonardo Fibonacci lançando seu Liber abaci, um compêndio sobre o cálculo comercial podendo ser considerado marco que separa a Contabilidade antiga da moderna. (IUDÍCIBUS, 2009)

1340 – Francesco di Balduccio Pegolotti com o livro La pratica dela mercatura uma Manual do comerciante, obra importante para a análise da evolução da Contabilidade e, principalmente, dos usos e costumes comerciais. (IUDÍCIBUS, 2009). Após a disseminação do livro de Luca Pacioli, houve uma necessidade de buscar mais conhecimento, assim nasceu as escolas de teoria contábil que buscavam oferecer uma fundamentação da ciência estudada hoje.

Os estudiosos de vários países estabeleciam preposições, metodologias e conceitos a serem ensinados aos alunos de contabilidade, porém como não havia um consenso, existia uma divergência de opiniões, onde cada escola buscava defender suas opiniões.

Na Itália divulgou-se o método das partidas dobradas. Na França e Alemanha, várias correntes de estudiosos contábeis foram desenvolvidas. Na Inglaterra, desenvolveram-se fortemente os procedimentos de auditoria e lá, como se acabou de observar teve início a Revolução Industrial, que desencadeou uma série de outros eventos que impulsionaram grandemente a contabilidade. (COELHO; LINS, 2010, p. 133)

Porém, a partir do século XX, a Europa foi perdendo sua hegemonia para os Estados Unidos, que considerava mais importante as informações geradas pela contabilidade

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