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RESIDÊNCIAS SUSTENTÁVEIS E AS TECNOLOGIAS ECOLÓGICAS E ECONÔMICAS PARA SE MORAR BEM

Por:   •  1/5/2018  •  3.921 Palavras (16 Páginas)  •  284 Visualizações

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A bioconstrução deve ser idealizada e planejada a partir de várias premissas, destacando-se, a escolha de materiais disponíveis no ambiente e facilmente renováveis, com baixo custo, boa durabilidade, além do uso de tecnologias biocompatíveis, que contribuam na redução de impactos no entorno residencial, gerando economia de água e redução de energia.

Desenvolvimento

Sustentabilidade

O tema da sustentabilidade adquiriu importância a partir da realização de importantes conferências mundiais como o Relatório Brundtland (1987), Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, durante a ECO-92 (1992), Agenda 21 (1992) e Rio +20 (2012), voltadas para a discussão da questão ambiental e visando beneficiar as pessoas e o ambiente, suprindo tanto as necessidades das presentes gerações, como das futuras.

Segundo a Lopez et.al. (2012), as cidades estão entre as principais responsáveis pelo maior consumo de recursos naturais finitos com efeitos negativos ao meio ambiente. Nesse contexto, merece destaque o setor da construção civil, pois consome de 15% a 50% dos recursos mundiais, podendo ser considerado um dos segmentos menos sustentáveis do mundo. Assim, é esperado que a adoção de práticas sustentáveis na construção civil ocupe um papel fundamental no âmbito da sustentabilidade.

Segundo Bueno (1995), “a casa sustentável deve funcionar como uma segunda ou terceira pele do próprio morador, porque ela é sua extensão”. Segundo a Lei 10.257 do Estatuto da Cidade (2001):

“Art. 2º – A política urbana tem por objeto ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:

I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações.

Criado pela Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, o IBAMA vinculado ao MMA, é o órgão responsável pela formulação, coordenação e execução da Política Nacional do Meio Ambiente instituída pela Lei nº 6.938/1981, desenvolvendo diversas atividades para a preservação e conservação do patrimônio natural, exercendo o controle e a fiscalização sobre o uso dos recursos naturais.

A partir da Lei nº 6.938, criou-se SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) e o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental para dar maior suporte à gestão ambiental no país.

Sobre a implementação de políticas em âmbito municipal, destaca-se o Plano Diretor como um instrumento de preservação dos bens ou áreas de referência urbana, previsto constitucionalmente e também através do Estatuto da Cidade. É uma lei municipal que estabelece diretrizes para a adequada ocupação do município, determinando o que pode e o que não pode ser feito em cada parte do mesmo, visando assegurar melhores condições de vida para a população.

Construções Sustentáveis

A construção sustentável emprega materiais e medidas tecnológicas que visam melhorar o uso dos recursos naturais, e tentando minimizar a poluição levando um melhor bem estar para seus usuários, tentando integrar alguns aspectos econômico, sócias, culturais e ambientais, tendo uma preocupação principalmente em preservá-la para não ser comprometidas as gerações futuras.

Segundo Sala (2006), durante décadas, engenheiros e construtoras privilegiaram a aplicação de sistemas em concreto e alvenaria, e pouco se investiu em novos sistemas construtivos. A construção civil, da forma como é praticada no Brasil e em muitos países, provoca muitos impactos ambientais em todas as suas etapas. Desde a extração das matérias-primas que é feita a partir de técnicas que envolvem explosivos, dragagem de rios para retirada de areia, etc, até o transporte que é feito percorrendo distâncias cada vez maiores, devido à escassez de alguns produtos.

As técnicas construtivas e a mão-de-obra mal qualificada levam a um desperdício de material, tanto aquele que fica retido na obra, como aquele que se transforma em entulho, entre outros problemas. Além disso, a construção civil vem se constituindo, há muitos anos, como uma prática de projetos que raramente levam em consideração as características do local onde será implantado, tais como: posição e implantação no terreno, iluminação natural, ventilação, vegetação natural local, características culturais locais. Do mesmo modo, os materiais utilizados também não se adéquam às características climáticas e, na maioria das vezes, não estão associados à disponibilidade na região. O resultado dessa postura tem sido a construção de edificações em que há necessidade de iluminação e ventilação artificiais o tempo todo, o que além de consumir muita energia elétrica, tem consequências que influenciam inclusive, a saúde dos seus usuários (www.criaarquiteturasustentavel.com.br).

A atual preocupação ambiental tem obrigado os profissionais a rever os processos de produção de moradias favorecendo o uso de fontes de energia renováveis menos agressivas ao meio ambiente. É preciso que se reveja o atual modelo para que a construção civil deixe de ser uma atividade causadora de tanta degradação ao meio ambiente, partindo-se para o que poderia ser chamado de uma “construção sustentável”. Além do mais o futuro nos leva quase a obrigação de mudarmos o jeito, o tipo e a maneira de construções, temos que nos habituar a novas idéias.

Construção Sustentável é um sistema construtivo que promove alterações conscientes no entorno, de forma a atender as necessidades de edificação e uso do homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras (ARAÚJO, 2013, p.01).

Construir uma casa com menor impacto possível ao ambiente é o objetivo maior para ser alcançada e para isso é necessário seguir o caminho da construção sustentável. Esta não só obriga à escolha de materiais de baixo impacto ambiental, mas também de tecnologias que permitam a casa funcionarem sem fazer perigo aos recursos naturais como a água e a energia entre outros.

Construção sustentável é (…) encontrar eficiência nos sistemas e nos materiais, que resultem em menores utilizações de energia e que também aumentem a vida dos edifícios para além dos tradicionais 50 anos de

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