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Por:   •  20/9/2018  •  3.469 Palavras (14 Páginas)  •  348 Visualizações

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Atualmente, esse panorama tem se mostrado mais pessimista, como reflexo da continuidade da deterioração dos principais indicadores econômicos brasileiros, como aumento da inflação, encarecimento do crédito, aumento do nível de desemprego e desvalorização do real frente ao dólar. A PMC do IBGE (2016) apontou queda real do varejo, que descontada a inflação, foi de -6%, na comparação outubro de 2016 contra outubro de 2015 (Quadro 1), mas com previsão de melhora, pela confiança em um cenário futuro.

Quadro 1. Indicadores Econômicos 2016 e Projeções futuras.[pic 2]

Fonte: IBGE/ PMC (2016)

Assim, para os varejistas, adotar práticas sustentáveis em suas operações pode ser uma forma de orientar-se na busca pela vantagem competitiva no longo prazo e também uma maneira de aproximar-se cada vez mais dos seus públicos internos e externos (PINTO, 2004; ALIGLERI; ALIGLERI; KRUGLIANSKAS, 2009). Desde a década de 1980 a preocupação ambiental passou, gradativamente, a ser encarada como uma necessidade de sobrevivência, diferenciando as organizações em termos de política de marketing e de competitividade no mercado (LAYRARGUES, 1998; AMARAL, 2003 apud ARAÚJO e MENDONÇA, 2007).

A responsabilidade social e ambiental das empresas gera uma estratégia de vantagem competitiva através da qual competem num ambiente de negócios cada vez mais complexo, no qual não é suficiente oferecer apenas qualidade e preço acessível (DEMAJOROVIC, 2006), ou seja, organizações estão cada vez mais pressionadas para observar intensamente os impactos das suas políticas, diretrizes, empregados, clientes e sociedade como um todo (PEREIRA, 2009).

Segundo Mendes[a] (2012, p. 44), “o varejo oferece serviços e vende produtos de outras empresas, então se acredita que esse modelo de negócio não era responsável pela consequência da comercialização dos seus produtos e muito menos pela preservação do meio ambiente”.

Contudo, há uma consideração crescente do fato que os modernos padrões de consumo possibilitados pelas atividades varejistas têm um impacto significativo no meio ambiente, uma vez que o consumo mundial é cada vez maior.

A sustentabilidade empresarial também visa reduzir os impactos sociais no que tange a diminuir a pobreza externa, promover a inclusão social, diminuir o consumo desenfreado, geração de emprego e renda (ARAUJO et al, 2006; CARVALHO[b], 2011).

Tachizawa (2011) destaca algumas práticas de sustentabilidade no varejo, as quais em sua opinião podem ser tratadas como estratégias competitivas: reciclagem de sucatas, resíduos ou refugos; planos sociais em educação; investimento em controle ambiental; ações sociais em cultura; apoio à criança e ao adolescente; projetos sociais em voluntariado. Atitudes como essas evidenciam e dão credibilidade e boa reputação no mercado.

As empresas varejistas que quiserem sobreviver no mercado precisam realizar uma rápida avaliação em todas essas perspectivas. Varias delas estão optando pela responsabilidade social como uma forma de gestão, com intuito de inserir práticas sustentáveis em todos os seus processos. Além disso, estão aprendendo a gerenciar os impactos de suas atividades, adotando estratégias de longo prazo visando à sustentabilidade (VAREJO[c], 2013).

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Sustentabilidade.

, empresa varejista de artigos do vestuário e acessórios, foi fundada em 1841 pelos irmãos holandeses Clemens e August. Suas iniciais deram origem ao nome da marca. São pioneiros na confecção de roupas prontas para usar e, hoje, está entre as maiores cadeias de varejo do mundo. Somam mais de 1,8 mil unidades em 24 países da Europa, América Latina e Ásia.

No Brasil, tudo começou em 1976, com a inauguração da primeira loja no Shopping Ibirapuera, em São Paulo. Atualmente a C&A tem mais de 2.000 lojas no mundo, sendo 289 lojas em 125 cidades e praticamente 22 mil profissionais empregados somente no Brasil (PORTAL ONLINE, 2015).

Em 2009, Modas integrou o termo sustentabilidade à sua estratégia e ao dia a dia dos seus negócios de forma mais estruturada. Como resultado, foi publicado o primeiro relatório de sustentabilidade, tendo como objetivo compartilhar iniciativas, diagnosticar o estágio na evolução da gestão da sustentabilidade e estabelecer metas e planos de ação para os próximos anos. Assim, Sustentabilidade para significa orientar os seus negócios de moda e contribuir para o futuro do planeta, da sociedade e das próximas gerações. Uma empresa de pessoas, por pessoas e para pessoas (RELATÓRIO[d] GLOBAL DE SUSTENTABILIDADE, 2009).

Desde então foram desenvolvidas varias ações aos longos destes anos:

- O SOCAM (Organização de serviços para Gestão de Auditoria de Conformidade): um órgão criado para fiscalizar seus fornecedores para investigar se há trabalho escravo ou mão de obra infantil;

- O mão certa é projeto que visa mobilizar e conscientizar os caminhoneiros para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas;

- Coleta de lixo eletrônico presente em 100% das lojas;

- Uso de biodiesel no transporte das mercadorias;

- Utilização somente de papel reciclado para impressões;

- Troca de todas as lâmpadas;

- Aumento do consumo de algodão sustentável para 40%;

- Diminuição de ativos químicos para lavagens das roupas;

- Segurança mecânica em roupas infantis (as roupas passam por uma vistoria pra verificar sem tem algo que poderá causar algum dano para as crianças, entre outros).

No relatório de 2015 apresentou a estratégia global de sustentabilidade, para produzir moda com impacto positivo e suas metas para 2020, tendo como base três pilares (RELATÓRIO GLOBAL DE SUSTENTABILIDADE, 2015):

- Produtos Sustentáveis: Produtos fabricados de um jeito que respeite o meio ambiente e a preservação dos recursos naturais trabalhando com matérias-primas mais sustentáveis, melhorando a forma como desenvolvemos os nossos produtos e focando mais em fechar os ciclos na área de vestuário e de matérias-primas.

- Rede de Fornecimento Sustentável: Trabalhar para elevar os padrões ambientais e sociais nas fábricas que produzem nossos produtos, bem como melhorar nossas próprias operações. Isto inclui a capacitação de fornecedores, transparência

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