Gestão da Cadeia de Suprimentos
Por: Kleber.Oliveira • 10/12/2017 • 1.254 Palavras (6 Páginas) • 534 Visualizações
...
economia de escopo na apresentação dos produtos/serviços.” ... “A visão do cliente em termos de valor de mercado é uma variedade conveniente de produtos/serviços e opções.” (Bowersox, D.J., 2013, pág 6)
“A consecução dos valores econômicos e de mercado é importante para os clientes. No entanto, cada vez mais as empresas estão reconhecendo que o sucesso nos negócios também depende de uma terceira perspectiva de valor, conhecida como relevância. Ela envolve a customização de serviços de valor agregado, além de produtos e posicionamento, que trazem uma diferença real para os clientes. O valor de relevância significa os bens e serviços certos, como refletido pelo valor de mercado, a um preço justo, como demonstrado pelo valor econômico, modificados, sequenciados, sincronizados e posicionados de forma a criar uma diversidade valiosa.” (Bowersox, D.J., 2013, pág 6)
ANÁLISE DE DADOS
Os prestadores de Serviço de Fabricação de Eletrônicos (EMS – Eletronics Manufacturing Services) competem por preço e ficam com uma enorme diferença em relação aos Fabricantes de Equipamentos Originais (OEM – Original Equipment Manufacturers), visto que os ‘OEM’ atingiam margem bruta de até 60% enquanto os ‘EMS’ tinham média de apenas 3%.
As práticas trabalhistas dessas empresas para minimizar custos com pessoal era facilitada pelo excesso de mão de obra barata existente num país tão populoso como a China, faz com que a competição por melhor produtividade e, consequentemente, melhores preços, seja muito intensa.
Com essa altíssima competitividade, nota-se que essas empresas tem como premissa somente produtividade e não o planejamento estratégico. Por conta disso, observamos o alto nível de estresse que são submetidos os funcionários, ocasionando alta rotatividade, haja visto que a idade média é ainda muito jovem.
Essa alta rotatividade gera ainda uma série de outros desdobramentos, como por exemplo o fato de que as EMS acabam perdendo colaboradores quando esse já tinha adquirido bom conhecimento de sua função e já a executava com certa excelência, e teve de ser substituído por outro novo que ainda iria aprender aquela função e poderia demorar para chegar no nível desenvolvido pelo anterior.
Nesse cenário, não era possível que tais empresas conseguissem sair do status de fornecedores da cadeia dos últimos escalões, fornecedores esses que o efeito chicote eram onde mais ocorria. Consequentemente, nessa cadeia de suprimentos, essas empresas viviam num círculo vicioso e sem perspectiva de sair.
CONCLUSÃO
Podemos observar claramente que as empresas EMS como a Foxconn não estão plenamente integrados à cadeia de suprimentos de seus clientes, pois não estão interessados em melhorar o nível de serviço a seus clientes, mas tão somente melhorar produtividade na tentativa de baratear seus custos em relação aos seus competidores.
Não há colaboração nem planejamento estratégico quando o cliente também deveria fazer parte dessa cadeia como um todo, o que chamamos de gestão colaborativa, baseado na dependência e colaboração. As principais áreas funcionais não se comunicam, dificultando a chegada de informações mais precisas, gerando retrabalho.
Falta a essas empresas ainda entender que é preciso revisar certas práticas comuns para que seja possível superar os desafios do mercado que é tão competitivo. E como a dependência de outras empresas está cada vez maior e necessária, essas empresas acabam ainda sob regimes praticamente escravocratas.
Todos esses conceitos de planejamento, colaboração e integração é que realmente agregam valor às empresas, quando apenas vemos essas empresas preocupadas com competitividade por menor preço, sem pensar na qualidade do produto, ou na própria sustentabilidade da empresa no mercado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOWERSOX, D.J.; Gestão logística de cadeias de suprimentos; 2013
...