Resenha livro Cidades para um pequeno planeta

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Segundo o economista Kenneth Boulding, não deveríamos pensar em nosso planeta como no velho oeste, com territórios infinitos para serem explorados e consumo desenfreado de tudo, mas sim deveríamos pensar o planeta como uma nave espacial, onde os recursos são ilimitados e para dar continuidade numa civilização dentro dessa nave, devemos aprender a reciclar e reutilizar tudo o que for possível.

Os espaços públicos bem definidos e zelados pela sociedade tornam-se menos problemática que um lugar isolado, espaços públicos europeus são evidenciados pelo autor, que ainda não sofreu essa deterioração devido ao afastamento da sociedade.

Quando falamos em espaços públicos, devemos pensar em novos espaços multifuncionais, residências, comércios, serviços e lazer juntos, valorizando esses espaços melhorando a qualidade de vida e a comunidade como um todo.

A união do setor público e privado também e necessário para a consolidação desses novos espaços públicos, que precisam também ter uma identidade própria em sua arquitetura, livrando-se de ilusões que uma arquitetura encontra-se num catálogo de decoração.

Uma proposta que o autor apresenta é a participação de todos os envolvidos no problema de lixo e sujeira, com base no lema sujou, pagou, já existem regiões que cobram adicionais para as empresas pelos lixos gerados por elas. Levando em conta a participação de todos, uma cidade pode tornar-se sustentável com a conscientização da população e a fiscalização em todos os setores, incluindo projetos de melhorias que trarão benefícios a região. O projeto do plano diretor de Barcelona em 1992 criou 150 novas praças e revitalização de inúmeras regiões, com isso a Cidade conquistou o direito de sediar as Olimpíadas.

Outros problemas da Cidades que necessitam de intervenções para melhorias é o transporte público, pois um transporte público eficiente elimina veículos particulares das ruas, e com isso uma cidade menos carregada e menos poluída pode renascer. As pessoas também evitam espaços públicos perto de grandes aglomerações de veículos por causa da poluição sonora e da péssima qualidade do ar.

Um projeto de Cidade compacta é apresentada como possível solução para o aglomerado de pessoas em cidades. Cidades menores, sem adensamento para as áreas rurais, preservando-as e com um transporte público altamente eficiente e com os espaços públicos sendo de domínio da população, do pedestre e da comunidade. Na opinião do autor uma Cidade assim contribui para o convívio em espaços urbanos, e tendo essa socialização, as pessoas passariam a preservar mais o local e seu novo modo de viver.

Usar tecnologia para o convívio social e não para o isolamento, e adotar uma postura de troca de informações, conhecimento e tecnologia, para o bem estar de todos, serão as premissas de um futuro onde todos se depararão com os mesmos problemas.