PROJETO SERVIÇO DE ATENÇÃO À ADOLESCENTE GESTANTE - SAAG

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PALAVRAS-CHAVE: Serviço, Proteção, Adolescente, Gestante.

1. INTRODUÇÃO

Jesus Cristo deu à Sua Igreja uma responsabilidade e uma missão específica em cumprimento de Seu plano.

Jesus Cristo entregou à Sua Igreja - esse corpo de crentes espiritualmente transformado - a responsabilidade de realizar essa tarefa. A missão da Igreja é pregar o evangelho do Reino de Deus e fazer discípulos em todo o mundo, ensinando-lhes exatamente o que Jesus ensinou (Marcos 16:15, Mateus 24:14; 28:19-20).

No entanto, Jesus nos ensinou através da sua vida algo que caminha junto e propicia o ensinamento da sua palavra – O Serviço.

A lógica de Jesus Cristo é a do serviço. Os dons (talentos), as riquezas e o poder devem ser colocados a serviço dos outros. Não é um mal ter inteligência e boa formação: grave é quando tais capacidades são usadas para dominar.

Os dons devem ser colocados a disposição, portanto, assim surge a ideia de trabalhar com adolescentes gestantes e em condição de vulnerabilidade na cidade de Joinville.

2. JUSTIFICATIVA

O município de Joinville, localizado no Estado de Santa Catarina possui aproximadamente 600.000 mil habitantes.

O crescimento desordenado da região do entorno das indústrias e universidades tem ocasionado o aumento do fluxo de pessoas em situação de pobreza, vulnerabilidade social, bem como surgimento de problemas como o consumo de álcool e drogas, desemprego, marginalidade e prostituição principalmente com relação às meninas adolescentes, que da forma mais comum, engravidam entre os 12 e 18 sem qualquer condição de manter-se nos estudos ou desenvolver um trabalho que lhes capacite, ao menos a manutenção dessa nova vida.

Diante dessa realidade, cumpre à Igreja dar o apoio ao Governo Municipal criando um Serviço de Atenção à Adolescente Gestante - SAAG.

A ideia a ser realizada é dar acolhida, apoio, orientação e acompanhamento às gestantes adolescentes informando e capacitando para uma atividade profissional, bem como esclarecendo a garantia dos seus direitos e cidadania, com ênfase no direito à convivência familiar e comunitária, por meio de ações como grupos de convivência, cursos profissionalizantes, oficinas de trabalhos manuais e palestras sócio-educativas.

Diante do que tem sido observado em várias comunidades da cidade, percebe-se a necessidade de realizar um trabalho de apoio psicossocial às gestantes adolescentes, que busque proporcionar a essas meninas segurança e confiabilidade, informações e orientações de modo que elas sintam-se acolhidas e preparadas para a chegada do bebê, e que possam vir a prover o sustendo de sua prole.

Entendemos que a adolescente gestante está vulnerável durante a gestação exposta às múltiplas exigências e vivencia um período de reorganização corporal, bioquímica, hormonal, familiar e social que a faz ficar propensa a uma multiplicidade de sentimentos (Falcone Mader, Nascimento, Santos & Nóbrega, 2005).

A gestação é um período que envolve grandes mudanças biopsicossociais, ou seja, há transformações não só no organismo da mulher, mas também no seu bem-estar, o que altera seu psiquismo e o seu papel sócio familiar. No caso de gestantes adolescentes, essas mudanças são ainda mais intensas, por conta do estado de desenvolvimento do seu corpo. É sabido que a intensidade das alterações psicológicas dependerá de fatores familiares, conjugais, sociais, culturais e da personalidade da gestante, no entanto o fato de ser adolescente acarreta maiores preocupações.

A mudança de papel social é outro fator importante a ponderar, pois durante nove meses estará se instalando no corpo de um recém criança uma nova identidade. Deixará de ser apena filha para se tornar mãe.

Maldonado (1988) cita que a gravidez é uma transição que faz parte do processo de desenvolvimento e envolve a necessidade de reestruturação em várias dimensões; uma delas é a mudança de identidade e a nova definição de papéis. Que no caso da adolescente ainda não está sequer definido para no mesmo momento enfrentar um novo pápel. A adolescente não definiu nada sobre a sua vida sequer e terá que tomar decisões acerca da nova vida que está gerando.

O grupo de adolescente gestantes na igreja deverá ser um espaço de reflexão sobre as diversas mudanças que atravessarão na gestação, possibilitando a troca de informaçõe objetivas sobre o ciclo gravídico-puerperal, proporcionando um espaço grupal de discussão dos diferentes aspectos que envolvem a gravidez, o parto, o puerpério e os cuidados com um filho recém-nascido, auxiliando na expressão dos sentimentos, além de servir como um grupo de apoio na elaboração dessa “nova situação de vida” que pode se tornar problemática quer seja pelas intercorrências orgânicas, quer pelas subjetivas. E ainda, um local onde possam ser estimuladas ao desenvolvimento de uma atividade profissional para sua própria manutenção, bem como esclarecimentos sobre direitos e deveres seus e em relação à nova vida em gestação.

3. PROBLEMA

Diante do que tem sido observado em várias comunidades da cidade, percebe-se a necessidade de realizar um trabalho de apoio psicossocial às gestantes adolescentes, que busque proporcionar a essas meninas segurança e confiabilidade, informações e orientações de modo que elas sintam-se acolhidas e preparadas para a chegada do bebê, e que possam vir a prover o sustendo de sua prole.

4. OBJETIVOS

4.1 GERAL

Realizar um trabalho psicossocial, de orientação e apoio às gestantes adolescentes grávidas em situação de risco e vulnerabilidade social propiciando as mesmas e suas famílias uma melhor qualidade de vida.

4.2 ESPECÍFICOS

• Criar um espaço de conscientização acerca da atual condição da adolescente gestante;

• Criar um espaço de compartilhamento de informações e reflexões acerca das mudanças ocorridas na gestação;

• Orientar, informar, acolher e promover autoconfiança e bem-estar das gestantes adolescentes;

• Desenvolver comportamentos saudáveis;

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