Portos Mocambicanos
Por: Rodrigo.Claudino • 1/4/2018 • 2.072 Palavras (9 Páginas) • 683 Visualizações
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O acesso ao porto é feito através de 2 canais, nomeadamente, o da Xefina e o da Polana, cujas extensões são, respectivamente, 9,3 km e 7,5 km. Estes canais têm uma profundidade entre os 7,5 e os 9,5 metros. O acesso ao Cais de Minério da Matola é feito através do canal do mesmo nome, o qual tem uma extensão de 3.100 metros e uma profundidade de 9 metros, em condições normais e, 12,9 metros, durante as marés vivas.
Além de Moçambique o Porto de Maputo serve a RSA, Suazilândia e Zimbabwe.
Porto de Nacala
Nacala ou Nacala Porto é uma cidade portuária na província de Nampula, em Moçambique. O seu porto está localizado na baía de Bengo, que tem uma profundidade tão elevada que permite a movimentação de navios 24 horas por dia, sendo um dos mais importantes da costa oriental de África. Este porto é o terminal do Corredor de Nacala, servido por uma linha férrea que liga a costa ao Malawi e à cidade de Lichinga no Niassa, passando por Nampula e outros distritos.
Devido à sua profundidade natural e posição protegida, o porto de Nacala não tem restrições relativamente à movimentação ou dimensão de navios e também é uma zona de reparação de navios de grande calado e baldeação de carga.
Nacala possui quatro ancoradouros de carga e um para contentores. É possível o abastecimento por meio de tanque rodoviário com uma conduta nos ancoradouros de carga (Cargas gerais, fertilizantes, madeira, produtos agrícolas cobre, zinco etc.). Para além disso o porto de Nacala serve o Malawi.
Porto da Beira
O Porto da Beira está localizado na cidade da Beira, na costa leste do continente africano, está situado à 20 km do mar aberto e a esquerda do estuário do Rio Pungué onde compreende dois Cais e a sua profundidade ao longo dos mesmos varia entre 12 a 8 metros.
O acesso ao Porto é feito através do canal de Macuti, no qual em condições normais está devidamente dragado e convenientemente balizado permitindo uma navegabilidade durante 24 horas por dia. A navegação noturna é permitida para navios com calado máximo de 7 metros e não superiores a 140 metros de comprimento devido às restrições da curva do canal de Macuti. Tem uma largura mínima de 60 metros e máxima de 200 metros, um comprimento de 31.487 Km e uma profundidade de cerca de 11 metros.
As instalações do porto da Beira incluem um terminal de contentores e um terminal de carga geral (grafite, madeira, artigos industriais e maquinaria, carvão, matéria prima e produtos agrícolas etc.), ambos os quais estão concessionados à Cornelder, de Moçambique. O porto possui igualmente instalações para movimentação de granéis líquidos (derivados do petróleo). E também o porto da Beira serve o Zimbabwe, Malawi, Zâmbia e as vezes a RD de Congo.
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Classificação dos portos Moçambicanos
Os portos Moçambicanos classificam-se em:
Portos Primários ou Principais: Maputo, Nacala e Beira
Chamados principais porque servem os países do Hinterland através dos seus corredores de desenvolvimento que servem como via de acesso natural mais económica e rápida para os países do Interland, designadamente o Zimbabwe, Zâmbia, Malawi etc., no seu relacionamento com mundo de negócios.
Os Portos principais dispõem de muitas facilidades, existem rebocadores que permitem manobras seguras, asseguram a pilotagem dos navios nos canais de acesso ao porto, grandes armazéns para o estacionamento das cargas, há disponibilidade de equipamentos especializados e desenvolvidos para o manuseamento de cargas. Nos Cais estão instalados guindastes com capacidade para grandes tonelagens, e também há circulação de diferentes modos de transporte (ferrovias de acesso, etc.).
Portos secundários: Quelimane, Pemba e Inhambane
Os Portos secundários não têm as mesmas possibilidades/facilidades que possuem os portos principais. As operações de carga e descarga são efetuadas pelos meios do navio.
As cargas manuseadas geralmente são: materiais de construção, artigos de algodão e bens de consumo, madeira, mármore produtos agrícolas etc.
Servem fundamentalmente para o escoamento de produtos e matérias-primas dentro do país.
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Portos terciários: Porto de Chinde, Macuse, Pebane, Moma, Angoche, Ilha de Moçambique e Mocímboa da Praia e Palma.
Os canais que conduzem do oceano aos cais destes Portos estão balizados com boias cegas (o que quer dizer não é permitida a entrada de navios de noite) e enfiamentos das balizas. Em virtude das frequentes alterações da posição dos canais, as boias e as balizas são deslocadas. A entrada nestes portos convém tomar muitas precauções.
As operações de carga e descarga são efetuadas por meios do navio (pequeno porte) geralmente há rebocadores e pequenas embarcações costeiras que fazem uma ligação regular com os portos secundários e principais. Nestes Portos, geralmente não estão capacitados para as transições de mercadorias para fora do país. As cargas manuseadas são geralmente matérias-primas materiais de construção, madeira, produtos agrícolas, bens de amplo consumo etc.
Geralmente não há pilotos nestes Portos, e a pilotagem é efetuada pelos nativos que têm um bom conhecimento do local. Os capitães dos navios que precisam da ajuda dos pilotos devem fazer um pedido á Capitania do Porto com antecedência.
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Importância dos portos na região
O porto em si é uma oportunidade de desenvolvimento económico num país ou região.
Com a aparição de um porto o país ou região tem mais possibilidades de se erguer economicamente, pois este contribui com uma quota no mercado das trocas comerciais, esta é uma das grandes vantagens que temos.
A actividade portuária é o principal indutor do desenvolvimento, gerando emprego e pode também impulsionar o desenvolvimento da pesca, do ecoturismo, das actividades dos pequenos ou grandes negócios ou produtores rurais. Promove a troca de produtos, bens pessoais, informação entre as diversas regiões dentro do país ou região e entre os diferentes povos do mundo e também estrutura o espaço urbano
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