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IDENTIDADE DE GÊNERO E SEXUALIDADE:Um Estudo Empreendido Nas Escolas Municipais de Guapó-Go

Por:   •  22/8/2018  •  6.533 Palavras (27 Páginas)  •  339 Visualizações

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Segundo Foucault (1977), normalmente, as pessoaspreocupam com a forma e sentido dos vocábulos,usando termos pelos quais podemos dizer comuns, onde sexo é usado como um termo o qual diferenciam as discrições de um menino e uma menina, que interligam características dos corpos. Diante da sociedade, os termos sexualidade e gênero são usados como um só, deixando de lado o direito de escolher o sexo, sendo o qual a própria sociedade articula meios de inserção, levando em conta somente o gênero, ou seja, masculino ou feminino, abrindo portas, produzindo e induzindo ao preconceito diante da escolha sexual.Para Focault,

Não se deve conceber [a sexualidade] como uma espécie de dado da natureza que o poder é tentado a pôr em xeque, ou como um domínio obscuro que o saber tentaria, pouco a pouco, desvelar. A sexualidade é o nome que se pode dar a um dispositivo histórico: não a uma realidade subterrânea que se apreende com dificuldade, mas à grande rede da superfície em que a estimulação dos corpos, a intensificação dos prazeres, a incitação ao discurso, a formação do conhecimento, o reforço dos controles e das resistências, encadeiam-se uns aos outros, segundo algumas grandes estratégias de saber e de poder (FOUCAULT, 1993, p.100).

Freud (1970) ainda relata algumas fases ou etapas que seriam universalmente vivenciadas, aqui resumidamente descritas e apontadas.

- A fase oral – de duração, por volta de um ano quando a criança encontra satisfação e prazer na boca.Nesta fase,há uma grande satisfação libidinosa em todas as atividades (morder,sorrir,chorar,sugar) oriundas na atividade oral;

- A fase anal (1 a 3 anos) – período de internalização e educação das normas de controle do intestino, em que a criança sente prazer em produzir as fezes e urina. A fase anal inicia-se ao final do primeiro ano de vida, sendo difícil experienciá-la antes, e consolida-se durante o segundo ano;

- A fase fálica (3 a 6 anos) – coincide com a descoberta dos órgãos sexuais, manipulação e prazer neste exercício, das diferenças sexuais e do afloramento da questão edipiana;

- O período de latência (6 a 9 anos) – no qual o impulso sexual sofre diminuição ocorrendo maior ênfase nos aspectos de sociabilidade, gregarismo e descobertas intelectuais;

- A fase genital – que se inicia por volta dos 10 anos, passando por transformações corporais, biológicas, afetivas e sociais que culminam na adolescência.

Foucault(1993)discorre sobre a história da sexualidade.Ele afirmou que não pensava em escrever uma arqueologia das fantasias sexuais, contudo, pretendia escrever uma arqueologia do discurso sobre a sexualidade e que nesse discurso poderia ser uma relação entre o que é feito e o que somos obrigados a fazer, o que é permitido fazer, o que é proibido fazer no espaço da sexualidade. O que está proibido, permitido, ou é obrigatório dizer sobre o comportamento sexual.

A sociedade moderna vê a sexualidade como um conjunto de elementos que sugerem regulamentação variável social de policiamento sobre os corpos, ou seja, sobre as gesticulações individuais, como afirma Foucault (1993). Esta moldagem está social e culturalmente superada por pequenas formas do comportamento humano. De acordo com Foucault (1977), no entanto, a prática da sexualidade é adquirida, ou seja, construída diante o que a sociedade explicita e acaba por explorar o próprio corpo. Quando se examina e se observa a questão do poder das classes sociais envolvendo sexualidade e gênero, acabam demonstrando forças que moldam o comportamento sexual, de onde surgem brechas para o crescimento de diferentes identidades sexuais.

A história da sexualidade aponta que a formação social não possui definições exatas, complexamente moldadas.Na pós-modernidade,na qualse pode perceber uma radical mudançaem aspectos físicos diante das opções sexuais, voltado à questão das vestimentas, a forma que se gesticula.

Para Louro (1997), é importante as pessoas saberem sobre sexo, gênero, identidade de gênero e sexualidade. O sexo biológico é definido pelas características corporais.Todos nascem com o sexo, masculino ou feminino. Já o gênero é uma construção social, histórica e cultural, que diz os atributos que os sexos devem ter. Por exemplo, mulher usa rosa, cuida da casa e dos filhos e já o homem tem que jogar futebol e trabalhar para sustentar a família. Por outro lado, existe a identidade de gênero que é o sentimento de pertencimento ao sexo masculino ou feminino, não porque uma pessoa nasceu no sexo biológico feminino que se identifica com ele; ela pode identificar com outro gênero e querer pertencer a ele. A orientação sexual é como o ser humano direciona o seu desejo e afeto para outro ser humano, seja do sexo oposto (heterossexual), do mesmo sexo (homossexual), ou ambos (bissexual).

De acordo com Louro (1997), constantemente as pessoas se apresentam e se representam por meio da identidade de gênero e da identidade sexual. Contudo, esforçam-separa determinar uma identidade, sustentam o que sãoagora, e o que sempre serão. Oscorpos se formam na referência que persiste, por fim, a identidade. Os corpos são denotados pela cultura e são, continuamente, por ela alterados. Por meio de muitos processos, de cuidados físicos, exercícios, roupas, aromas, adornos, registram nos corpos marcas de identidades de modo consequente e de diferenciação. Preparando sentidos para perceber e decifrar essas marcas que estudam e atribuem valores aos sujeitos pela forma como eles se apresentam corporalmente, pelos comportamentos e gestos que aplicam e as várias formas que se manifestam.

Louro (1997)ainda afirma que os acontecimentos se complicam mais para aqueles que se percebem com interesses ou desejos diferentes da norma heterossexual. A esses restam poucas opções: a omissão, a dissimulação ou a segregação. O prolongamento da heterossexualidade é acompanhado pela rejeição da homossexualidade. Uma repulsão que se pronuncia, na maioria das vezes, como homofobia. Crianças e adolescentes de ambos os gêneros, aprendem desde muito cedo o bullying[5]. No entanto, diante desse tema, o profissional da educação deve mediar o conhecimento e transmitir o papel que o homem e a mulher possuem na sociedade, principalmente o respeito um pelo outro, tentando evitar discriminações e pressuposições causadas pela vivência desses relacionamentos.

As curiosidades das crianças no que se diz respeito à sexualidade tornam-se bem significativas, porque o desvendar dessas tais curiosidades contribui para o saber futuro; caso contrário, provocará ansiedade e até mesmo tensão. A sexualidade tem importância no processo

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