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Evolução Histórica da Questão Ambiental

Por:   •  25/1/2018  •  1.576 Palavras (7 Páginas)  •  305 Visualizações

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- A 1° Revolução Industrial gera impactos intensos tanto no campo social (urbanização desordenada, mudanças nas condições de trabalho humano) quanto no ambiental (desenvolvimento da mineração e siderurgia, intensificação na produção e consumo de energia, mudança do papel da agricultura) mas que na verdade, se integram nessa mudança do eixo campo-cidades industriais resultando na transformação da natureza e do seu papel enquanto provedora de recursos.

- A 2° Revolução Industrial intensifica ainda mais essa necessidade de usar a natureza como “objeto a serviço dos humanos, um meio de produção de riquezas”; além da introdução de carvão e petróleo na matriz energética mundial que tem como consequência direta a poluição atmosférica através do lançamento contínuo de carbono no ar.

- As origens do debate ambiental

Século XVIII

– A preocupação ambiental acerca de como a humanidade se relaciona com a natureza é expressa através de correntes antagônicas: visão biocêntrica (“todas as formas de vida eram igualmente importantes”) versus visão antropocêntrica (“a humanidade seria o foco da existência”).

Século XIX

– Percepção social do declínio da qualidade de vida: a questão urbana toma mais importância uma vez que a degradação ambiental tem consequências diretas no funcionamento de uma cidade e logo a população percebe que a inexistência de saneamento básico e a poluição do ar resultante das fábricas está mudando o modo de viver de todos.

– Primeiras regulamentações internacionais e movimentos de defesa da natureza e da vida selvagem: “No bojo da crescente consciência de uma responsabilidade moral relacionada à proteção dos recursos naturais, associado a uma construção social idealista da natureza, ganhou importância o movimento no sentido de preservar regiões percebidas como selvagens ou primitivas”.

Século XX

As guerras mundiais e a expansão dos meios de produção não foram favoráveis à preservação dos recursos naturais como queriam os preservacionistas e conservacionistas (ambientalistas norte-americanos que defendiam meios de cuidado ao meio ambiente), no entanto, já eram realizados encontros internacionais para discutir sobre a relação homem-natureza e sobre estratégias de proteção ambiental.

- A internacionalização do debate ambiental

Década de 1940

- Em 1948, ocorre o primeiro evento de debate ambiental em escala internacional: uma conferência científica das Nações Unidas sobre Conservação e Utilização de Recursos Naturais. Logo em seguida, é criada a IUCN, União Internacional para a Conservação da Natureza que busca, a partir daquele momento, proteger a vida selvagem e o ambiente natural não degradado.

Década de 1950

- Trata-se de um período marcado por grande expansão da atividade econômica mundial, portanto, as ameaças ao meio ambiente aumentam mesmo que a questão ambiental ainda não seja prioridade na agenda de governos e organizações mundiais. Diante disso, haviam três aspectos dignos de preocupação com relação à degradação ambiental que esse modelo de consumo e produção causariam: “aumento de lançamentos de resíduos nos diversos meios receptores, [...] diversificação e mobilidade dos poluentes [...] e diminuição da capacidade de absorção dos meios receptores”

- Estudos científicos, desastres ambientais e publicações de obras sobre o assunto tornam o debate ambiental extremamente importante nesse momento.

- Os diversos estudos e relatórios que foram conformando o debate ambiental

Escritores e obras fundamentais, listadas pelos autores, para o desenvolvimento e notoriedade da questão ambiental no âmbito social: Rachel Carson (Primavera Silenciosa), Barry Commoner (Science and Survival), Paul Ehrlich (The Population Bomb), Garret Hardin (The Tragedy of the Commons), Nicholas Georgescu-Roegen (conceito “Economia Ecológica”), Ernest Friedrich Schumacher (Small is Beautiful), Ivan Illich (Energia e Equidade) e André Gorz (Écologie et Politique).

Limites do Crescimento (1968): publicado pelo Clube de Roma em parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), lança um alerta ao modo como o mundo se desenvolvia e como isso nos afetaria no futuro; em suma, “defendia a necessidade eminente de se controlar a expansão demográfica, limitar o crescimento exponencial da produção, combater a poluição e a degradação ambiental”.

Relatório Brundtland ou Nosso Futuro Comum (1987): publicado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), da ONU, é constituído de “preocupações comuns, problemas comuns e esforços comuns” da humanidade em relação ao meio ambiente e introduz oficialmente o conceito de desenvolvimento sustentável na agenda mundial; “segundo o relatório, a proteção do meio ambiente deve ser uma prioridade internacional que obrigue a uma vasta redistribuição dos recursos financeiros, científicos e tecnológicos em escala planetária”.

- As conferências e eventos internacionais que permitiram a evolução do debate ambiental

Painel de Peritos em Desenvolvimento e Meio Ambiente (1971, Suíça): evento preparatória para a conferência que seria realizada no ano seguinte, essencial para motivar a participação de vários países no debate ambiental

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