Contexto Geral do livrp de Atos

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Religiões Orientais

Religiões de mistério gregas exerciam atração nas massas. Estas religiões apresentavam cerimônias secretas e dramáticas que realçavam certas ideias concernentes a perpetuação da vida. Alguns exemplos deste tipo de religião são: Orfismo, culto da mãe dos deuses e de Attis. Do Egito veio o culto de Ísis ou Serápis ou Osiris. Havia ainda o Mitraísmo. Em aspectos superficiais essas religiões assemelhavam-se ao Cristianismo por organizarem seus seguidores em pequenos grupos. Quanto aos aspectos mais profundos estavam muito longe da verdade.

Curiosidade e anseios religiosos

Como vimos acima, a época em que o Cristianismo lançou suas primeiras raízes, era marcada por religiosidade. Havia um profundo anseio no conhecimento das formas de religião e muita ansiedade por ideias e crenças que trouxessem satisfação à alma. É significativo que em relação ao Cristianismo houvesse três coisas pertinentes:

- Uma crença progressiva num Deus universal;

- Um sentimento de culpa, de pecado, muito generalizado e, em consequência, um anseio, um desejo intenso de purificação;

- Por fim, um grande interesse na vida após a morte.

O Judaísmo não podia ser uma religião universal

Veremos adiante que o Judaísmo foi uma das maneiras que Deus usou o povo judeu para preparar o mundo ao advento do Cristianismo; porém, ele jamais poderia ser uma religião universal, ainda que fosse a melhor religião da época. Esta impossibilidade se dava por causa do caráter seus líderes. Eles alimentavam um estreito preconceito racial, que restringia a religião judaica unicamente ao povo judeu, opondo-se à obra missionaria realizada nos tempos do cativeiro babilônico. Tendo analisado os principais aspectos do ambiente para o qual veio Cristo e o Cristianismo, vejamos agora de que forma Deus usou estas situações e três povos especificamente, para produzir a "plenitude dos tempos"

Contribuição dos Povos

Contribuição dos Romanos

Foram quatro as contribuições do povo romano para a plenitude dos tempos.

Domínio mundial de Roma

Os limites do Império Romano por volta do ano 50 A.D. abrangia a Europa ao sul do Reno, a maior parte da Inglaterra, o Egito e toda a costa norte da África, como também parte de Ásia, desde o Mediterrâneo à Mesopotâmia. Era o mundo romano. Seus habitantes ignoravam os habitantes que estavam fora de suas fronteiras.

Este domínio mundial de Roma fez com que os homens da época estivessem acostumados com a ideia de um governo único e centralizado, um único rei e senhor. Assim, não era estranho ao romano quando um cristão falava de um reino do Rei dos reis e Senhor dos senhores, como já considerado o imperador romano.

Os povos unificados

Outro aspecto do domínio romano foi a unificação dos povos. Todos os aspectos raciais não mais existiam dentro do império, havia um único povo. Este aspecto ensinou à mente do cidadão romano, o aspecto universal do Cristianismo, onde não existem conceitos de raça, cor, etc...

Pax romana

Além disso, o poder de Roma trouxe uma paz universal, A PAX ROMANA. As guerras entre as nações tornaram-se quase impossíveis sob a égide desse poderoso império. Isto favoreceu extraordinariamente a propagação do Evangelho, uma religião que tinha cunho universal. Outros aspectos desta paz estão no próximo tópico.

Intercâmbio entre os povos

Finalmente, os romanos eliminaram os salteadores de regiões perigosas e dos mares, tornando o comércio livre e tranquilo. As estradas construídas pela sábia, forte e vigilante administração romana, ligaram todo o império e possibilitaram aos habitantes romanos viagens rápidas (para a época) e seguras. Os primeiros missionários usufruíram grandemente destas construções romanas.

Contribuição dos Gregos

Os gregos, por sua vez, contribuíram da seguinte forma para a preparação do mundo para o Cristianismo:

Os filósofos gregos incentivaram as atividades intelectuais.

Por muitos séculos antes da era cristã os gregos eram detentores da vida intelectual mais vigorosa, mais desenvolvida do mundo. Através de seus filósofos e pensadores, eles levaram os homens a indagações profundas acerca do sentido da vida, gerando um anseio pessoal pelas questões da vida após a morte, bem e mal, significado do mundo, do homem, etc...

Enquanto despertavam estas questões nos corações humanos, os gregos por outro lado contribuíram para a decadência das religiões romanas, as quais se mostravam completamente ininteligíveis, quando os homens se aprofundavam no uso da razão. Porém, mesmo as filosofias gregas falharam e os homens se voltaram para as religiões de mistério, em busca de respostas.

Os gregos espalharam uma língua universal.

O Evangelho precisava de uma língua universal para poder exercer um impacto real sobre o mundo. Assim como o inglês nos tempos modernos e o latim no mundo medieval, o grego ao tempo que o Império Romano aparece como uma língua universal.

Desta forma, os cristãos, por onde quer que passassem, podiam comunicar a fé que tinham crido e que alcançaria, por mais esta facilidade, todo o mundo civilizado em menos de 200 anos.

Contribuição dos Judeus

Para finalizar temos as muitas contribuições judaicas:

Monoteísmo

O Judaísmo contrastava claramente com as demais religiões romanas pagãs, ao fundamentar-se num solido monoteísmo espiritual. Nunca, depois do cativeiro babilônico, os judeus caíram em Idolatria. A mensagem de Deus para eles, através de Moisés ligava-os ao único Deus verdadeiro de toda a terra. Este sublime monoteísmo foi espalhado por numerosas sinagogas localizadas em volta da área mediterrânea durante os três últimos séculos anteriores à vinda de Cristo.

Esperança messiânica

A esperança de um Messias que estabeleceria a justiça na terra. Esta