Deficiência Intelectual Síndrome de Down

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Estudo de caso sobre doença intelectual – Síndrome de Down

Caso de Sarah Cristina

Etapa 1- Apresentação do problema

Sarah Cristina Santos Santos apresenta deficiência intelectual possui Síndrome de Down ou Trissomia 21. A sua mãe acredita que foi um acidente genético mais que provavelmente o avanço da idade materna (44 anos), tenha contribuído para que ela nascesse com alterações cromossômicas.

Ela tem 9 anos , estuda na Escola Lírio do Campo (escola particular) inclusiva , localizada no Bairro Cidade Operária, cursa o 2º ano do ensino fundamental no turno vespertino, pois tem dificuldades em acordar cedo. Na escola que frequenta não possui um plano educacional especializado, mas tem apoio de psicólogo, assistente social e fonoaudiólogo. Mora com seus pais Verônica Cristina Santos (doméstica) e Teorano Júnior Santos (funcionário público-TJ) no mesmo Bairro. Não apresenta complicações respiratórias e/ou cardiológicas, é acompanhada pelo fonoaudiólogo e endocrinologista, pois não consegue falar claramente e está engordando demais .

Na escola se encontra em estágio bem desenvolvido da linguagem escrita escreve seu nome trocando algumas letras , reconhece as cores e números, apesar da linguagem oral não ser bem clara às vezes torna-se difícil o entendimento do diálogo com pessoas que não fazem parte do seu convívio. Sarah em sala de aula é calma, apresenta pouco desvio de concentração, se interessa bastante pelas atividades propostas pela professora, manifesta grande interesse, e apresenta sagacidade particular para compreender regras de jogo e delas se beneficiar para ser a vencedora.

Ela se relaciona bem com os colegas e com a professora, interagem bem com a comunidade escolar, é solidária sabe partilhar.

Do ponto de vista motor não apresenta dificuldades , anda, corre e brinca normalmente.

Etapa 2- Esclarecimento do problema

Para estudar o caso Sarah, foi necessário que a sua mãe Verônica Cristina nos informasse alguns aspectos relacionados ao seu desenvolvimento e aprendizagem que podem explicar a natureza do problema. Esta etapa consiste na queixa trazida pela família, com a finalidade de identificar os aspectos das dificuldades ou potencialidades manifestadas por Sarah. No caso em questão, é importante esclarecer os seguintes aspectos:

- Quais as potencialidades de Sarah para a aprendizagem e para interação na sala de aula?

- Em que situações em sala de aula ela demonstra maior interesse e se implica na atividade?

Encontro com os profissionais da instituição

Verônica (sua mãe) participa dos encontros que acontecem na escola e comunica-se diariamente com a professora de Sarah. Comenta que Sarah coopera com as atividades domésticas, lava louça ,varre casa , relaciona-se muito bem com a vizinhança , brinca com as crianças mais próximas. Adora assistir desenhos animados e com dificuldade relata as estorias assistidas.

Em relação a sua vida escolar, relatou que ela sempre estudou em escola particular. Suas professoras anteriores nunca demonstraram preocupação com sua aprendizagem . Elas declaravam que o mais importante para Sarah era a socialização. Ela não levava atividades para casa .

Encontro com a professora de Sarah

Verônica conversou com a professora com a finalidade de reunir informações sobre a sua aprendizagem.

A professora mencionou que Sarah geralmente apresenta um bom comportamento diante de suas solicitações em sala de aula, mas às vezes demonstra falta de interesse e não conclui as atividades de desenho ou escrita, solicita ajuda aos demais colegas durante a realização de atividades ou diz que está cansada.

Observações de Sarah em sala de aula e nas dependências da escola

Em sala de aula segundo Verônica (mãe), Sarah manifesta os comportamentos descritos pela professora, às vezes é indisposta em relação as atividades, pede ajuda regularmente. Seu interesse se concentra nos jogos, é muito competitiva nas brincadeiras. Frequentemente ela faz apelos a professora, solicitando sua mediação. Relaciona-se muito bem com todos os profissionais da escola.

Etapa 3 - Identificação da natureza do problema

Após a coleta de informações, identificamos que Sarah tem problemas relacionados com seu desenvolvimento intelectual. No entanto tem sagacidade aos jogos, além disso, apesar da dificuldade na oralidade é muito comunicativo. O problema do desinteresse em relação a realização das atividades parece está relacionado com a pressa ao lanche ou também pela dificuldades de memória de curto prazo.

Em sala de aula, Sarah quando não está apressada para lanchar demonstra atitude de independência para resolver o que lhe é proposto como atividade.

Sarah é muito sadia, não adoece com frequência. Não usa remédios no seu cotidiano.

Etapa 4- Resolução do Problema

É possível supor que a natureza do problema de Sarah seja de ordem cognitiva, gerada pela deficiência intelectual. O obstáculo da expressão oral está relacionada com a dificuldade que as crianças com a deficiência apresentam na hora de articular determinados fonemas. O sistema nervoso das pessoas com Síndrome de Down apresenta certas diferenças em relação às pessoas sem essa deficiência, pois inclui as áreas do cérebro que dirigem a linguagem e a fala. Estas diferenças neurológicas influenciam nas características da fala e do ritmo, e também são responsáveis pela presença de maior dificuldade para manter a pressão do ar na boca para falar, e para planejar a fala.

A quinta e última etapa do estudo de caso consiste em uma intervenção, elaboração do plano de atendimento educacional especializado, pois na escola que frequenta não possui, apesar de ter uma equipe