TCC Engenharia Ambiental
Por: Salezio.Francisco • 24/10/2017 • 4.712 Palavras (19 Páginas) • 580 Visualizações
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Todos os dias, diversos veículos automotores circulam pelas ruas dos municípios, e de alguma forma sofrem algum tipo de manutenção, imprescindível para um bom funcionamento e para segurança dos usuários. Com o crescimento do número de veículos, aumenta a demanda por serviços das oficinas de manutenção. Entre esses estabelecimentos encontram-se as oficinas mecânicas, que realizam atividades geradoras de resíduos sólidos e efluentes, sendo assim potenciais fontes de poluição e contaminação do ambiente. Diversos tipos de resíduos sólidos estão associados a essas atividades, entre os principais encontram-se pneus, latarias, óleos lubrificantes, graxas, resíduos sólidos contaminados com esses materiais, como os panos e estopas sujos, tintas, solventes, embalagens de peças.
Além disso, esses empreendimentos apresentam portes diversos e produzem quantidades de resíduos sólidos e efluentes muitas vezes desconhecidas pelos órgãos ambientais, assim como a destinação dada aos mesmos. Nesse contexto torna-se inerente a dificuldade em controlar impactos ambientais causados pelas oficinas mecânicas, devido à escassez de estudos e informações sobre as questões ambientais relacionadas ao setor, à carência de informações a respeito dos resíduos sólidos gerados e seus destinos e também pelo fato desses empreendimentos não serem objeto de licenciamento ambiental, mesmo a nível municipal, que discipline os procedimentos necessários para normatização dessas atividades. (MOREIRA, 2001).
Diante desse contexto, o diagnóstico dos resíduos sólidos e das águas residuárias gerados em oficinas mecânicas é de fundamental importância para a elaboração de um sistema de gestão ambiental eficaz.
O município de Esteio - RS apresentava em 2012, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma frota de 26.871 automóveis, além de outras categorias como caminhonetes, caminhões, tratores, ônibus.
Com o crescimento do número de veículos, aumenta a demanda por serviços das oficinas de manutenção. Entre esses estabelecimentos encontram-se as oficinas mecânicas, que realizam atividades geradoras de resíduos sólidos e efluentes, sendo assim potenciais fontes de poluição e contaminação do ambiente.
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OBJETIVOS
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Objetivo geral
Apresentar o diagnóstico do gerenciamento dos resíduos gerados em quatro oficinas mecânicas localizadas na cidade de Esteio - RS.
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Objetivos específicos
Os objetivos específicos são:
- Realizar o diagnóstico qualitativo de resíduos gerados pelas ofcinas em questão;
- Fornecer subsíduos para melhor gestão dos resíduos de oficinas mecânicas.
- Identificar o tratamento e a disposição final dos resíduos sólidos gerados no seguimento.
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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ATIVIDADEs desenvolvidas em OFICINAs MECANICAs
As oficinas mecânicas realizam diversos tipos de atividades relacionadas à reparação de veículos como: retíficas de motores, troca de óleo lubrificante, substituição e limpeza de peças, entre outras.
A retífica de motores pode ser definida basicamente, como uma forma de consertar as peças que estragaram devido ao desgaste. Dessa forma, pode-se fazer uma retífica parcial ou total, tudo depende de quais são as condições internas do carro. É um processo de manutenção do motor para reparar pequenos danos causados pelo desgaste natural de sua utilização, prolongando sua vida útil. Trata-se do processo de usinagem de todos os elementos contidos no motor como virabrequim, bielas, bloco, cabeçote, comando, volante, válvulas de admissão e escape, sede de válvulas, etc. Assim como a troca de elementos fundamentais (que não podem passar pelo processo de usinagem) como bronzinas de bielas, bronzinas de mancais, pistões, anéis e/ou pinos dos pistões, juntas, retentores, gaxetas, selos da galeria d'água de bloco e cabeçote, etc. O processo é feito por meio de máquinas (tornos, fresas, plainas, retificadoras), que permitam a precisão adequada. (OLIVEIRA, 2002).
A troca do óleo lubrificante, como regra geral, deve ser realizada a cada 6 meses, mesmo não alcançando a quilometragem final adotada. Óleos para carros do tipo mineral devem ser substituídos a cada 5.000km (uso urbano, misto e rodoviário), se forem do tipo semi-sintético a cada 7.500Km (uso urbano), 8.500Km (uso misto) e 10.000Km (uso rodoviário) e sintéticos a cada 7.500Km (uso urbano, misto e rodoviário). Os óleos lubrificantes, óleos de motor, ou óleos para motor, são substâncias utilizadas para reduzir atrito, lubrificando e aumentando a vida útil dos componentes móveis dos motores. As principais características dos óleos lubrificantes são a viscosidade, o índice de viscosidade (IV) e a densidade.
A viscosidade mede a dificuldade com que o óleo escorre (escoa); quanto mais viscoso for um lubrificante (mais grosso), mais difícil de escorrer, portanto será maior a sua capacidade de manter-se entre duas peças móveis fazendo a lubrificação das mesmas. A viscosidade dos lubrificantes não é constante, ela varia com a temperatura. Quando esta aumenta a viscosidade diminui e o óleo escoa com mais facilidade. O Índice de Viscosidade (IV) mede a variação da viscosidade com a temperatura. Quanto maior o IV, menor será a variação de viscosidade do óleo lubrificante, quando submetido a diferentes valores de temperatura. Densidade indica a massa de um certo volume de óleo a uma certa temperatura, é importante para indicar se houve contaminação ou deterioração de um lubrificante. (PETROBRÁS, 1999).
Umas das atividades mais procuradas em oficinas mecânicas é a limpeza e troca de peças. A reparação de um veículo exige uma boa limpeza das peças e componentes, e para realizar estas atividades utilizam-se produtos químicos variados. Em veículos mais rodados (acima de 70000 quilômetros) é necessário fazer a limeza do cárter. Dependendo das condições de rodagem e do combustível utilizado, às vezes pode se formar uma película de graxa no interior
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