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TCC Logística - A movimentação de resíduos hospitalares

Por:   •  15/10/2018  •  7.265 Palavras (30 Páginas)  •  340 Visualizações

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Seguindo normas técnicas da ABNT_NBR 10.004 (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que oferecem risco potencial aos seres vivos e/ou ao meio ambiente. Resoluções do CONAMA 358 (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. RDC Nº 306 de 07 de Dezembro de 2004 (Resolução da Diretoria Colegiada) dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviço de saúde, e ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e utilizando-se ainda o Manual do PGRSS (Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde) que norteia o estabelecimento de como proceder.

Durante o estudo, em Novembro de 2014 foi realizada uma pesquisa de campo no processo da coleta interna do Hospital Estadual de Sapopemba, e foram adquiridas informações junto às empresas que participam do processo de coleta externa do hospital, que por sua vez, encaminham os resíduos para a sua destinação final.

O estudo tem como objetivo explicar sobre a logística da movimentação dos resíduos hospitalares e sua destinação final, através de pesquisas, visitas técnicas entrevistas com profissionais da área. Além de verificar as ações logísticas que o hospital desempenha e as consequências dessas para o meio ambiente. Focando no processo de coleta dos resíduos, transporte, descarte e tratamento. Buscando aprimorar o processo, trazendo um custo menor e em menor tempo.

A destinação dos resíduos hospitalares deve ser realizada por empresas especializadas, que respeitem as normas regulamentadoras do processo. Além da preocupação com o manejo correto dos resíduos pelos coletores, minimizando ao máximo o risco de acidentes ou contaminação.

Através do estudo de caso, realizado no hospital Sapopemba em Novembro de 2014, foram encontradas algumas irregularidades, que podem comprometer a saúde do coletor, como por exemplo, a falta de trava portas nas salas de expurgo, onde o mesmo utilizava uma lixeira para manter a porta aberta durante o processo de coleta dos resíduos; bem como o fato de não fazer uma correta mensuração do peso dos resíduos divididos por setor, o que compromete o valor total pago pela coleta dos resíduos. Além disso, a mão-de-obra requer um melhor treinamento e conscientização de sua importância em todo o processo.

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CAPÍTULO 1

O objetivo deste capítulo é apresentar o objeto de estudo utilizado para fundamentar o trabalho e demonstrar passo a passo da coleta interna de resíduos hospitalares.

1.1 Caracterização do objeto de estudo

O estudo principal baseia-se na rotina vivenciada no Hospital Estadual de Sapopemba SECONCI OSS, propriedade pública com sede na Rua Manoel França dos Santos, 174Jardim Sapopemba – São Paulo - SP. Em atividade desde 05 de Abril de 2003. Sua estrutura física possui 12 andares, dividindo-se em 2SS (2º subsolo), 1SS (1º subsolo), Térreo (recepção, ambulatório e pronto socorro – adulto, infantil,obstétrico e ginecológico), PI (piso intermediário – área administrativa, gerências e laboratório), 1º andar (pediatria – canguru, clínica pediátrica, unidade de cuidados intermediários neonatais, unidade de cuidados especiais), 2º andar (clínica cirúrgica – geral, mastologia, urologia, plástica, vascular, ortopedia, ginecologia, pediatria obstetrícia, hospital dia), 3º andar (clínica médica), 4º andar (ortopedia), 5º andar (centro de parto normal), 6º andar (UTI Neo natal), 7º andar (UTI Adulto) e 8º andar (centro cirúrgico e obstétrico).

Sendo o hospital um grande gerador de resíduos, para haver uma destinação adequada dos mesmos, a instituição deve seguir algumas normas regulamentadoras e criar o PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde), um plano com um conjunto de procedimentos planejados e implementados para gerenciar os resíduos provenientes dos serviços de saúde, seguindo, rigorosamente as legislações da ANVISA, RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) Nº 306 e CONAMA 358 (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

O PGRSS é aplicável a todas as etapas de manejo de resíduos: segregação, acondicionamento, coleta interna I, armazenamento temporário, coleta interna II, armazenamento externo, coleta externa, tratamento e disposição final.

1.2 Processo de coleta interna

Para que os resíduos sejam corretamente descartados nos locais adequados, é necessário que passem por um processo de coleta interna no hospital, desde o setor em que foi gerado até o expurgo, onde se iniciará o processo de coleta externa.

1.2.1 Tipos de resíduos

Os resíduos de serviços de saúde devem ser classificados de acordo com os riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública para que tenham gerenciamento adequado. De acordo com a Resolução CONAMA 358/2005, estão divididos em cinco grupos:

1.2.1.1Grupo A (potencialmente infectante)

São resíduos com possível presença de agentes biológicos que, por suas características ou concentrações, podem apresentar risco de infecção. São segregados no local da geração, e acondicionados em embalagens plásticas de cor branca.

Este grupo subdivide-se em cinco classes.

- A1 – Culturas e estoques de microorganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microorganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. Como, por exemplo, bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido; além daquelas oriundas de coleta incompleta.

- A2 – Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos; bem como suas forrações e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microorganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos, ou não, a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica

- A3 – Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou

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