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Povoamento das Américas

Por:   •  18/4/2018  •  1.535 Palavras (7 Páginas)  •  281 Visualizações

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Alguns problemas como o frio, a falta de arvores para a produção de fogo, entre outros foram driblados pelos grupos da época já que o clima da Sibéria na época era muito mais frio que o encontrado na Beríngia e na questão dos do combustível para aquecimento eles utilizaram gordura, ossos e fezes dos animais encontrados no caminho como uma forma de sobreviver ao ambiente hostil para o homem.

“Uma vez em território americano, três rotas de dispersão foram possíveis para esses primeiros imigrantes, a partir do Alasca: a primeira, pelo litoral setentrional, alcançando o rio Mackenzie e daí seguindo em direção ao sul. A segunda, pelo litoral meridional de Beríngia, beirando a costa sudeste do Alasca, e descendo pela costa do Pacífico. E a terceira, pela região central do Alasca, através dos vales, tomando o rumo sul.” (LIMA, Tania A. Nossa origem – O povoamento das américas, 2006, pagina 83)

Alguns sítios norte-americanos alegam terem vestígios anteriores há 12 mil anos. Os mais importantes sãos os de Meadowcroft na América do Norte, Monte Verde no Chile e a Toca do Boqueirão da Pedra Furada, no nordeste do Brasil.

O Sitio norte americano é um abrigo sob-rocha que se encontra próximo a Pittsburg, ao sul dos Grandes Lagos, possui em torno de 50 datações, sendo em sua grande maioria de carvão, que contam desde 30.000 anos antes do presente ate períodos históricos. Existe um fragmento de cestaria que foi datado em aproximadamente 19.000 anos; também existem em níveis superiores artefatos provenientes de restos de lascamento, datados em 14 mil anos (LIMA, 2006). “O extrato entre 12 mil e 11 mil anos apresenta pontas de projétil lanceoladas, que vem sendo pensadas como um possível protótipo das acanaladas”. (LIMA, Tania A. Nossa origem – O povoamento das Américas, 2006, pagina 88)

Porem esse sítio vem sendo duramente criticado por outros pesquisadores por reivindicar uma datação anterior aos 12 mil anos, esses pesquisadores utilizam principalmente o argumento da contaminação dos vestígios ali datados como o mais antigo.

Dando seguimento ao assunto temos o Monte Verde que esta cada vez mais com um reconhecimento maior da comunidade cientifica como um verdadeiro sítio pré-Clóvis. Tendo dois componentes o “Monte Verde 1” datado em torno de 33 mil anos e o “Monte Verde 2” datado em 12.500 anos aproximadamente, nesse ultimo sítio “apresenta associação de megafauna com pontas de projétil e artefatos lascados bifacialmente, e uma cronologia que o coloca a pelo menos mil anos antes dos caçadores Clóvis. Por ter conservado admiravelmente matérias orgânicas, esse sítio oferece uma oportunidade única para se ter acesso aos elementos perecíveis da cultura material das populações do Pleistoceno tardio, nunca antes acessada. Há fragmentos de madeira com amarrado de fibras que parecem ser os remanescentes de um conjunto de 12 a 13 cabanas de toros, possivelmente recobertas de pele de mastodonte; uma pegada humana fossilizada; abundantes restos vegetais, ossos de pequenos mamíferos e peixes, cascas de ovos, moluscos, pedaços de couro e penas, artefatos de osso e madeira, coprólitos possivelmente humanos, fogueiras, e uma indústria bifacial produzida com matérias-primas locais.”(LIMA, Tania A. . Nossa origem – O povoamento das américas, 2006, pagina 89)

Novamente foram feitas críticas na questão da contaminação dos materiais datados, porem após a divulgação das pesquisas de Monte Verde, em 1997, Dillehay, principal contribuinte e colaborador para as pesquisas nesse sítio, convidou alguns cientistas a ir ao sítio e examinas alguns materiais ali datados para comprovar a veracidade dos dados e tirar qualquer duvida que por ventura ali aparecesse. “O resultado final foi à constatação de que em “Monte Verde 2” há artefatos produzidos pela mão humana e recuperados em contextos primários; suas datações são consistentes, não há qualquer perturbação estratigráfica; não há qualquer possibilidade de se tratar de material Arcaico e não há sinais de contaminações para datações”. (LIMA, Tania A. Nossa origem – O povoamento das Américas, 2006, pagina 90)

Por ultimo temos a Toca do Boqueirão da Pedra Furada, que se localiza em São Raimundo Nonato, na região Nordeste do Brasil, tendo como principal ícone a pesquisadora N. Guidon. Um rico abrigo sob-rocha riquíssimo nas mais variadas pinturas rupestres e apresenta uma sucessão de 46 datações radiocarbônicas, coerentes com a sua sequencia estratigráfica variando de 48 mil chegando ate aos 6 mil anos antes do presente, alguns pesquisadores chegaram a atribuir, partindo de uma visão mais estratigráfica, ao sítio uma idade de 60 mil anos.

Porem mais uma vez os achados desse sítio vêm sendo criticados e não só pela corrente conservadora. As fogueiras e carvões ali encontrados e datados não teriam sofrido influencia antrópicas e teriam sido resultantes de combustões ambientais da época.

O fato é que os dados só são inquestionáveis depois de 12 mil anos e, por enquanto, os Clóvis são absolutamente consensuais.

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Considerações Finais

No fim, mesmo com todas as possíveis provas para uma rota migratória que não seja a do Estreito de Bering, ainda existe muita resistência por parte dos pesquisadores aceitarem outras rotas migratórias para o povoamento das Américas, porém essa idéia vem tomando força a bastante tempo, faltando apenas uma prova definitiva para que seja quebrada essa resistência.

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Referências Bibliográficas

CABELLO, P. H. A Genética: seu

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