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PROJETO DE EXTENSÃO PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Por:   •  24/12/2018  •  4.183 Palavras (17 Páginas)  •  397 Visualizações

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Resumo:

Dentre as variadas faces da violência e dos diversos indivíduos que vivenciam, destacamos as exercidas contra crianças e adolescentes, os quais atualmente são percebidos por estudiosos como vítimas “privilegiadas” nessas manifestações. O Projeto de Extensão “Prevenção da violência contra crianças e adolescentes: estudos e articulações da rede de atendimento no Município de Porto Alegre do Norte-MT” se propõem a trabalhar a problemática da violência voltada a meninos e meninas com profissionais que atuam junto à área da criança e do adolescente, assim como com pais/responsáveis e as próprias crianças e adolescentes. Para tanto, afirma como proposta central reconhecer a violência contra crianças e adolescentes em Porto Alegre do Norte, buscando capacitar multiplicadores sociais para identificar e intervir na problemática, numa perspectiva de trabalho em rede, fortalecendo o atendimento integral a estes sujeitos na realidade local. Nesta perspectiva, a metodologia a ser adotada perpassa a realização de estudos na área e a execução de projetos de intervenção, segundo as demandas apresentadas. As ações buscam viabilizar a capacidade dos próprios sujeitos de modificar sua realidade e afirmar o trabalho em rede, incentivando a construção de uma cultura de valorização da infância e da adolescência.

Palavras - chave: Criança e Adolescente. Prevenção. Violência.

INTRODUÇÃO

Dentre as variadas faces da violência e dos diversos indivíduos que vivenciam e compartilham suas manifestações, destacamos as exercidas contra crianças e adolescentes, os quais atualmente são percebidos por estudiosos como vítimas “privilegiadas” nessas manifestações. É fato constatado que o fenômeno vem ganhando visibilidade no cenário nacional, chamando à responsabilidade, principalmente, o Estado, que, diante da repercussão da violência, vem reconhecendo-a como um desafio a ser enfrentado pelos órgãos governamentais. Além dos órgãos governamentais, a participação da sociedade civil também se faz necessária, haja vista que a violência interfere diretamente na dinâmica das relações interpessoais e na dinâmica das relações sociais mais amplas. Nesse sentido, a violência familiar contra crianças e adolescentes representa um problema de necessária intervenção, pois acarreta diversas conseqüências à vida das crianças e dos adolescente, repercutindo, de forma direta ou indireta, no meio social. A abordagem da violência exige estratégias que dêem conta não apenas de intervir nos agravos causados por ela, mas, principalmente, prevenir suas manifestações. A prevenção representa a estratégia privilegiada para o combate mais eficaz da produção e/ou reprodução da violência contra crianças e adolescentes, pois inibe a propagação dos atos de violência e, assim, o ciclo de violência. Ela deve se dar através de ações contínuas, que desnaturalizem a

percepção da violência como forma de resolver conflitos. Esta abordagem se torna mais eficaz através da efetivação da proposta de atenção integral às crianças e adolescentes, considerando-se as particularidades do fenômeno na realidade municipal. Isso se torna possível através da formação de redes sociais. Na área da criança e do adolescente, a rede representa as ações integradas entre as diversas instituições e seus profissionais, tendo como prioridade o atendimento integral a estes sujeitos na realidade local. Nesta perspectiva, este estudo objetiva socializar as intervenções do Projeto de Extensão “Prevenção da violência contra crianças e adolescentes: estudos e articulações da rede de atendimento no Município de Porto Alegre do Norte-MT”, possibilitando uma reflexão sobre os objetivos propostos e os resultados alcançados. O referido projeto tem como objetivo principal reconhecer a violência contra crianças e adolescentes no Município de Porto Alegre do Norte, buscando capacitar multiplicadores sociais para identificar e intervir na problemática, numa perspectiva de trabalho em rede, fortalecendo o atendimento integral a estes sujeitos na realidade local. Partindo desta proposta central, destaca-se o diagnóstico, através dos espaços de atenção a crianças e adolescentes, as configurações da violência, suas causas e conseqüências; elaboração de subprojetos de prevenção à violência contra criança e adolescentes numa perspectiva de fortalecimento da rede e de continuidade ao atendimento; capacitação de profissionais das instituições que atendem crianças e adolescentes para identificar e desenvolver ações de prevenção e intervenção nos casos de violência constatados; desenvolvimento de atividades com as crianças e os adolescentes, assim como com seus familiares, buscando afirmar a importância do convívio familiar e a superação dos atos de violência; promoção da integração entre instituições, famílias e comunidades, estimulando a participação destes no combate à violência, promovendo a construção coletiva de conhecimentos, e proporcionar espaços de discussão e reflexão para os acadêmicos, e, assim, a construção de conhecimentos e de ações, numa perspectiva multiprofissional e interdisciplinar. Sendo assim, o projeto se propõe a realizar estudos e intervenção junto ao fenômeno da violência contra crianças e adolescentes no Município de Porto Alegre do Norte, privilegiando a prevenção através da articulação de diferentes áreas da criança e do adolescente e os diferentes atores sociais. De forma geral, acreditamos que assim como a violência é construída socialmente, ela pode ser também “desconstruída”. Essa desconstrução torna-se possível através de ações de prevenção, bem como de estratégias que viabilizem e que fortaleçam o trabalho em rede.

REFERENCIAL TEÓRICO

A violência revela-se, atualmente, como um fenômeno que se dissemina no meio social, em suas variadas formas, atingindo um número expressivo de pessoas, sem distinção de sexo, raça/etnia, condição sócio-econômica, religião ou idade. Contudo, são as crianças e os adolescentes as vítimas mais freqüentes das expressões da violência, isso justificado, entre outros aspectos, pela fragilidade desses sujeitos. Muitos são os relatos de meninos e meninas que são, cotidianamente, submetidos às mais diversas e dolorosas manifestações de violência – física, psíquica e emocional – em todo o cenário do mundo. No Brasil, ainda que amparados por um Estatuto próprio, afirmando em seu artigo 5º que: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,

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