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A Teologia Sistemática

Por:   •  5/12/2018  •  16.004 Palavras (65 Páginas)  •  287 Visualizações

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A revelação de Deus ao homem através dos tempos tem sido por meio das obras que Ele criou (Rm 1.20, Sl 19.1-6). Além das obras, a maior fonte de revelação de Deus está em sua Palavra, a Bíblia Sagrada. Costuma-se dizer que essa revelação é dupla, sendo a Bíblia a palavra escrita e Cristo a palavra viva. Essa dupla revelação tornou-se necessária devido a queda do homem. Ao estudarmos a Bíblia devemos considerar as seguintes afirmações:

a) A Palavra de Deus é o único manual do cristão - Os manuais existem para orientar as pessoas sobre os procedimentos corretos em determinadas ocasiões. Dessa forma, a Bíblia nos ensina a servir ao Senhor, a empregar bem as orientações deixadas por Deus para uma vida feliz e para a correta realização de Sua obra. É também a Bíblia que nos mostra o caminho da salvação, da santificação e da vida eterna. A eficiência no uso da palavra vem do exercício constante, da prática (1 Pe 2.9, 3.15; Ef 2.10; 2 Tm 2.15; Is 34.16; 55.11; Sl 119.130).

b) A Palavra de Deus alimenta nossa alma - O estudo da Palavra é uma nutrição perfeita para nosso crescimento espiritual. Todo alimento só nutre o corpo se for absorvido pelo organismo e se for ingerido com regularidade. Quem não tem apetite pela Palavra de Deus não tem também saúde espiritual (Mt 4.4; Jr 15.16; 1 Pe 2.2).

c) A Palavra de Deus é um instrumento do Espírito Santo (Ef 6.17) - O Espírito Santo tem mais instrumentos para operar onde há abundância da Palavra de Deus. Quando estamos imersos na Palavra, o Espírito atua mais livremente em nossa vida (Sl 1.2; Js 1.8).

d) A Palavra de Deus nos enriquece espiritualmente - Por não conhecer adequadamente a Palavra de Deus, muitos cristãos se tornam fanáticos. Em vez de deixarem o Espírito Santo usá-los, querem usar o Espírito Santo para fazer suas vontades. Por outro lado, há os que conhecem a Palavra, mas a falta de correta e pronta orientação espiritual, principalmente aos novos convertidos, podem resultar em vidas desequilibradas e doentias pelo resto da existência (Sl 119.72; Ef 1.17; 1 Co 2.10).

e) A Palavra de Deus renova a fé do cristão - Para termos nossas orações respondidas por Deus, precisamos apoiar nossa fé nas promessas contidas em sua Palavra. Por outro lado, a Palavra de Deus desperta fé em nós. Precisamos pedir conforme a vontade de Deus. E uma forma de conhecer a vontade de Deus é por meio de sua Palavra (Jo 15.7; Rm 10.17; Jo 5.14).

- Como deve ser o estudo Bíblico

Para tirar o máximo aproveitamento da Bíblia, devemos estudá-la:

a) Conhecendo o seu autor - A Bíblia é o único livro cujo autor está presente quando alguém o está lendo. Ninguém explica melhor um livro do que seu próprio autor. Conhecendo e amando o autor da Bíblia, fica mais fácil compreender Sua vontade.

b) Diariamente - Como alimento espiritual, a Bíblia só surte efeito se for degustada diariamente, como nossas principais refeições. Caso isso não aconteça, o crente será alvo da destruição espiritual (Dt 17.19; Jo 16.12; Hb 5.12; Mc 4.33).

c) Com reverência - A maneira como lemos a Bíblia é importante para determinar o aproveitamento dessa leitura. É importante observar o seguinte: (I) Estudar a Bíblia como a Palavra de Deus, e não como um livro qualquer; (II) Estudar a Bíblia em atitude de oração, com o coração voltado para Deus; (III) Estudar em atitude de humildade (Tg 1.21); (IV) Estudar crendo em seu ensino (Lc 24.25).

d) Com oração - A melhor leitura bíblica é aquela feita vagarosamente, com meditação, a exemplo dos servos de Deus no passado (Sl 119.12,18; Dn 9.21-23; Sl 73.16-17). A meditação aprofunda a compreensão.

e) Completamente - Existem textos bíblicos que não recebem a devida atenção dos seus leitores. Ler a Bíblia toda, em atitude de oração e meditação, ajuda a compreender melhor Sua mensagem.

- Tema central da Bíblia

A Redenção é o tema central da Bíblia com o personagem principal sendo Jesus, conforme Ele mesmo declara em Lc 24.44; Jo 5.39; At 3.18; 10.43 e Ap 22.16.O nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo, estão desde Gênesis a Apocalipse e é o ponto central da palavra Jo 3:16.

- A Origem da Bíblia

Segundo a tradição cristã, a Bíblia foi escrita por 40 autores, entre 1 500 a.C. e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e entre 45 d.C. e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos.

É o livro mais vendido de todos os tempos com mais de seis bilhões de cópias em todo o mundo, uma quantidade sete vezes maior que o número de cópias do 2º colocado da lista dos livros mais vendidos, O Livro Vermelho.

Não encontramos o vocábulo “Bíblia” no texto das Sagradas Escrituras. Esse nome provém do grego βιβλία (bíblion), que significa “rolo” ou “livro”, diminutivo de "byblos", tendo como origem o termo “papiro”, provavelmente do nome da cidade de onde esse material era exportado para a Grécia, Biblos, atual Jbeil, no Líbano.

A bíblia e conhecida por vários nomes: Escrituras (Mt 21:42), Livro do Senhor (Is 34:16), Palavra de Deus (Mc 7:13), Oráculos de Deus (Rm 3:2), no Salmo 119 o Salmista a chama de lei, mandamentos, testemunhos, estatutos, juízos e preceitos.

- Tradição Escrita

A forma de escrita mais disseminada na Antiguidade era com o uso do papiro. Por sua vez, os gregos chamavam o papiro de biblos, um rolo de papiro era um bíblion e vários destes era uma “bíblia” ou livro. A palavra “bíblia” significa, assim, “livros pequenos” ou “coleção de livros pequenos”. Grande parte dos escritos sagrados nas sinagogas era escrita em papiro (Lc 4.17).

A Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego. Os materiais mais usados foram o papiro e o pergaminho, que na época eram bastantes populares.

A escrita teve origem na Região da Mesopotâmia, nessa época, os escribas contavam com o auxílio de cálamos, que seriam os “ancestrais de nossas canetas-tinteiro e de nossas esferográficas”. Tempos depois aparece o papiro no Egito, feito de fibra vegetal, representou um avanço na escrita, já que ate então se usavam pedras madeira e barro para gravar a escrita, porém o fato de ser frágil, caro, de difícil transporta e com limitação de escrita em apenas uma das faces representava uma desvantagem. O papiro foi um dos principais materiais usados para escrever os manuscritos

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